terça-feira, 29 de dezembro de 2009

Jesus em Minha Vida

Jesus em minha vida
Em todas as religiões cristãs, Jesus é o Modelo de conduta, é o grande Mestre que ensina a viver melhor, é o Modelo e Guia.
Jesus nada escreveu, mas falou a todos aqueles que O quiseram escutar fosse por necessidade, por curiosidade ou, até mesmo, por desejo de combatê-Lo.
Suas ideias e ensinamentos disseminaram-se rapidamente pois aqueles que O ouviam comentavam, encantados, Suas palavras com outrem.
Depois de Sua morte física, os apóstolos levaram Seus ensinos a lugares distantes, aumentando o número daqueles que os conheceriam.
Alguns dos seguidores escreveram a respeito do que viram e ouviram de Jesus, e esses textos formaram os Evangelhos.
Sua vida e Sua obra, eternizadas por esses textos, são as mais comentadas e discutidas pelas civilizações da Terra, através dos tempos.
Em todas as religiões cristãs o Evangelho é a base dos estudos e das pregações possibilitando, a todos, reflexão.
O Evangelho pode ser considerado como um testamento que Jesus deixou para a Humanidade, sendo o mais belo poema de esperanças e consolações a que podemos ter acesso.
Ainda hoje, Sua voz alcança os ouvidos de todos aqueles que O buscam, com lições de beleza e de felicidade, dando oportunidade de esperar por melhores dias à medida que nos ensina a autossuperação.
Nos dias atuais, conhecer e estudar o Evangelho está ao alcance de todos, diferentemente do que acontecia quando isso era reservado apenas aos líderes espirituais de algumas religiões.
Mas, será que o conhecimento do que disse Jesus, dos Seus exemplos, das Suas ideias nos serve para realmente modificar nossas vidas?
Será que procuramos ser simples e humildes como Ele nos ensinou?
Será que, diante de um ato violento seja físico ou moral, feito contra nós, sabemos mostrar a outra face ao agressor, dando-lhe um exemplo de brandura e não de revide?
Será que, ao nos sentirmos ofendidos, sabemos perdoar, da mesma maneira que, quando ofendemos queremos ser perdoados?
Será que somos capazes de dialogar com todos, a despeito de quaisquer diferenças, mantendo-nos calmos e pacíficos?
Somos capazes de tratar com amor alguém, cujas atitudes não estejam de acordo com nosso padrão moral, sem fazer julgamentos?
Somos capazes de refletir sobre aquilo que nos faz sofrer, sem nos julgarmos vítimas, mas sim responsáveis, e, dessa maneira, conseguirmos usar este sofrimento para nos modificarmos interiormente?
Será que temos, realmente, ouvidos de ouvir, ou decoramos as passagens dos Evangelhos e as repetimos superficialmente sem nada colocar em prática?
Nosso querido Mestre Jesus esteve entre nós porque desejava deixar um caminho a seguir.
Se queremos realmente conhecê-Lo não basta apenas ler ou ouvir o que Ele falou, mas sim experimentar, em nossa vida, Seus ensinamentos, colocando-os em prática.
Como nosso amigo e terapeuta, Ele espera que possamos abrir coração e mente para as reflexões que há dois mil anos estão espargidas no ar que respiramos, esperando solo fértil para germinar e florescer.

Redação do Momento Espírita com base no seminário O significado de Jesus: o encontro real - mudanças internas, desenvolvido no Encontro fraterno com Divaldo Pereira Franco, realizado na praia de Guarajuba – BA, em setembro de 2009 e na introdução do livro Jesus e o evangelho à luz da psicologia profunda, pelo Espírito Joanna de Ângelis, psicografia de Divaldo Pereira Franco, ed. Leal.
Em 28.12.2009.

segunda-feira, 28 de dezembro de 2009

Um Belíssimo Ano Novo !!!

Para você ganhar belíssimo Ano Novo...
Não precisa fazer lista de boas intenções
para arquivá-las na gaveta.

Não precisa chorar de arrependimento
pelas besteiras consumadas nem
parvamente acreditar que por decreto

da esperança a partir de Janeiro
as coisas mudem e seja claridade,
recompensa, justiça entre os homens e as nações,

liberdade com cheiro e
gosto de pão matinal, direitos respeitados,
começando pelo direito augusto de viver.

Para ganhar um ano-novo que mereça
este nome, você, meu caro, tem de
merecê-lo, tem de fazê-lo novo,

Eu sei que não é fácil mas tente,
experimente, consciente.
É dentro de você que o Ano Novo
dorme e espera desde sempre.

Autor "desconhecido"

domingo, 27 de dezembro de 2009

ACESSO ÁS PRAIAS PARA DEFICIENTES FISÍCOS

Jovem criou ONG e improvisou esteiras na Praia do Leblon.
Alguns equipamentos foram fornecidos pela Prefeitura do Rio.


Uma iniciativa de um jovem tornou possível o acesso de portadores de deficiência física às areias das praias cariocas. Junto com amigos, Henrique Saraiva, que usa muletas, criou a ONG AdaptSurf e criou esteiras próprias para portadores de necessidades especiais na Praia do Leblon, na Zona Sul do Rio.
A prefeitura forneceu alguns equipamentos e o resto foi a boa vontade de Henrique. Na areia, muletas e pernas mecânicas já podem ser vista ao lado de banhistas. Em um trecho da Praia do Leblon esse cenário já é comum.
“É muito gratificante ver que a gente está prestando esse serviço e está podendo ajudar alguém. Eu já senti na pele e sei que é muito bom. Não tem preço”, disse o fundador da ONG, Henrique Saraiva.
A dona de casa Ana Paula Cândido teve uma das pernas amputada depois de um acidente. “Antes, eu tinha vergonha até mesmo de sair de casa e de fazer as coisas. Hoje não”, contou.
Para quem usa cadeira de rodas, a areia ainda é um grande obstáculo. “Não adianta vir à praia para a gente ficar olhando, porque só dá inveja”, comenta um jovem.

Problema ainda evidente

A costa brasileira é quase toda cheia de praia. Mas, para os portadores de deficiência física, muitas vezes o lazer termina no calçadão. São raras as praias que tem a placa de acesso a quem precisa. O cenário da Praia do Leblon poderia ser muito mais comum em todo o Brasil, mas não existe lei federal que obrigue a criação desses acessos na praia.
A ONG AdaptSurf oferece aulas de surf para portadores de deficiência física. “A gente faz uma avaliação inicial e, a partir daí, a gente vai saber o tipo de aula que a gente vai desenvolver. É aberta a qualquer tipo de deficiência, não tem restrição alguma e totalmente gratuito”, explicou a coordenadora da ONG, Luana Nobre.

DEFICIENTE ALERTA foi criado para orientar,educar,protestar e ajudar todos com deficiência. www.deficientealerta.blogspot.com

quarta-feira, 23 de dezembro de 2009

Organiza o Natal

Alguém observou que cada vez mais o ano se compõe de 10 meses; imperfeitamente embora, o resto é Natal. É possível que, com o tempo, essa divisão se inverta: 10 meses de Natal e 2 meses de ano vulgarmente dito. E não parece absurdo imaginar que, pelo desenvolvimento da linha, e pela melhoria do homem, o ano inteiro se converta em Natal, abolindo-se a era civil, com suas obrigações enfadonhas ou malignas. Será bom.

Então nos amaremos e nos desejaremos felicidades ininterruptamente, de manhã à noite, de uma rua a outra, de continente a continente, de cortina de ferro à cortina de nylon — sem cortinas. Governo e oposição, neutros, super e subdesenvolvidos, marcianos, bichos, plantas entrarão em regime de fraternidade. Os objetos se impregnarão de espírito natalino, e veremos o desenho animado, reino da crueldade, transposto para o reino do amor: a máquina de lavar roupa abraçada ao flamboyant, núpcias da flauta e do ovo, a betoneira com o sagüi ou com o vestido de baile. E o supra-realismo, justificado espiritualmente, será uma chave para o mundo.

Completado o ciclo histórico, os bens serão repartidos por si mesmos entre nossos irmãos, isto é, com todos os viventes e elementos da terra, água, ar e alma. Não haverá mais cartas de cobrança, de descompostura nem de suicídio. O correio só transportará correspondência gentil, de preferência postais de Chagall, em que noivos e burrinhos circulam na atmosfera, pastando flores; toda pintura, inclusive o borrão, estará a serviço do entendimento afetuoso. A crítica de arte se dissolverá jovialmente, a menos que prefira tomar a forma de um sininho cristalino, a badalar sem erudição nem pretensão, celebrando o Advento.

A poesia escrita se identificará com o perfume das moitas antes do amanhecer, despojando-se do uso do som. Para que livros? perguntará um anjo e, sorrindo, mostrará a terra impressa com as tintas do sol e das galáxias, aberta à maneira de um livro.

A música permanecerá a mesma, tal qual Palestrina e Mozart a deixaram; equívocos e divertimentos musicais serão arquivados, sem humilhação para ninguém.

Com economia para os povos desaparecerão suavemente classes armadas e semi-armadas, repartições arrecadadoras, polícia e fiscais de toda espécie. Uma palavra será descoberta no dicionário: paz.

O trabalho deixará de ser imposição para constituir o sentido natural da vida, sob a jurisdição desses incansáveis trabalhadores, que são os lírios do campo. Salário de cada um: a alegria que tiver merecido. Nem juntas de conciliação nem tribunais de justiça, pois tudo estará conciliado na ordem do amor.

Todo mundo se rirá do dinheiro e das arcas que o guardavam, e que passarão a depósito de doces, para visitas. Haverá dois jardins para cada habitante, um exterior, outro interior, comunicando-se por um atalho invisível.

A morte não será procurada nem esquivada, e o homem compreenderá a existência da noite, como já compreendera a da manhã.

O mundo será administrado exclusivamente pelas crianças, e elas farão o que bem entenderem das restantes instituições caducas, a Universidade inclusive.

E será Natal para sempre.

Ah! Seria ótimo se os sonhos do poeta se transformassem em realidade.

Texto extraído do livro "Cadeira de Balanço", Livraria José Olympio Editora - Rio de Janeiro, 1972, pág. 52.

Autor "Carlos Drummond de Andrade"

terça-feira, 22 de dezembro de 2009

A arte de amar !!!

O amor é filho da compreensão; o amor é tanto mais veemente, quanto mais a compreensão é exata.

Autor "Leonardo da Vinci"

segunda-feira, 21 de dezembro de 2009

Iluminação Interior

Recorda-te de Jesus e deixa-te por Ele conduzir.
Na data evocativa do Seu nascimento, faze uma reflexão mais profunda e verifica se Ele já nasceu em teu coração.
...sai do desconforto moral ou da comodidade, da indiferença ou do erro e deixa que este seja um sublime Natal em tua vida, passando a viver feliz e dedicado ao Bem de que ele se faz vexilário.


Autora: "Joanna de Ângelis"

domingo, 20 de dezembro de 2009

E AÍ VOCÊ É ÁGUIA OU GALINHA? NUNCA DEIXE DE VOAR

E AÍ VOCÊ É ÁGUIA OU GALINHA?

NUNCA DEIXE DE VOAR


SER FERFIL NA INCLUSÃO É SER ÁGUIA!!!

ÁGUIA OU GALINHA?(Leonardo Boff)"Era uma vez um camponês que foi à floresta vizinha apanhar um pássaro para mantê-lo em sua casa". Conseguiu pegar um filhote de águia. Colocou-o no galinheiro junto com as galinhas. Comia milho e ração própria para galinhas. Embora a águia fosse o rei / rainha de todos os pássaros.Depois de cinco anos, este homem recebeu a visita de um naturalista. Enquanto passeavam pelo jardim, disse o naturalista: -- Este pássaro aí não é uma galinha. É uma águia.-- De fato, -- disse o camponês. É águia. Mas eu a criei como galinha. Ela não é mais uma águia. Transformou-se em galinha como as outras, apesar das asas de quase três metros de extensão.-- Não -- retrucou o naturalista. Ela é e será sempre uma águia. Pois tem um coração de águia.Este coração a fará um dia voar às alturas. -- Não, não -- insistiu o camponês. Ela virou galinha e jamais voará como águia. Então decidiram fazer uma prova. O naturalista tomou a águia, ergueu-a bem alto e desafiando-a disse: -- Já que de fato você é uma águia, já que você pertence ao céu e não à terra, então abra suas asas e voe! A águia pousou sobre o braço estendido do naturalista. Olhava distraidamente ao redor. Viu as galinhas lá embaixo, ciscando grãos. E pulou para junto delas.O camponês comentou: -- Eu lhe disse, ela virou uma simples galinha! -- Não -- tornou a insistir o naturalista. Ela é uma águia. E uma águia será sempre uma águia. Vamos experimentar novamente amanhã.No dia seguinte, o naturalista e o camponês levantaram bem cedo. Pegaram a águia, levaram-na para fora da cidade, longe das casas dos homens, no alto de uma montanha. O sol nascente dourava os picos das montanhas. O naturalista ergueu a águia para o alto e ordenou-lhe: -- Águia, já que você é uma águia, já que você pertence ao céu e não à terra, abra as suas asas e voe! A águia olhou ao redor. Tremia como se experimentasse nova vida. Mas não voou. Então o naturalista segurou-a firmemente, bem na direção do sol, para que seus olhos pudessem encher-se da claridade solar e da vastidão do horizonte.Nesse momento, ela abriu suas potentes asas, grasnou com o típico kau-kau das águias e ergueu-se soberana, sobre si mesma. E começou a voar, a voar para o alto, a voar cada vez para mais alto. Voou... Voou... "Até confundir-se com o azul do firmamento...”As pessoas águias reais que voam o mais alto na vida, são aquelas que se recusam a ser galinhas, que se recusam a ficar presas em suas vidas, a deixar que tudo que é errado permaneça e fique como está. Essas pessoas batalham por si e pelos demais e não ficam o tempo todo reclamando de sua sorte, vão à luta, não esperam que os outros façam e nunca desistem. A maioria das vezes voam sozinhas nos céus da vida e por isso se destacam, e por isso são alvo constante daqueles que têm inveja de seu vôo e de sua coragem. Seus sonhos não são quimeras, são realidade. Suas mentes nunca desistem e elas não permitem nunca que as "pessoas galinhas" as empurrem ladeira abaixo e as façam virar galinhas novamente.Amiga voe sempre, como sempre o fez. Voe hoje e sempre e vença! Ocupe o lugar que é seu e algumas outras águias reais, no lugar mais alto da montanha e de lá veja como é triste a vida das galinhas que você ama, mas que não a entendem.Quem sabe, um dia, quando você tiver alçado um vôo muito mais alto, em direção à nossa última morada, as galinhas que convivem com você percebam o quanto perderam ao não tentarem ser como você, ou simplesmente aceitá-la como é: Cléia, uma menina simples, sensível, amiga, companheira, que só quis ser e sempre foi uma águia real."A águia gosta de pairar nas alturas, acima do mundo, não para ver as pessoas de cima, mas para estimulá-las a olhar para cima" (frase de Elisabeth Kübler -- Ross)O autor Gibran Khalil Gibran em seu livro "O Profeta", Vossos filhos não são vossos filhos. São os filhos e as filhas da ânsia da vida por si mesma. Vêm através de vós, mas não de vós. E embora vivam convosco, não vos pertencem. Podeis outorgar-lhes vosso amor, mas não vossos pensamentos, porque eles têm seus próprios pensamentos. Podeis abrigar seus corpos, mas não suas almas; pois suas almas moram na mansão do amanhã, que vós não podeis visitar nem mesmo em sonho. Podeis esforçar-vos por ser como eles, mas não procureis fazê-los como vós, porque a vida não anda para trás e não se demora com os dias passados. Vós sois os arcos dos quais vossos filhos são arremessados como flechas vivas. O Arqueiro mira o alvo na senda do infinito e vos estica com toda a Sua força para que Suas flechas se projetem rápidas e para longe. "Que vosso encurvamento na mão do Arqueiro seja vossa alegria: pois assim como Ele ama a flecha que voa, ama também o arco que permanece estável.

sexta-feira, 18 de dezembro de 2009

Atitudes Renovadas

O Seu Natal é o poema de alegria que vem dos Céus na direção da Terra atormentada, tornando-se um hino de perene beleza, que se sobrepõe à algazarra e à balbúrdia do sofrimento...
A música dos seres celestes na Sua noite assinalou com insuperável sonoridade o planeta.
O Natal de Jesus é, desse modo, o momento culminante dos esponsais do ser humano com a Consciência Cósmica.

"Autora Joanna de Ângelis"

quinta-feira, 17 de dezembro de 2009

A melhor mensagem de Natal !!

A Melhor mensagem de Natal é aquela que sai em silêncio de nossos corações e aquece com ternura os corações daqueles que nos acompanham em nossa caminhada pela vida.

Autor "desconhecido"

quarta-feira, 16 de dezembro de 2009

Neste Natal quero lhe dar alguns presentes:
Vou te dar uma borracha, pra vc apagar as más lembranças,
Uma tesoura pra vc podar o q lhe impede de crescer,
Lentes corretoras, q os possibilite enxergar o próximo e a natureza com amor,
Agulhas grandes pra vc tecer seus sonhos e ilusões,
Um zíper que abra a sua mente quando procurar respostas...
Outro pra fechar sua boca qdo se fizer necessário,
Um outro pra abrir seu coração...
Um relógio, pra te mostrar que é sempre hora de amar.
Um rebobinador de filmes, pra vc recordar os momentos felizes.
Sapatos da moral e ética, pra vc pisar com firmeza e segurança por onde tem flores,
Enfim, um espelho pra vc admirar uma das obras mais perfeita que é "VOCÊ".

"Autor Desconhecido"

terça-feira, 15 de dezembro de 2009

Sugestões de presentes para o Natal !!!

Para seu inimigo, perdão.
Para um oponente, tolerância.
Para um amigo, seu coração.
Para um cliente, serviço.
Para tudo, caridade.
Para toda criança, um exemplo bom.
Para você, respeito.

Autor "Oren Arnold"

segunda-feira, 14 de dezembro de 2009

Cantar Enobrece os Sentimentos !!!

Cantando agente inventa.
Inventa um romance, uma saudade, uma mentira...
Cantando a gente faz história.
Foi gritando que eu aprendi a cantar, sem nenhum pudor, sem pecado.
Canto pra espantar os demônios, pra juntar os amigos.
Pra sentir o mundo, pra seduzir a vida.

Autor "Cazuza"

domingo, 13 de dezembro de 2009

Invenções de alta tecnologia







INVENÇÕES COM DEPÓSITOS DE PATENTES JUNTO AO INPI

Sistema para chamar ônibus - PI9703678
Dácio Pedro Simões
Aparelho testado em Minas Gerais ajuda deficientes visuais a tomar ônibus ou taxi. O aposentado Dácio Pedro Simões estava num ponto de ônibus de Belo Horizonte (MG) quando foi abordado por um deficiente visual, pedindo para avisá-lo quando o ônibus dele chegasse. Só que o ônibus de Dácio chegou primeiro e ele acabou indo embora, pensando nas dificuldades que os deficientes físicos e visuais enfrentam numa cidade grande. Resolveu inventar algum tipo de dispositivo que pudesse auxiliar os deficientes visuais na difícil tarefa de usar os transportes públicos.

Sinalizasom - PI0001704-3
Carlos Boa Nova Neto e Evaldo Silva
O inventor gaúcho Carlos Boa Nova Neto tem uma proposta diferente para auxiliar os deficientes visuais a circular com segurança pelas grandes cidades: um controle remoto semelhante a um alarme de carro. O representante comercial aposentado desenvolveu um equipamento que "fala" com o deficiente, informando a localização de semáforos e paradas de ônibus

Cadeira de rodas - carta imperial (20 dezembro de 1830)
Joaquim Marques de Oliveira e Souza
A primeira cadeira de rodas patenteada nos EUA data de 1869 e segue em linhas gerais os modelos atuais. No Brasil, Joaquim Marques ganha patente em dezembro de 1830 (única patente concedida neste ano) para uma cadeira de rodas, primeira patente sob vigor da primeira lei de patentes do Brasil independente, o alvará de 1830.

Three Wheels (3W) - PI9701387
Bernardo Yuri Beresnitzky
O inventor brasiliense Bernardo Yuri Beresnitzky cria um triciclo com sistema de catraca e pedais que permite que as pernas fiquem na posição horizontal. Chamado de Three Wheels (3W), nome que em inglês significa três rodas, o triciclo é testado em deficientes físicos pelo professor de educação física, especializado em biomecânica, Ulisses de Araújo, que afirma que o triciclo é ideal para pessoas com disfunção numa das pernas.
Brinquedos para fisioterapia - PI0300300
Joice Puchalski
Com o intuito de melhorar os resultados das sessões de fonoaudiologia que realizava, a médica Joice Puchalski, moradora de Muriqui, descobriu uma nova forma de lidar com pacientes que possuem alguma deficiência. Quando cursava o último ano da faculdade, a estudante criou vários brinquedos em casa, que levava para as sessões no consultório onde fazia estágio. Até que foi descoberta e os brinquedos se tornaram um sucesso.
Hortho Mobile - PI9902180
Elias Novaes de Oliveira (Mecal)
A Mecal, empresa estabelecida no bairro da Cidade Nova, em Pindamonhangaba, tem permissão para produzir o Hortho-Mobile, produto destinado à locomoção vertical dos deficientes físicos em cadeiras de rodas. O sistema pode ser instalado em residências, escolas, hospitais, lojas, restaurantes, escritórios, estádios, centros comerciais, fábricas, bancos, repartições públicas, etc.

Cadeira de rodas vertical - PI0105828-2
Cláudio Blois Duarte (Associação das Pioneiras Sociais)
Uma experiência pioneira do Hospital Sarah de Brasília, tem como idéia original botar a pessoa de pé. Existem cadeiras que são verticalizáveis, que a pessoa fica em pé. Mas esta invenção é uma cadeira de rodas convencional. Os técnicos que trabalharam no projeto foram aperfeiçoando as cadeiras ao pouco. Um dos primeiros a usá-la foi Herbert Vianna.

Prancheta Vocálica - PI9500520
Valdemir Ribeiro Borba
O VoxTable foi desenvolvido por TERRA ELETRÔNICA para auxiliar na comunicação de pessoas impossibilitadas de falar tais como portadores de deficiência verbal, em pós-operatório, tubados de UTI's, acidentados. etc. O VoxTable é um sistema de reprodução de frases, armazenadas digitalmente no equipamento, o qual é acionado através do toque em um teclado especial de baixo esforço, com figuras ilustrando as funções que serão faladas.
Lupa eletrônica - MU8103070
Valdemir Ribeiro Borba
A LUPA ELETRÔNICA foi desenvolvida para auxiliar a leitura e escrita por pessoas com baixa visão que necessitam de grande ampliação de textos e imagem . A lupa é disponível em 3 diferentes configurações para atender situações específicas como visto nas fotos. A LUPA ELETRÔNICA constitui-se basicamente de uma micro-câmera aliada a um circuito eletrônico que amplia textos e imagens reproduzindo-os em qualquer T.V. convencional.
Cadeira de rodas vertical - PI0205752
Astemius Pereira da Costa e Milton Vieira dos Santos (UFMG)
Dois engenheiros mecânicos recém-formados pela UFMG (Universidade Federal de Minas Gerais) resolveram investir em uma idéia surgida ainda nos tempos de estudante. Astemius Pereira da Costa e Milton Vieira dos Santos assumiram para si a tarefa de desenvolver um produto que melhorasse a produtividade e a mobilidade de pessoas sujeitas a conviver com o incômodo de uma cadeira de rodas O desafio era produzir uma cadeira de linhas simples, design inovador e que, ao mesmo tempo, possibilitasse a seu usuário esticar o corpo e permanecer em pé, usando, como apoio, além da cadeira, a estrutura óssea de suas próprias pernas.
Cadeira de rodas Multifuncional - MU860

Cadeira de rodas Multifuncional - MU8600824
Fabio Santos Azevedo
Transitar pela casa com facilidade, mesmo contando com espaços reduzidos, utilizar o vaso sanitário sem o auxilio de barras ou adaptações no imóvel, tomar banho nas mesmas condições e, o mais importante que é cumprir todas estas tarefas sem auxilio e com total segurança é o que propõe este projeto de cadeira de rodas denominado por sua versatilidade de "Cadeira de rodas multifuncional". Foi projetada para atender amputados, mesmo obesos.


INVENÇÕES SEM DEPÓSITOS DE PATENTES JUNTO AO INPI

DosVox
Antonio Borges e Marcelo Pimentel (UFRJ)
O ano era 1993. No primeiro dia de aula de computação gráfica no curso de informática da UFRJ, o professor Antonio Borges levou um susto. Tinha um aluno deficiente visual. Antonio pensou: "Como vou lecionar computação gráfica para um cego?" Propôs, então, ao aluno Marcelo Pimentel que o ajudasse a criar um programa sonoro. Dito e feito. Assim surgiu o DOSvox, sistema que auxilia deficientes visuais no uso de PCs.
Interface de computador
Fernando Capovilla(USP)
Com um computador, um software e sensores que funcionam como mouse, é possível formar palavras, frases e até sintetizá-las em voz. Isso é feito com a escolha de letras na tela do micro. O sensor pode estar na pálpebra do paciente, que realiza as operações por meio de piscadas de olhos, ou até por sopros, dependendo da sua condição.
Comunicador visual
Jean André Lage Michalaros (Unicamp)
O pesquisador Jean André Lage Michalaros, da Faculdade de Engenharia Elétrica e de computação da UNICAMP desenvolve em 1988 equipamento computadorizado que auxilia a comunicação de pessoas portadoras de paralisia cerebral baseado no método Bliss da comunicação.
Virtual Vision
Laércio Santana (Prodam)
A MicroPower desenvolveu o Virtual Vision (VV), leitor de telas que está dentro do Bradesco Net - Internet Banking para Deficientes Visuais. Este produto foi indicado pela Microsoft para o Smithsonian Award, e foi mencionado por Bill Gates no seu livro "A Empresa na Velocidade do Pensamento". A equipe da MicroPower esteve recentemente em Seattle, apresentando o Virtual Vision para Steve Ballmer, atual presidente da Microsoft. Também recente foi a visita da Diretoria do Banco Bradesco a Washington DC, para apresentar os detalhes do produto para o Smithsonian Institute

Print Braille
Guy Perelmuter (PUC)
O engenheiro de computação Guy Perelmuter criou, em seu trabalho de fim de curso, o Print Braille, com o objetivo de auxiliar os cegos em leituras cotidianas como receitas médicas, menus, notas fiscais, provas de colégio. Estas leituras possibilitam ao deficiente visual uma ligação maior com o mundo, a partir do momento em que pode obter uma série de informações por si só, afirma Guy


Xadrez
Júlio César Marques
Em Casimiro de Abreu, a "inclusão" de deficientes físicos na comunidade deixou de ser conceito abstrato para fazer parte do dia-a-dia de moradores, como o do comerciante Júlio César Marques. Dono de uma lanchonete na rodoviária, Julinho desenvolveu um jogo de xadrez para deficientes visuais. A engenhoca foi criada como um gesto de solidariedade para um amigo que perdera a visão de forma trágica. Ao dividir a dor com o amigo, o comerciante deixou fluir sua inventividade.
Estimulação elétrica neuromuscular
Alberto Cliquet Júnior (UNICAMP)
O segundo lugar no XIV Prêmio Jovem Cientista coube a Alberto Cliquet Júnior, da UNICAMP, que desenvolveu sistemas de estimulação elétrica neuromuscular para pacientes paraplégicos e tetraplégicos, projeto financiado pela FAPESP.

Sistema de aprendizagem da fala
Paulo de Oliveira Tujal(Coppe)
Aprender a falar quando não se pode ouvir a própria voz leva, em média, dez anos de esforço contínuo e árduo.Através de um computador equipado com placa de som é mostrada a figura do aparelho fonador na posição correta para emitir determinado som. Ao lado, uma figura animada em tempo real mostra o aparelho fonador no momento em que a pessoa emite o som no microfone acoplado ao computador. Comparando as duas figuras, é possível verificar se o processo de fonação está errado.
Adaptador de automóvel para deficientes
Adamir Rodrigues Westphal
O deficiente físico Adamir Rodrigues Westphal, 34 anos, é hoje um próspero fabricante de equipamentos especiais para pessoas com deficiência, Ele desenvolveu um equipamento que permite ao motorista controlar manualmente o acelerador, freio e embreagem do veículo.
Mão de São Carlos
Fransérgio Leite da Cunha (UFScar)
Pesquisadores do Laboratório de Biocibernética e Engenharia de Reabilitação (Labciber), da Escola de Engenharia de São Carlos (EESC) da USP, estão desenvolvendo uma prótese de mão eletrônica que deverá estar entre as mais avançadas do mundo. "Das que já existem, nenhuma une tantos movimentos e outros tipos de funções sendo, ao mesmo tempo, tão parecida com a mão natural", garante Fransérgio Leite da Cunha, pesquisador envolvido no projeto, que deve terminar em 2005.
Sinalizador Eletrônico de Ônibus
Josenaldo Alves Barbosa e Everton Cleyton da Rocha (FEUC-CAEL)
O invento chama-se Dispositivo de Acessibilidade aos Deficientes Visuais e está em estudo para implantação pela prefeitura de Niterói. O autor do projeto é Josenaldo Alves Barbosa, de 19 anos, aluno do Colégio de Aplicação Emanuel Leontsinis. Por dois anos ele elaborou um sistema informatizado que permite ao deficiente visual digitar em braile o número do ônibus que percorre a linha desejada. A mensagem é remetida para o painel instalado na parte superior do ponto para a visualização do motorista. O equipamento pode ser usado simultaneamente por outra pessoa, já que permite interseções compartilhadas.
Motrix
José Antonio Borges (NCE/UFRJ)
O MOTRIX é um software que permite que pessoas com deficiências motoras graves, em especial tetraplegia e distrofia muscular, possam ter acesso a microcomputadores, permitindo assim, em especial com a intermediação da Internet, um acesso amplo à escrita, leitura e comunicação. O acionamento do sistema é feito através de comandos que são falados num microfone.
Mouse Ocular
Manoel Cardoso
Tetraplégicos sem poder de comunicação poderão contar com o mouse ocular, que transforma movimentos da íris e piscadas em sinais como letras do alfabeto, frases inteiras e comandos para o uso de aplicativos e browsers de navegação na Web. Trata-se de um projeto patenteado pela Fundação Desembargador Paulo Feitoza (AM), que investiu cerca de R$ 1 milhão na novidade, idealizada em 1996.
Palmilha DorsiFlex
Milton Oshiro (AACD)
A palmilha Dorsi-flex, foi lançada em 2000 no Congresso 50 anos de Medicina e Reabilitação, que marca meio século da Associação de Assistência à Criança Defeituosa (AACD). A palmilha, que levou três anos para ser desenvolvida foi criada para substituir as talas usadas por pessoas com problemas musculares, seqüelas de acidentes vasculares, traumatismos, paralisia cerebral ou lesão medular.
Chip para controle de prótese
Miguel Nicolelis (Univ. Duke)
A revista do respeitado Instituto de Tecnologia de Massachusetts (MIT) publicou em 2004 a lista das dez tecnologias que vão mudar o mundo e a invenção do neurocientista brasileiro Miguel Nicolelis foi a número um. Em breve, ele estremecerá a comunidade científica com a publicação de um estudo que abre caminho para recuperar o movimento de paralíticos. Nicolelis já tinha feito macacos controlarem com o cérebro um braço mecânico para jogar videogame e em janeiro de 2004, pela primeira vez, reproduziu a experiência com seres humanos na Universidade de Duke
Rede Neural Híbrida
Reynaldo Daniel Pinto (USP)
Pesquisadores do Instituto de Física (IF) da USP conseguiram construir uma rede neural híbrida conectando, por meio de sinapses artificiais, um grupo de neurônios de um crustáceo conhecido como siri azul (Callinectes sapidus) a um computador que simula a atividade elétrica de um desses neurônios. O objetivo é desenvolver e testar modelos da atividade de neurônios, isolados ou de grupos, para que, no futuro, circuitos neurais danificados possam ser substituídos por próteses eletrônicas, auxiliando, por exemplo, pessoas paraplégicas ou tetraplégicas.
Xadrez para cegos
Sharlene Serra
A idéia da designer Sharlene Serra foi desenvolver um produto que atendesse ao deficiente visual , além de torna-lo aproximado aos tabuleiros existentes no mercado, descaracterizando a rotulação do produto em relação ao público alvo.
Transmissão elétrica para moto
Wellington Lima dos Santos
As pessoas portadoras de deficiência física podem desfrutar do prazer de andar de moto com o invento do militar Wellington Santos que adaptou uma moto de modo que a passagem das marchas possa ser feita com as mãos. O funcionamento do presente modelo esta composto num conjunto onde envolve uma parte mecânica, sendo um motor transformado e adaptado em um suporte cujas medidas constantes neste deverão ser exatas, pois é no suporte que proverá reguladores da alavanca afixada ao motor adaptado.
Impressão em Braille
Aline Piccoli Otalara (Tece)
A pesquisadora e seus colegas desenvolveram um novo conjunto para o ensino do braille, formado por uma régua e uma caneta. “É simples como parece. No sistema, os caracteres aparecem na folha em alto relevo, ou seja, para o lado de cima da folha. É como se fosse uma caneta sem carga, que prende nas meias esferas presentes na régua, puxando o papel para fazer o conjunto de pontos que correspondem a cada sinal”, explica.
Prancha de leitura
José Américo Bonatti (Bonavision)
Um prancha de leitura acoplada a uma lupa, destinada a pessoas com baixa visão, foi criada por pesquisadores da Bonavision Auxílios Ópticos, empresa incubada no Centro Incubador de Empresas Tecnológicas (Cietec) da Universidade de São Paulo (USP). O produto mantém fixos a linha de leitura e o foco, proporcionando conforto em leituras prolongadas realizadas por pessoas com faixa de visão subnormal, termo utilizado para descrever a visão remanescente em indivíduos que sofrem de patologias como diabete, catarata ou glaucoma. Esse comprometimento da função visual impossibilita afazeres habituais mesmo após tratamento ou correção dos erros refrativos com o uso de óculos ou lentes de contato.
Musibraille
Dolores Tomé e Antonio Borges
A professora Dolores Tomé desenvolveu um programa, batizado do Musibraille, que traduz partituras musicais em braille, permitindo sua leitura e manuseio por deficientes visuais. O programa será disponibilizado gratuitamente. O Musibraille é o primeiro programa de computador em português capaz de transcrever partituras musicais para o braille, que é o sistema de leitura adota internacionalmente para os cegos.
Sensor para cegos
Leonardo Gontijo
O oftalmologista Leonardo Gontijo, professor da Faculdade de Medicina da Santa Casa de Belo Horizonte (MG), desenvolveu alguns sensores que poderão ajudar os cegos a se locomoverem sozinhos, sem a ajuda da bengala. O aparelho, que está sendo patenteado no Inpi (Instituto Nacional de Propriedade Industrial) e ainda não tem um nome comercial definido, será apresentado no Congresso Brasileiro de Oftalmologia, no final do mês de agosto de 2009. Segundo Gontijo, a ideia de criar os sensores surgiu depois que ele atendeu um paciente adulto que perdeu a visão por causa das complicações do diabetes.
Fone Fácil
Alcides Pires (Brava)
As novas tecnologias podem ser usadas para melhorar a vida de quem tem alguma deficiência. É o que está fazendo a empresa Brava ao desenvolver um celular que poderá ser usado pelos surdos. O nome do projeto é Fone Fácil e vai demandar um investimento de R$ 1,4 milhão. "A comunicação de um surdo com o mundo auditivo é cheia de dificuldade. Usando esse celular, eles poderão fazer uma chamada de emergência para alguns serviços públicos, como a polícia, bombeiros e o Samu", explica o presidente da Brava, Alcides Pires.

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sábado, 28 de novembro de 2009

Acessibilidade: Siga essa ideia.

Publicado por Juliana Ponte em 25/11/2009

A campanha “Acessibilidade. Siga essa idéia” foi promovida pelo Conselho Nacional dos Direitos da Pessoa Portadora de Deficiência (Conade), ligada à Secretaria Especial dos Direitos Humanos da Presidência da República, e propõe que a sociedade, por meio de suas diversas entidades – poder público, iniciativa privada, ONGs e outras -, crie iniciativas para a superação de barreiras arquitetônicas, atitudinais, de informação, dentre outras, que impedem que as pessoas com deficiência ou com mobilidade reduzida sejam incluídas na vida em sociedade.

O papo de que todas as pessoas devem ser respeitadas, não importando o sexo, a idade, as origens étnicas, a opção sexual ou as deficiências, é velho, mas tá é longe de ser respeitado realmente.Pelo menos no que diz respeito aos direitos das pessoas portadoras de deficiência física.

Pois é sabido que, embora esse direito a igualdade de todos perante a lei seja assegurado na Constituição Federal Brasileira, existem milhões de pessoas que não saem de casa porque não podem circular sem algum tipo de ajuda. Uma massa que está marginalizada quando poderia estar atuando em condições de igualdade dentro do meio social.

Cerca de 25 milhões de brasileiros, ou 14,5% da população são portadores de algum tipo de deficiência física, segundo dados do IBGE.

Um número considerável para que a barreira chamada preconceito já tivesse sido ultrapassada, pois as pessoas portadoras de deficiência física devem ser vistas como pessoas capacitadas que desempenham muito bem os seus papéis sociais e que exigem sua inclusão na sociedade.

Aceitar as diferenças individuais, dar valor a cada pessoa e, principalmente, aprender a conviver dentro da grande diversidade humana, são alguns dos princípios da Inclusão. Incluir significa muito mais do que trazer de volta alguém para dentro da sociedade, é saber respeitar. Este direito muitas vezes, não é dado aos portadores de deficiência física quando construções são autorizadas sem a mínima preocupação, impondo, além dos obstáculos pessoais, barreiras arquitetônicas que os impossibilitam de ter a liberdade de movimentos e locomoção.



Portanto, faz-se necessário impor tentativas de uma sociedade justa, igualitária, uma sociedade que aceite todos, que não imponha condições. Isso é inclusão. Devemos cada um, procurar meios de fazer isso, porque hoje não se discute mais se a sociedade tem que ser aberta, inclusiva. Isso é fato, tem que ser assim.

Uma sociedade aberta a todos, que estimula a participação de cada um e aprecia as diferentes experiências humanas, e reconhece o potencial de todo cidadão, é denominada sociedade inclusiva.

Muitas pessoas ignoram esse tipo de ‘luta’ porque não precisam diretamente dessa acessibilidade, mas é necessário lembrar que cada um de nós, em alguma fase da vida, pode tornar-se incapaz para a realização das tarefas quotidianas devido a acidentes, sequelas de doenças, idade avançada ou outros fatores. E talvez seja só nesse momento que iremos despertar e desejar alguma mudança.

Acessibilidade é a condição de alcance para utilização, com segurança e autonomia, dos espaços, mobiliários e equipamentos urbanos, das edificações, dos transportes e dos sistemas e meios de comunicação, por pessoa portadora de deficiência ou com mobilidade reduzida, segundo Lei Federal nº 10.098 de 2000.

É bom ressaltar que garantir essa acessibilidade não é apenas construir rampas, instalar sinalização e mobiliário urbano adequados, garantir a acessibilidade é, antes de qualquer coisa, respeitar a limitação e o direito de cada ser humano, é proporcionar segurança para que essas pessoas possam sair de casa sem medo de ficar parada em alguma barreira, ou de serem tratadas com preconceito. É preciso edificar o respeito e projetar a confiança.

Em pesquisa realizada, este ano, no Calçadão da Avenida Beira-Mar da cidade de Fortaleza, foi possível constatar que, mesmo de forma primária, a idéia da acessibilidade já está sendo adotada. Algumas adaptações já foram feitas, outras estão em fase de construção, muito embora ainda fujam, em alguns aspectos, aos critérios e parâmetros estabelecidos pela NBR (normas técnicas).

Mas a verdade é que a estrutura física do Calçadão ainda não consegue atender de forma justa às necessidades das pessoas portadoras de deficiência física. Visto que algumas adaptações foram feitas de forma aleatória, outras foram construídas, mas não são respeitadas, e ainda há aquelas que nem chegaram a sair do papel. É notável a carência de responsabilidade na execução desses projetos, advinda talvez da falta de interesse dos nossos empenhadíssimos governantes.

Foi possível também tecer algumas criticas ao Projeto de Requalificação da Cidade de Fortaleza, de responsabilidade da Prefeita Luiziane Lins, que além de não estar cumprindo prazos, não está alcançando conceito satisfatório, já que, por exemplo, as obras de requalificação do Calçadão da Avenida Beira-Mar antes mesmo de serem concluídas já necessitam de reparos.

Percebe-se também que o conceito de requalificação se refere apenas à estrutura do espaço, esquecendo totalmente as pessoas que irão utilizá-lo. É um erro grotesco pensarmos que apenas a recuperação do calçadão da Avenida Beira-Mar e as outras obras de requalificação viabilizarão oportunidades a todos os cidadãos de desfrutar os espaços de lazer da Praia de Iracema. É necessário fazer muito mais.

Eu, particularmente, não recomendaria a nenhuma pessoa portadora de deficiência física a fazer, sozinha, um passeio por nossa bela cidade. A aventura é grande e perigosa. Espero que isso algum dia mude, afinal, a cidade é um direito de TODOS!





sexta-feira, 27 de novembro de 2009

O que é dislexia


Entender como aprendemos e o porquê de muitas pessoas inteligentes e,até, geniais experimentarem dificuldades paralelas em seu caminho diferencial do aprendizado, é desafio que a Ciência vem paulatinamente, em 130 anos de pesquisas. E com o avanço tecnológico denossos dias, com destaque ao apoio da técnica de ressonância magnética funcional, as conquistas dos últimos dez anos têm trazido respostas significativas sobre o que é Dislexia.
A evolução progressiva de entendimento do que é Disléxia, resultando trabalho cooperativo de mentes brilhantes que têm-se doado persistentes estudos, tem marcadores claros do progresso que vem sendo conquistado. Durante esse longo período de pesquisas que transcendeu gerações, o desencontro de opiniões sobre o que é Dislexia redundou emmais de cem nomes para designar essas específicas dificuldades deaprendizado, e em cerca de 40 definições, sem que nenhuma delas tenhasido universalmente aceita. Recentemente, porém, no entrelaçamento dedescobertas realizadas por diferentes áreas relacionadas aos campos daEducação e da Saúde, foram surgindo respostas importantes e conclusivas como:
Que Dislexia tem base neurológica, e que existe uma incidência expressiva de fator genético em suas causas, transmitido por um genetica uma pequena ramificação do cromossomo # 6 que, por ser dominante,torna Dislexia altamente hereditária, o que justifica que se repita nas mesmas famílias;
Que o disléxico tem mais desenvolvida área específica de seu hemisfério cerebral lateral-direito do que leitores normais. Condição que, segundo estudiosos, justificaria seus "dons" como expressão significativa desse potencial, que está relacionado à sensibilidade,artes, atletismo, mecânica, visualização em 3 dimenões, criatividade na solução de problemas e habilidades intuitivas;
Que, com a conquista científica de uma avaliação mais clara da dinâmica de comando cerebral em Dislexia, pesquisadores da equipe da Dra. Sally Shaywitz, da Yale University, anunciaram, recentemente, uma significativa descoberta neurofisiológica, que justifica ser a falta de consciência fonológica do disléxico, a determinante mais forte da probabilidade de sua falência no aprendizado da leitura;
Que o Dr. Breitmeyer descobriu que há dois mecanismos inter-relacionados no ato de ler: o mecanismo de fixação visual e o mecanismo de transição ocular que, mais tarde, foram estudados peloDr. William Lovegrove e seus colaboradores, e demonstraram quecrianças disléxicas e não-disléxicas não apresentaram diferença nafixação visual ao ler; mas que os disléxicos, porém, encontraramdificuldades significativas em seu mecanismo de transição no correrdos olhos, em seu ato de mudança de foco de uma sílaba à seguinte,fazendo com que a palavra passasse a ser percebida, visualmente, comose estivesse borrada, com traçado carregado e sobreposto. Sensação que dificultava a discriminação visual das letras que formavam a palavra escrita. Como bem figura uma educadora e especialista alemã, "... É como se as palavras dançassem e pulassem diante dos olhos do disléxico".

A dificuldade de conhecimento e de definição do que é Dislexia, faz com que se tenha criado um mundo tão diversificado de informações, que confunde e desinforma. Além do que a mídia, no Brasil, as poucas vezes em que aborda esse grave problema, somente o faz de maneira parcial,quando não de forma inadequada e, mesmo, fora do contexto global das descobertas atuais da Ciência.
Dislexia é causa ainda ignorada de evasão escolar em nosso país, e umadas causas do chamado "analfabetismo funcional" que, por permanecerenvolta no desconhecimento, na desinformação ou na informação imprecisa, não é considerada como desencadeante de insucessos noaprendizado.
Hoje, os mais abrangentes e sérios estudos a respeito desse assunto,registram 20% da população americana como disléxica, com a observaçãoadicional: "existem muitos disléxicos não diagnosticados em nossopaís". Para sublinhar, de cada 10 alunos em sala de aula, dois são disléxicos, com algum grau significativo de dificuldades. Graus leves,embora importantes, não costumam sequer ser considerados.
Também para realçar a grande importância da posição do disléxico em sala de aula cabe, além de considerar o seríssimo problema da violência infanto-juvenil, citar o lamentável fenômeno do suicídio decrianças que, nos USA, traz o gravíssimo registro de que 40 (quarenta)crianças se suicidam todos os dias, naquele país. E que dificuldades na escola e decepção que eles não gostariam de dar a seus pais estão citadas entre as causas determinantes dessa tragédia.
Ainda é de extrema relevância considerar estudos americanos, queprovam ser de 70% a 80% o número de jovens delinqüentes nos USA, queapresentam algum tipo de dificuldades de aprendizado. E que também é comum que crimes violentos sejam praticados por pessoas que têmdificuldades para ler. E quando, na prisão, eles aprendem a ler, seunível de agressividade diminui consideravelmente.
Por toda complexidade do que, realmente, é Dislexia; por muitacontradição derivada de diferentes focos e ângulos pessoais eprofissionais de visão; porque os caminhos de descobertas científicasque trazem respostas sobre essas específicas dificuldades deaprendizado têm sido longos e extremamente laboriosos, necessitando,sempre, de consenso, é imprescindível um olhar humano, lógico e lúcido para o entendimento maior do que é Dislexia.
Dislexia é uma específica dificuldade de aprendizado da Linguagem: em Leitura, Soletração, Escrita, em Linguagem Expressiva ou Receptiva, em Razão e Cálculo Matemáticos, como na Linguagem Corporal e Social. Nãotem como causa falta de interesse, de motivação, de esforço ou de vontade, como nada tem a ver com acuidade visual ou auditiva comocausa primária. Dificuldades no aprendizado da leitura, em diferentes graus, é característica evidenciada em cerca de 80% dos disléxicos.
Dislexia, antes de qualquer definição, é um jeito de ser e de aprender; reflete a expressão individual de uma mente, muitas vezes arguta e até genial, mas que aprende de maneira diferente...
Pesquisa feita : Arthur Costenaro

sábado, 14 de novembro de 2009

O uso de materiais flexibilizados em sala de aula

Além de acessíveis, novos recursos tornam as atividades mais atraentes para a classe inteira

Vai bem longe o tempo em que a voz, o quadro-negro e o giz eram as únicas ferramentas de trabalho do professor. Imagens, objetos, jogos, livros, filmes, músicas, tudo o que possa ser usado a favor da aprendizagem é bem-vindo e ganha importância ainda maior nos novos tempos da escola inclusiva. Afinal, além de proporcionar as aulas mais estimulantes, diversificar recursos é uma maneira de torná-las também mais acessíveis a todas as crianças - tenham elas deficiência ou não. Essa prática foi adotada pela EE Pedro Fernandes da Silva Júnior, em Ribeirão das Neves, a 32 quilômetros de Belo Horizonte. Lá estuda Matheus Henrique Reis Alves. O garoto teve paralisia cerebral e, como consequência, comprometimento severo dos quatro membros e do sistema fonoarticulatório. Hoje, aos 8 anos, cursa o 3º ano da escola regular e está sendo alfabetizado. Com a ajuda de recursos flexibilizados, ele desenha, lê, interpreta textos, resolve as operações matemáticas, participa das atividades em sala e se comunica, além de escrever no computador. O que garante a interação de Matheus é uma prancha de comunicação. Ele movimenta o pé direito e usa uma sapatilha adaptada, com suporte para lápis. "Isso permite que ele desenhe, pinte e participe das atividades", explica a pedagoga Vânia Loureiro, da equipe de reabilitação infantil do Hospital Sarah Belo Horizonte, que desenvolveu os equipamentos.
Mais sobre inclusão
A prancha é um cartaz em que são colocadas figuras e imagens que representam pessoas da família e da escola, lugares frequentados, atividades de lazer ou tarefas básicas, como escovar os dentes, ir ao banheiro, dormir e beber água. Quando quer dizer algo, ele aponta com o pé a figura correspondente. Na escola, a prancha de comunicação de Matheus ganhou letras e números e os professores a usam para checar se ele entendeu o conteúdo. "Para uma atividade de leitura, a professora de apoio prepara respostas para as perguntas sobre a história que será contada", explica Eleuza de Fátima Neiva, titular da turma. "Quando apresento as questões que são discutidas oralmente, ele aponta a resposta na prancha." Rosemary de Lima Ferreira Mendes, professora de apoio, foi buscar orientação com a equipe do Sarah na hora de elaborar as pranchas. "Já temos algumas com o vocabulário cotidiano da sala, com o alfabeto, com números e com atividades de múltipla escolha, além da que foi construída originalmente." Matheus agora testa um programa de comunicação alternativa no computador. O software, doado pelo hospital, lança letras na tela e o menino clica, com o pé, num dispositivo adaptado à cadeira quando surge a que quer usar. Assim cria suas primeiras palavras. "Ele já escreve o próprio nome e algumas expressões simples", comemora Rosemary. "No futuro, essa ferramenta vai ser muito importante na vida dele."