Crianças superdotadas têm pouco a comemorar no Brasil, onde uma realidade peculiar engloba o oferecimento de educação inclusiva para portadores de altas habilidades.
Apesar de 8 milhões de pessoas superdotadas terem sido identificadas no país, dados do Censo Escolar 2010 mostram que apenas 2.769 estudantes brasileiros da educação básica são portadores de altas habilidades e superdotação, ou seja, 0,004% dos 55,9 milhões de alunos do Brasil no período.
Segundo o Documento Orientador dos NAAH's (Núcleo de Atenção às Altas Habilidades) elaborado pela Secretaria de Educação Especial do MEC, em 2005, apenas 0,003% das matrículas em escolas de educação básica (de um universo de 56.478.988 de alunos matriculados no Brasil na época) eram de estudantes identificados na categoria alta habilidade e superdotação.
No próprio documento, o MEC reconhece o problema e, de certa forma, explica a necessidade da luta das mães de crianças superdotadas para garantir atendimento especializando a crianças superdotadas:
“Os dados sugerem que o atendimento da demanda potencial desses alunos está muito aquém do desejável e apontam a necessidade de melhor identificação e de atendimento às necessidades dos alunos superdotados, além da qualificação profissional dos professores para este fim.
Segundo o Conselho Brasileiro de Superdotação, em cada uma das capitais estaduais foi implantado pelo MEC um NAAH/S (Núcleo de Atividades de Altas Habilidades de Superdotação).
Referências da formação de professores, da orientação às famílias, e do atendimento aos alunos superdotados, esses núcleos são responsabilidade das secretarias de educação dos Estados e dos municípios.
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