GAZETA DO POVO
Parques públicos de Curitiba vão ganhar brinquedos adaptados para crianças com deficiência física. A ideia é colocar equipamentos inclusivos ao lado de brinquedos comuns, para que crianças com ou sem necessidades especiais possam se divertir juntas. Por iniciativa do vereador Felipe Braga Côrtes, R$ 26 mil serão destinados, a partir de emenda parlamentar, para tirar do papel o projeto idealizado por Shirley Ordonio, 38 anos, mãe de uma menina de 4 anos com paralisia cerebral e cadeirante (foto). Em uma reunião realizada ontem com Shirley e o vereador, o secretário municipal de Meio Ambiente, Renato de Lima, se comprometeu a colocar três ou quatro brinquedos especiais em algum parque ou alguma praça pública já em 2015. O objetivo é posteriormente expandir a iniciativa.
Inclusão na diversão
Cansada de ver a filha Letícia não conseguir brincar com a irmã gêmea, Camila, nem com o irmão, Leonardo, de 6 anos, Shirley começou a pesquisar possibilidades e elaborou o projeto Lazer, Inclusão e Acessibilidade (LIA). A história da curitibana foi contada em outubro, aqui na Gazeta, pela jornalista Bruna Komarchesqui (bitly.com/projetolia). O projeto LIA foi apresentado por Shirley, em julho do ano passado, para a secretária especial dos Direitos da Pessoa com Deficiência de Curitiba, Mirella Prosdócimo. No início deste ano, teve início a procura da mãe por vereadores interessados em ajudar.
Inspiração
O LIA foi inspirado e segue os mesmos exemplos de brinquedos de um projeto de São Paulo chamado Anna Laura Parque para Todos (Alpapato). Desenvolvido pelo engenheiro Rodolfo Fischer após perder a filha de 3 anos em um acidente, o Alpapato inaugurou o seu primeiro parque acessível em janeiro, na Associação de Assistência à Criança Deficiente (AACD) da Mooca (foto). O parque foi financiado pelo próprio Fischer. O Projeto LIA pretende trabalhar com outra frente: oferecer brinquedos adaptados em parques e praças públicas, com o apoio dos órgãos públicos.
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