Ainda em fase de testes, nova técnica usou amostras de sangue seco do dedo dos pacientes para identificar a doença; exame poderá reduzir em até cinco anos o tempo de espera por um diagnóstico
Cientistas buscam reconhecer molécula indicadora de fibromialgia em amostras de sangue (Thinkstock/VEJA)
CONHEÇA A PESQUISA
Título original: A bloodspot-based diagnostic test for fibromyalgia syndrome and related disorders
Onde foi divulgada: periódico Analyst
Quem fez: Kevin V. Hackshaw, Luis Rodriguez-Saona, Marçal Plans, Lauren N. Bell e C. A. Tony Buffington
Instituição: Universidade do Estado de Ohio, EUA, e outras instituições
Dados de amostragem: amostras de sangue de indvíduos com artrite reumatoide, osteoartrite e fibromialgia
Resultado: Um novo exame que analisa amostras de sangue retiradas do dedo foi capaz de distinguir casos de artrite reumatoide, osteoartrite e fibromialgia.
Segundo o Instituto Nacional de Artrites e Doenças Musculoesqueléticas e de Pele (NIAMS, sigla em inglês), cerca de cinco milhões de americanos (país onde foi realizado o estudo) são acometidos pela fibromialgia, cujos principais sintomas são a fadiga e as dores em todo o corpo. Por serem sintomas que se assemelham aos de outras doenças — como a artrite reumatoide, por exemplo — os médicos costumam descartar essas doenças antes de identificar a fibromialgia, tornando o processo de diagnóstico lento e cansativo.
“Chegar a um diagnóstico mais rápido é de extrema importância, porque os pacientes passam por um grande stress durante o processo de diagnóstico”, explica Kevin Hackshaw, um dos autores da pesquisa, divulgada na versão on-line do periódico Analyst. “Só o fato de serem diagnosticados já faz com que eles se sintam melhores. Reduz a ansiedade.”
Método — A base do exame proposto pelos cientistas é o reconhecimento de moléculas indicadoras da fibromialgia, por meio de uma microespectroscopia infravermelha — tecnologia que identifica particularidades das moléculas presentes em amostras de sangue seco. Apenas algumas gotas de sangue retiradas do dedo dos pacientes são suficientes para o exame. A técnica se mostrou tão eficaz que pode distinguir casos de fibromialgia, artrite reumatoide e osteoartrite — três doenças que causam sintomas similares.
De acordo com Tony Buffington, integrante da equipe responsável pelo trabalho, apesar de um microscópio infravermelho ser caro, o exame poderia se tornar acessível se existisse um laboratório central para checar as amostras de sangue, que poderiam ser enviadas pelo correio
http://veja.abril.com.br/noticia/saude/exame-de-sangue-podera-detectar-a-fibromialgia-de-maneira-mais-rapida
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