Segundo o projeto, deverão ser desenvolvidas, entre outras, ações com o objetivo de desenvolver métodos específicos para a aprendizagem desse tipo de estudante, formar professores especializados e envolver a família.
Arquivo/Antonio Augusto
Eduardo Barbosa ressalta que o projeto vai criar ferramentas para permitir a permanência desses alunos no sistema de ensino.
Para o aperfeiçoamento da política educacional brasileira dos sistemas públicos de ensino, a proposta, do deputado Gabriel Chalita (PMDB-SP), prevê oito ações a serem cumpridas pelo Poder Público:
- planejamento para desenvolver a aprendizagem do aluno, levando em conta as necessidades educacionais de cada um;
- formação continuada de professores para pedagogia especializada;
- difusão do conhecimento sobre os problemas de aprendizagem;
- desenvolvimento de diagnósticos;
- conscientização da necessidade de combate à exclusão ou estigmatização dos alunos com distúrbios;
- abordagem sobre o papel e a influência da família e da sociedade em relação às dificuldades;
- envolvimento dos familiares no processo de atendimento das necessidades específicas; e
- ampliação do atendimento especializado.
- Segundo o relator, deputado Eduardo Barbosa (PSDB-MG), que sugeriu a aprovação do projeto sem mudanças no texto, as despesas com a execução da lei ocorrerão por meio de dotações orçamentárias próprias. Barbosa destacou que o projeto vai viabilizar a formação de professores de apoio para que os alunos possam permanecer dentro do sistema e tendo suas necessidades atendidas.
Metodologia aberta
A psicóloga com especialização em psicopedagogia Viviane Orlandi explica que a escola normalmente se depara com alunos que têm necessidades diferentes de aprendizagem, e hoje em dia não é mais possível se ater à forma tradicional de ensino, por meio da escrita e leitura. A metodologia do professor precisa ser mais aberta e perceber quais são os canais de recepção pelos quais o aluno mais se desenvolve, segundo ela.
Viviane Orlandi alerta que insistir em um método que não dá certo para determinado aluno aumenta o fracasso, deixando-o infeliz e transformando-o, muitas vezes, em um profissional incompetente. “Com isso o País perde a sua riqueza maior hoje em dia que é a inteligência”, ressalta, acrescentando que “todo sujeito é capaz de alguma coisa, é preciso oferecer o caminho certo".
Para a psicóloga, cabe aos pais ajudar os filhos dando-lhes estímulo e instrumentos necessários para se desenvolverem, além de cobrar a adequação da realidade da escola à do seu filho.
Tramitação
O projeto, que tramita em caráter conclusivo, já havia sido aprovado pela Comissão de Seguridade Social e Família, e ainda será analisado pelas comissões de Finanças e Tributação; e de Constituição e Justiça e de Cidadania.
Íntegra da proposta:
Reportagem – Luiz Cláudio Canuto
Edição – Marcos Rossi
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