sexta-feira, 25 de outubro de 2013

Deficientes visuais arrasam no balé e sambam com estilo na ponta do pé


Deficientes visuais arrasam no balé (Foto: Encontro com Fátima Bernardes/TV Globo)Deficientes visuais arrasam no balé (Foto: Encontro com Fátima Bernardes/TV Globo)
Encontro desta sexta-feira, 25, recebeu um grupo muito especial, que encantou todos os convidados e a plateia: três jovens da Associação de Balé de Cegos Fernanda Bianchinni, que existe há 16 anos em São Paulo e já tem 100 alunas deficientes visuais. A professora Fernanda Bianchinni desenvolveu uma técnica para poder ensinar a modalidade para as alunas. "O meu método é basicamente o toque. Somos a única companhia de balé de cegos do mundo. Fizemos o encerramento das Paraolimípadas de Londres (em 2012). É um sonhos realizado", disse a idealizadora do projeto.
Acompanhadas do bailarino Everton, que não é cego, Giselle, Geyza e Marina dançaram brilhantemente no palco do programa e mostraram muito entrosamento. Marina nasceu cega. Giselle e Geyza perderam a visão com o tempo. "A pessoa que já enxergou tem noção de espaço, é mais fácil. Mas a Marina, por exemplo, gira como nenhuma bailarina gira. É perfeito! Elas são muito determinadas. Só dá prazer trabalhar com elas", confessou Fernanda.
Quando perdeu a visão, Giselle se preparava para integrar um time profissional de basquete. "Não sabia o que seria de mim, mas o balé me trouxe o mundo de novo. Me ajuda a ter equilíbrio, noção de espaço e me trouxe de volta a autoestima", disse. "A dança é se expressar, chegar no limite e mostrar que a gente consegue, basta ter força de vontade", contou Geyza. "Eu não tinha a mínima ideia do que era o balé, mas fui. O desafio é sempre muito legal. E você leva para a vida", completou Marina. No encerramento do Encontro, as meninas dançaram ao som dos Paralamas do Sucesso, que animaram os convidados com o hit 'Uma Brasileira'.

G1

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