sábado, 20 de outubro de 2012

Nova tecnologia para o mapeamento do cérebro



Até o momento, nenhuma equipe científica havia conseguido combinar duas tecnologias essenciais para o mapeamento do cérebro e suas doenças: a magnetoencefalografia (MEG), que mede a função elétrica do cérebro, e a ressonância magnética (MRI), que permite visualizar sua estrutura. Unidas, as duas técnicas de diagnóstico garantiriam maior precisão na localização das atividades cerebrais, o que não era possível graças à interferência mútua dos campos magnéticos dos dois aparelhos.
Mas pesquisadores finlandeses da Universidade de Aalto criaram um aparelho de sensores de campo magnético extremamente sensíveis que vão permitir a realização de ressonâncias magnéticas de "baixo campo" - com uma intensidade do campo magnético de apenas algumas centenas de milésimos daquele usado pelo equipamento de alto campo.
Por isso, a fusão das duas tecnologias vai permitir uma precisão que não pode ser obtida com nenhum dos dois exames isoladamente. "Esperamos que a nova tecnologia melhore a precisão do mapeamento do cérebro de pacientes com epilepsia. Ela também poderá melhorar o diagnóstico de pacientes com câncer, porque o melhor contraste da imagem pode facilitar a caracterização do tecido canceroso," disse o professor Risto Ilmoniemi, coordenador da equipe.
Benefícios
O equipamento MEG-MRI resolverá também um grande problema quando da realização da magnetoencefalografia, que tem as suas imagens comprometidas por causa do movimento do paciente. Além disso, a imagem que esse exame fornece isoladamente nem sempre é precisa o suficiente para as cirurgias no cérebro, sobretudo as auxiliadas por robôs.
Outra vantagem é que o dispositivo será silencioso e aberto e, com isso, não vai assustar crianças ou pessoas com claustrofobia, melhorando a eficiência do diagnóstico. Os custos médicos também poderão ser reduzidos, uma vez que toda a informação será obtida em um único exame, e não mais em dois.
*Com informações do Diário da Saúde

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