Por Maria Clara Sodré
em O Dia
Superdotados no Brasil
contam com pouca oferta de educação diferenciada, embora o direito lhes seja
garantido por lei. Passado mais um 11 de agosto, Dia do Estudante, é preciso
pensar na educação daqueles que têm, em si, a possibilidade de contribuir muito
para o país.
A importância do atendimento especial
aos alunos superdotados se justifica de três maneiras: do ponto de vista das
necessidades educacionais, justifica-se da mesma maneira que se justificam
diferenciações para crianças com deficiências físicas ou mentais, com problemas
específicos de aprendizagem, entre outros. Do ponto de vista da justiça social,
justifica-se dentro da lógica da equidade, ou seja, para alunos diferentes é
justo que o atendimento seja diferente. Finalmente, do ponto de vista econômico
e político, justifica-se a partir das exigências que a modernidade impõe sobre
países que querem atingir níveis elevados de desenvolvimento tecnológico,
científico, social, etc.
Infelizmente ainda estamos longe de oferecer uma
educação de qualidade em todas as escolas do país, o que exige que se lute por
ela; tampouco atendemos todos os alunos que têm necessidades especiais. No
entanto, enquanto buscamos uma escola mais democrática, ações podem ser
planejadas para os superdotados, para que o país não continue perdendo
indivíduos extremamente capazes que, sem oportunidades à altura de seus
potenciais, trilham caminhos pouco produtivos.
O Brasil não é tão rico
nem tão abençoado com recursos naturais que, como uma nação, possa ignorar
educacionalmente o potencial que existe nas mentes dos alunos
superdotados.
Fonte: O Dia
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