sábado, 29 de setembro de 2012

Estudo mostra que células-tronco podem prevenir e curar a doença de Alzheimer


A doença de Alzheimer, a forma mais comum de demência (perda das funções do cérebro), é a sexta maior causa de morte e afeta 1 em 8 pessoas – mais do que o câncer de mama. Até 2010, havia 35,6 milhões de pessoas com doença de Alzheimer no mundo, mas a expectativa é de que esse número dobre a cada 20 anos. As estimativas são de que a Alzheimer tem um custo total de US$ 604 bilhões, em todo o mundo, com 70% desse custo tocando aos EUA e à Europa. Para colocar esse número em perspectiva, os custos com tratamento da doença de Alzheimer são maiores do que as receitas do Wal-Mart (US$ 414 bilhões) e Exxon Mobil (US$ 311 bilhões), de acordo com o "British World Alzheimer's Report" (Relatório sobre a Alzheimer no Mundo Britânico) da ADI. O custo da doença de Alzheimer está no topo da lista dos economistas, na área da saúde, sobre os distúrbios do envelhecimento que podem dizimar totalmente as economias das nações e que, regularmente, arruínam não apenas as vidas dos pacientes, como a de seus familiares.
De acordo com os resultados desse primeiro estudo de grande porte, o mal de Alzheimer poderá, em breve, ser uma doença que pode ser prevenida ou mesmo uma coisa do passado. Igualmente importante, a administração humana da segurança desse tipo de células-tronco adultas, usadas nesse experimento, foi estabelecida em diversos artigos e estudos clínicos com aprovação governamental.
A PESQUISA:
O estudo foi liderado conjuntamente pelo professor da Universidade Nacional de Seul Yoo-Hun Suh e pelo diretor do Instituto de Tecnologia de Células-Tronco (SCTI -- Stem Cell Technology Institute) da RNL Bio, Dr. Jeong-Chan Ra.
Os pesquisadores e suas equipes injetaram células-tronco em camundongos geneticamente desenvolvidos para ter os sintomas essenciais e a fisiologia da doença de Alzheimer. Eles conseguiram descobrir que essas células-tronco humanas, derivadas de tecido adiposo, se comportam de uma maneira muito especial quando injetadas na veia da cauda dos camundongos utilizados como cobaias. As células migraram através da barreira hematoencefálica (BHE), que muitos consideravam impossível ser transpassada pelas células-tronco adultas, e foram até o cérebro. De fato, células com indicação fluorescente foram monitoradas para distribuição nas cobaias e a equipe descobriu que as células injetadas migraram pelos corpos, incluindo o cérebro, menos pelo órgão olfativo, e confirmaram, portanto, que a célula-tronco injetada por via intravenosa pode atingir o cérebro, através da barreira hematoencefálica.
A equipe injetou células-tronco de tecido adiposo humano por via intravenosa, em camundongos com modelo da doença de Alzheimer, diversas vezes, a cada duas semanas, por períodos de três meses a 10 meses. Isso feito, os camundongos que receberam essas células melhoraram de todas as maneiras relevantes: habilidade para aprender, habilidade para lembrar e nos sinais neuropatológicos. Mais que isso, pela primeira vez na história, camundongos com modelo da doença de Alzheimer apresentaram a mediação da interleucina 10 (IL-10), que é conhecida por sua natureza anti-inflamatória e de proteção neurológica.
A equipe também descobriu que a célula-tronco restaurou a capacidade de aprendizado especial de cobaias com modelo da doença de Alzheimer, com grande redução de lesões neuropáticas. Isso foi descoberto através de teste usado na doença de Alzheimer: avaliação comportamental. Na avaliação foi descoberto, de forma surpreendente, que o efeito terapêutico das células-tronco na doença de Alzheimer foi extraordinário. Isso também foi descoberto em análises patológicas. A chave, no entanto, foi a prevenção: os cientistas mostraram que as células-tronco, quando injetadas em camundongos com a doença de Alzheimer, reduziram a beta-amilóide e APP-CT, conhecidas por causar a destruição das células cerebrais, levando à demência e à doença de Alzheimer. No laboratório, ficou claro que as células-tronco aumentaram a neprilisina (membrana metalo-endopeptidase), que faz a hidrólise de proteínas tóxicas. Nenhum outro composto ou tratamento já sugeriu tão fortemente o potencial para prevenir, bem como interromper, esse tipo de demência epidêmica e incurável, que devasta os pacientes que sofrem da doença e suas famílias.
Interromper o desenvolvimento da doença de Alzheimer, sem falar na prevenção, é o foco de milhares de pesquisadores em todo o mundo. Ao falar sobre essa descoberta revolucionária, o professor Yoo-Hun Suh, que liderou o estudo, disse: “É uma grande descoberta em que um método tão simples como uma injeção intravenosa de células-tronco autólogas de tecido adiposo, as mais seguras, sem causar qualquer rejeição imune ou quaisquer questões éticas, venha a abrir uma nova porta para a conquista de tratamento para o mal de Alzheimer, uma das doenças mais horríveis, caras e incuráveis de nosso tempo”. Junto com ele, o líder do Instituto de Tecnologia de Células-Tronco da RLN Bio, Dr. Jeong-Chan Ra, disse: “Nunca ficou mais claro que é um imperativo ético para os governos garantir aos pacientes com doenças incuráveis o direito de participar não apenas de estudos como esse, mas também em terapias com potencial tão óbvio, uma vez que elas já foram testadas muitas vezes, para avaliar a segurança, como foi feito com nossa tecnologia”. Os dois cientistas destacaram que a grande descoberta em sua complexa pesquisa é o potencial de prevenção no início dos sintomas.
Especificamente, as células-tronco enxertadas no cérebro, em outra parte do estudo, segundo se descobriu, induzem a divisão celular e a neurodiferenciação das células neuroprogenitoras endógenas ao redor do hipocampo e suas células circundantes e aumentam, em grande medida, a estabilidade das dendrites e sinapses. A célula-tronco também contribuiu com vários fatores anti-inflamatórios e de neurocrescimento, aumentou especialmente a expressão da IL-10. Isso, outra vez, suprimiu a apoptose dos neurônios cerebrais, o efeito preventivo da doença de Alzheimer.
O Dr. Ra, da RNL Bio, observou: A RNL Bio já concluiu os estudos clínicos já aprovados pelo governo, confirmando a eficácia das células-tronco da RNL Bio no controle e tratamento de outras doenças, incluindo a osteoartrite, isquemia dos membros e atrofia hemifacial progressiva (doença de Romberg)".
Esse estudo foi publicado em um volume recente do renomado jornal médico PLOS ONE, que é revisado por especialistas. Imagens, planos para esforços futuros e o impacto nessa doença demolidora serão discutidos quando os cientistas apresentarem os detalhes desse estudo revolucionário em uma entrevista coletiva à imprensa em Seul, em 27 de setembro.
FONTE  RNL BIO CO., LTD.

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