A estudante Haone Thinar, de 20 anos, é uma veterana do carnaval de São Paulo. Ela não se deixa abater pela condição de amputada. No carnaval 2012, desfilou como passista da Nenê de Vila Matilde. “Vi que no samba tenho mais oportunidade. Queria mostrar que, apesar de ser deficiente, não preciso deixar de ser passista, vim para fazer diferença no mundo”, disse a jovem.
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Nos anos anteriores, ela desfilou pela Mancha e Vai-Vai. A estudante conta que mantém uma rotina na qual não se deixa prender por barreiras: já fez capoeira e freqüenta bailes funk. Ela teve a perna amputada aos nove anos por causa de um câncer, mas mesmo assim não desistiu dos sonhos e já cursou teatro.
Estudante do 3º ano de ensino médio, ela trabalha como atendente no DER. Se pudesse deixar um exemplo, falaria diretamente para as garotas que enfrentam problemas parecidos. “Menina é mais vaidosa, acha que quando perdeu um membro, perdeu a vida. As pessoas dão risada de mim, mas eu sou mais eu. Vou atrás dos meus objetivos”, disse.
Haone terminou um relacionamento de 5 meses na véspera do carnaval porque o namorado não queria que ela desfilasse. “Terminei por causa do carnaval, ele tem ciúmes. Ele pediu para escolher e eu falei que ficaria com o carnaval”, disse.
A mãe, Sandra Silva, de 42 anos, já não se surpreende: “sempre falei para ela nunca se deixar abater por ninguém”, disse.
G1
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