
Acompanhe o interessante artigo “Sexualidade de mulheres com deficiência física: percepções sobre relacionamentos amorosos” das pesquisadoras Sandra Aparecida de Bem Stefanes* e Nelca Giorgiana Figueredo**.
Introdução
A deficiência física é definida, atualmente, como uma desvantagem, resultante de um comprometimento ou de uma incapacidade, que limita ou impede o desempenho motor de determinada pessoa assim descrito por Amaral (1998). Assim, são consideradas pessoas com deficiência física os indivíduos que apresentam comprometimento da capacidade motora, nos padrões considerados normais para a espécie humana.
É importante destacar que a problemática da deficiência acompanha a humanidade por meio da sua evolução, uma vez que a situação de haver uma importante parcela de pessoas com algum tipo de deficiência física não é uma condição recente (Feltrin e Lizarau, 1990). Pelo contrário, as muitas lutas, combates, guerras que dirigiam as relações sociais suscitavam um espantoso número de mutilados, deficientes e pessoas com doenças crônicas, em um tempo em que a força física imperava e tinha o poder de instituir a condição de vencedor e de perdedor. Portanto, a discriminação às pessoas com deficiência é um dos problemas sociais que seguem os homens desde a origem da civilização (AMARAL & COELHO, 2003).
López e Fuertes (1999) referem que toda a problemática da sexualidade remete-nos, fatalmente, para o desenvolvimento humano e para a própria complexidade que o caracteriza.
Tendo em vista que a sexualidade é uma extensão da personalidade, não se pode negar à pessoa com deficiência a liberdade de viver e expressar a sua sexualidade.
Como alimentar um grande amor
Vozes do silêncio: os sentidos do discurso de/sobre sexualidade de mulheres paraplégicas
Depoimentos: Como você encara a sexualidade e sua deficiência?
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Metodologia
Esta é uma pesquisa do tipo exploratório-descritivo com abordagem qualitativa. O estudo desenvolveu-se na Associação dos Deficientes Físicos de Criciúma – JUDECRI. A população do estudo foi composta por cinco mulheres com deficiência física que se utilizam de cadeiras de rodas e/ou muletas para sua locomoção, sendo quatro solteiras e uma casada, com grau de escolaridade entre o ensino fundamental incompleto ao doutorado, com idades que variaram entre 24 a 38 anos.
Os critérios de inclusão utilizados foram os seguintes: serem mulheres com deficiência física - independente de serem essas congênitas ou adquiridas e alfabetizadas. Excluíram-se do estudo mulheres com outros tipos de deficiências.
Para a coleta dos dados, o instrumento utilizado foi a entrevista semi estruturada. As mesmas foram gravadas em fita cassete. A transcrição das fitas realizou-se pela pesquisadora, respeitando com fidedignidade o vocabulário utilizado pelas entrevistadas.
As informações obtidas por meio das entrevistas foram submetidas à técnica de análise de conteúdo de Bardin (2004). A etapa de análise prévia constituiu-se de várias leituras do material coletado e, posteriormente, a fase de agrupamento dos dados e categorização com a seleção das categorias, as quais se denominaram sexualidade e relacionamentos amorosos; autoimagem da mulher com deficiência física e sua percepção através do olhar do outro; e comportamento mais utilizado pelas mulheres com deficiência física frente às relações amorosas e sexuais.
Para atender as considerações bioéticas do estudo, o projeto foi aprovado pelo Comitê de Ética em Pesquisa da Universidade do Extremo Sul Catarinense-UNESC, sendo elaborado um Termo de Consentimento Livre e Esclarecido entregue as participantes da pesquisa, leu-se o termo de consentimento, em voz alta, na presença de cada entrevistada para que as mesmas concordassem e assinassem. Para a manutenção do anonimato das mulheres as mesmas foram denominadas como E1, E2, E3 sucessivamente.
Resultados e Discussão
Para iniciar a análise dos dados, foram utilizados fragmentos do discurso das mulheres com deficiência física nas respostas obtidas durante a entrevista que totalizaram 10 (dez) perguntas formuladas para esta pesquisa. E a primeira categoria de análise foi Sexualidade e relacionamentos amorosos. Nessa categoria as entrevistadas responderam a seguinte pergunta: O que é importante para você num relacionamento amoroso?
[...] o somatório de várias coisas é imprescindível numa relação, como desejo, carinho, atenção, respeito e cumplicidade, sem isso, qual seria o objetivo de um relacionamento amoroso? (E1)
É muito gostoso gostar de alguém, amar e ser amada! Isso traz junto desejo, prazer, sonhos, felicidade (…). (E2)
[...] o respeito mútuo, a aceitação verdadeira, a lealdade, o companheirismo e, sobretudo o amor, o sentir-se desejada e desejar o outro [...]. (E5).
Segundo a fala das entrevistadas salienta-se a importância do respeito mútuo numa relação amorosa, evidenciando que estas necessitam ser admiradas como pessoa, nas suas atitudes e na sua dignidade como pessoa comum, não como alguém especial ou inferior em relação às outras pessoas.
O sentir-se amada e compreendida são fatores indispensáveis para que um relacionamento amoroso aconteça.
Hernandez & Oliveira (2003) destacam que, livre das mudanças histórico-sociais, é na esfera das relações interpessoais que o homem vive suas mais fortes emoções, em meio a elas o prazer decorrente do amor. Sendo assim, as pesquisas comprovam que os relacionamentos íntimos satisfatórios estão sendo a fonte mais importante de felicidade pessoal.
A seguir as falas das entrevistadas em relação à segunda pergunta da entrevista que se formulou desta forma: Como os outros (pares) se relacionam com você na questão da sexualidade?
Namoro há dois anos e nunca tive problema com meu parceiro sobre esta questão, mas às vezes alguns amigos dele questionam para ele como é fazer sexo com alguém assim? É a mesma coisa? É diferente? Como ela faz? É normal? [...].(E5)
Em meus relacionamentos, foram poucos os momentos que pude perceber o desejo sexual de meu parceiro por meu corpo, havia sempre muita resistência, pudor, e medo de “tocar o intocável” [...] (E4)
Algumas pessoas acham que eu não posso ter relações sexuais, até já me perguntaram se eu fiz inseminação para engravidar. (E2).
Nos depoimentos, as entrevistadas relataram sobre a negação da sua sexualidade. O estigma que incide sobre elas contribui significativamente na maneira como estas se relacionam com os pares socialmente, causando insegurança e medo nas tentativas de se aproximar das pessoas que as atraem como possíveis relacionamentos afetivos.
Na concepção de Puhlmann (2000) e Amaral e Coelho (2003), nas últimas décadas, nem se cogitava que as pessoas com deficiências apresentassem necessidade e direito à experiência e à manifestação de sua sexualidade. A sexualidade dos deficientes continuamente foi negada como se a deficiência eliminasse o desejo, embora isto esteja mudando gradativamente, hoje têm muitas pessoas que consideram as pessoas com deficiência como seres assexuados; e do mesmo modo existem muitas pessoas deficientes que nunca tiveram a oportunidade de se conhecerem como seres sexuais.
Em seguida, a pergunta subsequente foi esta: Com quem você conversa sobre namoro e sexo?
Com minhas amigas [...] Porém, a questão da sexualidade, percebo que há uma grande diferença de como eu vejo essa questão e o ponto de vista de minhas amigas. (E5)
Não tenho com quem conversar. (E3)
Com minha psicóloga e só [...]. (E4)
A maioria das mulheres com deficiência física fala sobre sexo e namoro com suas amigas mais íntimas e também com Psicólogas, reforçando que o tema sexualidade não é compartilhado com os pais e familiares, pois estes ignoram a possibilidade de suas filhas terem uma vida amorosa e sexual como a maioria das jovens da mesma idade.
Para Moukarzel (2003), os deficientes, resguardados no espaço familiar, as oportunidades de aprendizagens e de relacionamentos sociais ficam restringidas aos familiares e amigos comuns, que às vezes, pouco satisfaz aos seus interesses. Conforme vão se desenvolvendo, ao contrário das demais jovens, o círculo de amizades vai diminuindo, as oportunidades de convívio com pessoas da sua idade igualmente diminuem, as atividades sociais tornam-se insignificantes. Retiradas da convivência social, a inadequação de condutas e desajustes emocionais acaba acentuando as diferenças.
Continuando com os depoimentos, analisar-se-á as respostas dadas à seguinte pergunta:
Qual a maior dificuldade para ter um relacionamento amoroso?
O preconceito, a ignorância… Isso é o que prevalece nas dificuldades dos relacionamentos. (E3)
Sem dúvida, atualmente, é o preconceito, o medo dos outros! (E2)
[...] na limitação psicológica, dos pensamentos e dos sentimentos [...]. (E1)
Ao falarem sobre si, as entrevistadas preferiram adjetivos que não apontassem sua classe desigual, designando-se pessoas comuns. Entendem, apesar disso, os tratamentos diferenciados que as chateia e inferioriza, sentindo-se imobilizadas para combatê-los.
Como lembra Paula (2005), todos nós necessitamos encontrar ou sermos encontrados por nossos parceiros sexuais. Sendo assim, jovens com deficiência física também necessitam criar vínculos de amizade e conviver em lugares de lazer apropriados à sua idade para que possam testar as tentativas de sedução e medir sua capacidade de cultivar um relacionamento, jogar um olhar sedutor, começar uma conversa bem-humorada, andar de mãos dadas.
A segunda categoria a ser analisada foi autoimagem e sua percepção pelo olhar do outro, nessa categoria foram formuladas as seguintes perguntas:
Como sua família encara a possibilidade de você namorar e ter relacionamentos sexuais?
[...] Meus pais, no momento, não consideram, não me veem com possibilidades de relacionamentos afetivos com homens e, posteriormente, vida sexual ativa [...]. (E4)
[...] Meu pai é super contra, não tem conversa sobre isso com ele [...]. (E3)
Normal. [...]. Sempre viajei e dormi com meus namorados. (E2)
[...] Minha família sempre encarou com muita naturalidade, até quando eu pedi permissão para meus pais para engravidar. (E5)
Por meio das falas das entrevistadas, observou-se que a família não as enxerga como seres sexuais, quanto ao depoimento da mulher com deficiência física casada, a entrevistada disse que a família encara com naturalidade sua sexualidade, mas observou-se pelo depoimento de E5 que a família exerce forte influência na sua vida, pois esta pediu “permissão” a seus pais para engravidar, salientando que a suposta naturalidade da família não é desprovida de controle, demonstrando a superproteção exercida pela família.
É na família, primeiro identificador social do indivíduo, onde são ampliados os processos essenciais de sua identidade. As aspirações e perspectivas de construção de uma vida própria perpetuam parte de seu imaginário, nem sempre compreendida pela família como uma demonstração de sua identidade (OSÓRIO, 1989, apud MOUKARZEL, 2003). Na família, sua fala geralmente é decodificada como ilusão ou reprodução infantilizada da realidade vivida, frustrando as em suas aspirações.
Outra questão analisada com as respostas dos entrevistados: Como você se percebe enquanto uma pessoa que pode ter relações sexuais?
[...] Completamente! Sempre digo isso: o maior limite é na cabeça! (E2)
Isso é meio estranho pra mim ainda [...] É uma coisa que eu não penso muito (E3)
[...] Tenho muita insegurança sobre meu corpo, não gosto de ser tocada e até mesmo de ser beijada e isso está me afastando de possíveis relacionamentos e de experiências sexuais. (E4)
[...] Sempre achei isso tão normal, as outras pessoas é que não acham. (E1)
Nos depoimentos pode-se perceber que a autoimagem e autoestima de algumas das entrevistadas foram construídas com base na educação familiar recebida, nas relações sociais e interpessoais. Diante disso, as relações interpessoais ficaram restritas ao convívio familiar e os relacionamentos amorosos são vistos como algo incomum e fora da realidade da mulher com deficiência. A não aceitação da mulher com deficiência como ser sexual influenciou de maneira contrária na autoimagem que estas mulheres têm de si mesmas, consequentemente sua autoestima ficou abalada e a percepção de si mesma é de alguém muito “diferente” das demais pessoas. Já para as demais, a deficiência física não influencia negativamente na vivência da sua sexualidade.
O desenvolvimento da sexualidade se dá por meio do modo que nos enxergamos e percebemos que as pessoas nos enxergam. Pessoas com deficiência, e não são poucas, somente tiveram experiências afastadas do prazer. Durante muito tempo, seu corpo foi ou é alvo de interferências médicas, fisioterápicas e corretivas que não colaboram para despertar o erotismo. Ao contrário, focam no que existe de errado, diferente, que necessita ser “consertado, normalizado”, senão, será sempre um corpo “doente”. (PAULA, 2005).
Analisaremos a última questão desta categoria que foi formulada desta forma: Quais os questionamentos ou dúvidas que você tem quando pensa ou se imagina tendo relações sexuais?
Será que vou agradar? Será que vou ser agradada? Tenho essas dúvidas sobre meu corpo e nas atitudes e comportamento do meu par [...]. (E3)
[...] Será que vou sentir prazer e proporcionar prazer a ele? E as posições sexuais? E ao término da relação vou precisar de ajuda para vestir-me, para voltar à cadeira de rodas! O que ele vai pensar de mim? E se ele falar sobre meu corpo para os amigos (E2)
Só tive dúvidas antes da primeira vez, depois vi que eu não era diferente de ninguém [...]. (E1)
As dúvidas e questionamentos relatados acima comprovam que a maioria das entrevistadas se preocupa com o que os parceiros irão pensar sobre os seus corpos. A auto aceitação do próprio corpo é fator determinante para uma vivência plena da sexualidade, o que não vem acontecendo com algumas das entrevistadas (VASH, 1988).
Pessoas com deficiência têm interesse em sexo e sentem desejo e prazer como qualquer pessoa. Elas também sofrem problemas emocionais e afetivos como as outras pessoas, principalmente relativos à sua autoimagem e imagem corporal. Esta problemática é muito encontrada entre as pessoas com deficiências físicas, que, comumente, se sentem rejeitadas pelos demais pares, especialmente no que se refere às relações amorosas e à vida sexual (ALOISI E LIPP, 1998; ALOISI, 1986; PAULA, 1993, apud GLAT, 2004).

Encerrando a análise da pesquisa, a última categoria de análise foi: comportamento mais utilizado frente às relações amorosas e sexuais, composta por estas perguntas: Pretende constituir família? Por quê?
[...] Sim, tenho vontade. É muito importante para o ser humano ter família. (E3)
Pretendo encontrar uma pessoa, um companheiro, com a possibilidade futura de construir um lar, porém, não intencionando a ideia de ter filhos. [...] (E2)
[...] Já constitui, tenho marido e uma filha de 5 anos. Sempre quis ser mãe. (E5)
Observou-se, durante a entrevista, que a maioria pretende constituir família, mas algumas sentem-se frustradas por não poderem cuidar dos próprios filhos. Uma das entrevistadas já casou e se mostra feliz com o parceiro que escolheu. Moukarzel (2003), argumenta que o casamento, vive nos sonhos afetivo-sexuais de qualquer pessoa, não sendo diferente para a pessoa com deficiência que, como se conhece, assimila as normas e valores morais de seu contexto social.
Outra questão mencionada foi sobre o namoro na vida das deficientes físicas, que foi formulada desta forma:Você namora ou já namorou?
Já fiquei com uma pessoa num período de mais ou menos sete meses. Foi um relacionamento mais superficial, sem compromisso [...]. (E2)
Não, porque não tive oportunidades [...]. (E4)
Somente uma das cinco entrevistadas disse que não namorou (entende-se que namorar seria uma relação mais estável, mas “ficou” com outra pessoa), no entanto, pretende. Pelas respostas obtidas, o namoro para a mulher com deficiência física é algo comum a todas as pessoas, mas observou-se que a maioria destaca o namoro como um relacionamento sério que requer maior responsabilidade, companheirismo e aceitação das limitações da mulher com deficiência física pelo parceiro escolhido. Conforme assinalou Vash (1988), é necessário tempo e experiências para construir a segurança interior e autoestima que possibilite aceitar normalmente uma rejeição natural de quem rejeita sem acolher sua opinião com relação a você.
Nesta pergunta buscou-se compreender suas concepções sobre namoro: Se namorou…Como é para você namorar?
[...] Uma delícia, sou muito namoradeira! (E2)
[...] Namorar é muito bom, faz a gente se sentir viva, importante para alguém. (E3)
Pelas respostas obtidas, o namoro para a mulher com deficiência física é algo comum a todas as pessoas. Como lembra Moukarzel (2003) namorar, beijar, acariciar, amar e sentir-se amado são sensações e experiências almejadas por qualquer pessoa. Entretanto, a maior parte dos deficientes é impedida de envolver-se em relacionamentos amorosos, por prevalecer entre suas famílias o conceito que o namoro induzirá, infalivelmente, ao anseio de relacionar-se sexualmente.
Para as jovens, a frustração pela repressão de seus anseios erótico-afetivos as coloca num estado de inferioridade diante dos demais, com consequências intensas em seu comportamento.
Conclusão
Através dos depoimentos constatou-se a maneira que a mulher com deficiência física descobriu para se relacionar com os pares na categoria analisada sexualidade e relacionamentos amorosos, que é para algumas, a fuga de contatos mais íntimos. Elas manifestam comportamentos de aproximação baseados nas amizades para serem aceitas no contexto social em que vivem; não tentam um contato mais ousado por temer a rejeição, principalmente, por receio de correr o risco de não serem vistas como alguém “normal” por não possuir um corpo dito “normal” como a maioria das pessoas, mesmo que esses fatos aconteçam com todas as pessoas quase sempre.
A segunda categoria de análise intitulada a autoimagem e sua percepção através do olhar do outro, algumas mulheres com deficiência física veem sua própria imagem como meras expectadoras da sua própria existência. Crença essa reforçada pela superproteção familiar e algumas vezes pelo contato com outras pessoas de seu convívio social. Por outro lado, outras mulheres com deficiência física demonstraram maturidade para lidar com as dificuldades que se apresentam durante a vida, como a rejeição social, interpessoal e o estigma social.
Com relação qual o comportamento mais utilizado pelas mulheres com deficiência física frente às relações amorosas e sexuais, percebeu-se que as atitudes mais utilizadas foram o retraimento social, visto que a autoimagem que tem de si mesmas é depreciativa. Outra parcela das entrevistadas se mostrou bem adaptada a sua condição de deficiente física, demonstrando que quando ocorre a aceitação da deficiência é um dos melhores indicadores de adaptação positiva do indivíduo.
Diante disso, esta pesquisa não encerra a compreensão acerca da sexualidade da mulher com deficiência física, ela deixa algumas reflexões e aponta para a necessidade de futuras pesquisas sobre o assunto para que a inclusão social se torne algo concreto e não somente uma falácia. As mulheres com deficiência física que obtêm êxito às barreiras familiares, na maioria das vezes, mostram-se mais serenas, alegres e confiantes. Somente vivenciando situações dentro do relacionamento, sejam elas de decepções, alegrias, descobertas e frustrações que as mulheres com deficiência física se tornarão aptas para lidar com a superproteção familiar que impede seu crescimento como pessoas inseridas e participantes da sociedade.
*Psicóloga clínica, Bacharel em Psicologia pela Universidade do Extremo Sul Catarinense (UNESC), Psicóloga voluntária da Associação dos Deficientes Físicos de Criciúma (JUDECRI) e do Instituto Rapha-El.
**Especialista em Ciências Criminais pelo CESUSC. Bacharel em Direito pela Universidade do Extremo Sul Catarinense (UNESC), colaboradora do Instituto Rapha-El, membro do conselho Fiscal da ASCEEUS.
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http://www.deficienteciente.com.br/2012/08/sexualidade-de-mulheres-com-deficiencia-fisica-percepcoes-sobre-relacionamentos-amorosos.html
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