Acordo assinado pela prefeitura de Maceió não foi cumprido.
Associação dos Deficientes Físicos cobra melhorias desde 2010.
G1
Dez meses depois de a Associação dos Deficientes Físicos de Alagoas (Adefal) entrar com uma ação civil pública contra a Prefeitura de Maceió por melhorias nos pontos de ônibus, nada mudou. As calçadas seguem esburacadas, os pontos não têm cobertura suficiente e nem todos possuem bancos.
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Segundo a assessoria jurídica da Adefal, em 2010, foi assinado um Termo de Ajuste de Conduta (TAC) com a prefeitura, mas ele não foi cumprido. No documento há uma lista de pontos ônibus que devem ser adaptados aos cadeirantes. Como a prefeitura não cumpriu o acordo, o Ministério Público entrou com a ação para que as exigências do TAC sejam realizadas.
Segundo informações da Superintendência Municipal de Transporte e Trânsito de Maceió (SMTT), há aproximadamente 1.200 pontos de ônibus espalhados pela cidade, mas apenas dois foram projetados para atender os deficientes físicos. Um deles está localizado na Avenida Fernandes Lima, em frente ao Centro Educacional de Pesquisas Aplicadas (Cepa) no Farol e, o outro na Avenida Menino Marcelo, próximo à Associação dos Deficientes Físicos de Maceió, na Serraria.
Apesar dos dois pontos modificados, a população diz que as mudanças não foram suficientes e que só pioraram a situação. Rose Ferreira da Silva, 23, nasceu com má formação dos ossos da perna e desde criança utiliza cadeira de rodas. Ela conta que faz atletismo no Cepa toda semana e prefere pegar ônibus em um ponto mais longe ao invés de usar o local que é próprio para deficientes. “O nível da calçada é muito alto. Não tem como a rampa descer do ônibus para subir com a cadeira. É mais fácil eu praticar esportes do que lidar com a estrutura precária dos pontos”, comenta a jovem.
Falta de funcionários
O arquiteto Nelito Ferreira, da SMTT, conta que a prefeitura reconhece o problema, mas que pela falta de funcionários é difícil resolver a situação 'caótica'. “Ao todo, temos três engenheiros e três arquitetos que planejam o trânsito e sua estrutura física. É necessário que seja realizado concurso público na área, já que Maceió está crescendo e não foi uma cidade planejada. A demanda de serviço é grande e há muito que se fazer”.
O arquiteto Nelito Ferreira, da SMTT, conta que a prefeitura reconhece o problema, mas que pela falta de funcionários é difícil resolver a situação 'caótica'. “Ao todo, temos três engenheiros e três arquitetos que planejam o trânsito e sua estrutura física. É necessário que seja realizado concurso público na área, já que Maceió está crescendo e não foi uma cidade planejada. A demanda de serviço é grande e há muito que se fazer”.
O processo está no 14º Cartório Cível da Capital/ Fazenda Municipal e aguarda sentença desde fevereiro deste ano.
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