Brasil deverá chegar
a 2050 com cerca de 15 milhões de idosos, dos quais 13,5 milhões com mais de 80
anos. Segundo dados da Organização Mundial da Saúde (OMS), em 2025, o país será
o sexto do mundo com o maior número de idosos. Apesar da criação de políticas
voltadas para essa camada da população, como o Estatuto do Idoso, instituído em
2003, a
velocidade do envelhecimento tem superado a implementação de ações para
oferecer melhores condições de vida à terceira idade.
“O
processo é muito rápido, e as políticas públicas não têm acompanhado isso.
Viver em uma sociedade com muito mais idosos do que crianças requer um
planejamento intenso”, diz o médico geriatra Luiz Roberto Ramos, da Faculdade
de Medicina da Universidade Federal de São Paulo (Unifesp).
Com
o envelhecimento populacional, o Brasil terá redução do número de jovens na
força produtiva ativa, assinalou Ramos. “Vai aumentar o número de pessoas que
terão dependência social dessa produção. Isso tem de ser planejado. O país está
correndo contra o tempo.” Hoje, segundo a OMS, o Brasil tem 21 milhões de
pessoas com mais de 65 anos.
O
envelhecimento da população tem reflexo direto no Produto Interno Bruto (PIB)
brasileiro. Somente as doenças crônicas não transmissíveis, que afetam
principalmente idosos, provocam impacto anual de 1% no PIB, segundo estimativa
da Organização Pan-Americana da Saúde (Opas). De acordo com a Comissão para
Estudo do Envelhecimento Mundial, anualmente são gastos cerca de R$ 60 bilhões
com doenças da típicas da terceira idade no Brasil.
De
acordo com Ramos, os problemas decorrentes da terceira idade começam a aparecer
com mais intensidade depois dos 70 anos. Até lá, em torno de 80% das pessoas
não têm nenhuma atividade de vida diária comprometida pela velhice. No entanto,
a partir dos 80 anos, a grande maioria passa a conviver com enfermidades
Fonte:
http://www.correiodoestado.com.br/noticias/brasil-nao-esta-preparado-para-envelhecimento-da-populacao_126902/
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