terça-feira, 11 de fevereiro de 2014

UEL cria cadeira de rodas que move paraplégicos por meio de sopro


Cadeira custará cerca de R$ 6 mil no Brasil; no exterior, custa R$ 70 mil. (Foto: UEL/Divulgação)Cadeira custará cerca de R$ 6 mil no Brasil; no exterior, custa R$ 70 mil. (Foto: UEL/Divulgação)
Estudantes e professores de engenharia elétrica da Universidade Estadual de Londrina (UEL) desenvolveram uma cadeira de rodas que se move por meio do sopro. O protótipo foi testado nesta segunda-feira (10), no campus da universidade, por cinco pessoas paraplégicas com diferentes níveis de lesão.
O produto funciona por meio do oxigênio, expirado ou inspirado pelo usuário, praticamente sem esforço motor. São dois canos acoplados à cadeira, onde o usuário assopra ou suga o ar, gerando movimentos por meio de um sensor de pressão. Uma entrada de ar controla movimentos para frente e para trás; a outra, para os lados.
  "Nosso desenvolvimento não foi a cadeira, foi a interface. É algo inovador, de baixo custo, para ajudar pessoas que não têm movimentos nos braços e nas pernas. Por meio do sopro ou da sucção, eles conseguem se locomover para frente, para trás e para os lados. O usuário ganha autonomia para se lomover, principalmente em casa", explica Sílvia Galvão Cervantes, diretora do Centro de Tecnologia e Urbanismo (CTU) da UEL e uma das coordenadoras do projeto.
Quando tiver disponível em lojas, a cadeira de rodas deve custar aproximadamente R$ 6 mil no Brasil, segundo a professora. O preço é muito inferior a produtos parecidos comercializados no exterior, cujo preço é de R$ 70 mil, em média. "Além disso, a interface é amigável, simples. Esperamos que, até o fim do ano, o produto já esteja no mercado", projeta Sílvia.
Todos os cadeirantes que testaram a cadeira de rodas nesta segunda-feira fazem parte de uma equipe de basquete que treina na UEL. Depois do teste, eles responderam a um questionário para avaliar o projeto e ajudar nos ajustes finais. A concepção será transferida para alguma empresa, conforme a universidade.
O desenvolvimento da cadeira de rodas inovadora durou mais de dez anos, afirma a UEL. O primeiro protótipo dela foi desenvolvido em 2008, por um aluno do curso. A estimativa é que a bateria elétrica que sustenta a cadeira dure em torno de 15 horas.

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