terça-feira, 14 de janeiro de 2014

Faculdade de União da Vitória inclui disciplina de acessibilidade

A partir de 2014, curso de Engenharia Civil terá a cadeira em seu programa curricular
Por Adriana Mugnaini
acessibilidade_4_0A legislação brasileira determina que as instituições públicas, como as universidades, devem oferecer acesso. São regras estabelecidas pela Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT) que ditam, por exemplo, o grau de inclinação de uma rampa ou o número necessário de corrimões. Inclusive, há verba federal para que as universidades promovam essas adequações. Muitos profissionais que hoje executam esses projetos aprenderam no dia a dia a importância dessas adaptações e suas representatividades no convívio em sociedade. Além dos projetos estruturais nos espaços públicos, especialistas garantem que é imprescindível ensinar acessibilidade na sala de aula e formar profissionais mais preparados e conscientes.
Esta iniciativa será realidade em 2014 nas Faculdades Integradas Vale do Iguaçu, em União da Vitória. A matéria terá duração de um semestre, com 40 aulas, e o aluno receberá noções da norma NBR 9050 – Acessibilidade a edificações, mobiliário, espaços e equipamentos urbanos. Na prática,  realizará visitas a espaços públicos e empresas para averiguar as condições de acessibilidade. “Nesses locais, os acadêmicos utilizarão o check list aplicado pelo CREA-PR e, como resultado prático, apresentarão relatórios propondo mudanças nos espaços”, explica o coordenador dos cursos de Engenharias da instituição, engenheiro civil e químico Adailton Marcelo Lehrer. Em um primeiro momento, a ideia era incluir a cadeira como matéria optativa, mas a partir de conversas com o colegiado e o corpo diretivo da faculdade, a proposta foi adiante e a disciplina será obrigatória.
Para Lehrer, os benefícios residem no conhecimento de uma realidade cada vez mais pertinente ao dia a dia dos cidadãos. Inúmeras pessoas necessitam de condições diferenciadas para se locomover. “A referência não é apenas para as pessoas com deficiência de mobilidade permanente, mas, também gestantes, pessoas com carrinhos de bebê, com mobilidade temporária, idosos e deficientes visuais, entre outros”, afirma. A ideia é ampliar o conhecimento dos acadêmicos também em outras áreas. Por isso, o coordenador pretende organizar oficinas em que serão apresentados os trabalhos para acadêmicos de outros cursos, como Engenharia Mecânica, Fisioterapia, Enfermagem e Direito. “É uma forma de cumprirmos a missão da instituição, que é o ‘Ensino pra Valer com o Compromisso Social’. O dia em que as cidades atenderem às necessidades das pessoas com deficiência de mobilidade, todos teremos um lugar melhor para nos locomovermos”, finaliza Lehrer.
Do Fórum para a prática
A proposta de incluir a cadeira de acessibilidade no curso de Engenharia Civil das Faculdades Integradas Vale Iguaçu surgiu durante o Fórum de Acessibilidade realizado no início de outubro em União da Vitória. De acordo com Lehrer, de uma conversa informal com o coordenador do Fórum, engenheiro civil Antonio Borges dos Reis, surgiu a possibilidade de desenvolver a matéria.
O Fórum reuniu mais de 300 pessoas e foi realizado pelo CREA-PR, com o apoio da Associação de Engenheiros, Arquitetos e Agrônomos do Vale do Iguaçu (AEAVI), do Centro Universitário de União da Vitória (Uniuv) e das Faculdades Integradas Vale do Iguaçu. Além das apresentações, um grupo de 160 acadêmicos participou de uma vivência realizada no campus da faculdade do Vale do Iguaçu.
http://revistacrea.crea-pr.org.br/faculdade-de-uniao-da-vitoria-inclui-disciplina-de-acessibilidade/

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