Esta história
foi contada por Chick Moorman, e aconteceu numa escola
primária do estado de Michigan, Estados Unidos.
Ele era
supervisor e incentivador dos treinamentos que ali eram realizados e um dia
viveu uma
experiência muito instrutiva, conforme ele mesmo
narrou:
Tomei um lugar vazio no fundo da sala e
assisti.
Todos os alunos estavam trabalhando numa tarefa,
preenchendo uma folha de caderno com idéias e pensamentos.
Uma aluna de dez
anos, mais próxima de mim, estava enchendo a folha de "não
consigos".
"Não
consigo chutar a bola de futebol além da segunda
base."
"Não
consigo fazer
divisões longas com mais de três números."
"Não
consigo fazer com
que a Debbie goste de mim."
Caminhei pela
sala e notei que todos estavam escrevendo o que não
conseguiam
fazer.
"Não
consigo fazer dez
flexões."
"Não
consigo comer um
biscoito só."
A esta altura, a
atividade despertara minha curiosidade, e decidi verificar com a professora o
que estava acontecendo e percebi que ela também estava ocupada escrevendo uma
lista de "não consigo”.
Frustrado
em meus esforços em determinar porque os alunos
estavam trabalhando com negativas, em vez de escrever frases positivas, voltei para o meu lugar e
continuei minhas observações.
Os estudantes
escreveram por mais dez minutos.
A maioria
encheu sua
página.
Alguns começaram outra.
Depois de algum
tempo os alunos foram instruídos a dobrar as folhas ao meio e colocá-las numa
caixa de sapatos, vazia, que estava sobre a mesa da
professora.
Quando todos os
alunos haviam colocado as folhas na caixa, Donna acrescentou as suas, tampou a
caixa, colocou-a embaixo do braço e saiu pela porta do corredor.
Os alunos a
seguiram.
E eu segui os alunos.
Logo à
frente a
professora entrou na sala do zelador e saiu com uma pá.
Depois seguiu para o pátio da
escola, conduzindo os
alunos até o canto mais distante do playground.
Ali começaram a
cavar.
Iam
enterrar seus "não
consigo"!
Quando a escavação terminou, a caixa de "não consigo" foi
depositada no fundo e rapidamente coberta com terra.
Trinta e uma
crianças de dez e onze anos permaneceram de pé, em torno da sepultura recém
cavada.
Donna então
proferiu louvores.
"Amigos, estamos
hoje aqui reunidos para honrar a memória do ‘não
consigo’.
Enquanto esteve
conosco aqui na Terra, ele tocou as vidas de todos nós, de alguns mais do que de
outros.
Seu nome,
infelizmente, foi mencionado em cada instituição pública, escolas, prefeituras,
assembléias legislativas
e até mesmo na casa branca.
Providenciamos
um local para o seu descanso final e uma lápide que contém
seu epitáfio.
Ele vive na memória de seus
irmãos e irmãs ‘eu consigo’, ‘eu vou’ e ‘eu vou imediatamente’.
Que ‘não
consigo’ possa
descansar em paz e que todos os presentes possam retomar suas vidas e ir em
frente na sua ausência.
Assim
seja!"
Ao escutar as
orações entendi que aqueles alunos jamais esqueceriam a
lição.
A atividade era
simbólica: uma metáfora da vida.
O "não
consigo" estava
enterrado para sempre.
Logo após, a sábia professora encaminhou os alunos de
volta à classe e promoveu uma festa.
Como
parte da celebração, Donna recortou uma grande
lápide de papelão e escreveu as
palavras "não consigo" no topo, "descanse em paz" no centro, e a data
embaixo.
A lápide de
papel ficou pendurada na sala de aula de Donna durante o resto do
ano.
Nas raras
ocasiões em que um aluno se esquecia e dizia "não
consigo",
Donna
simplesmente apontava o cartaz descanse em paz.
O aluno então se
lembrava que
"não consigo"
estava morto e reformulava a frase.
Eu não era aluno
de Donna.
Ela era minha
aluna.
Ainda assim,
naquele dia aprendi uma lição duradoura com ela.
Agora, anos
depois, sempre que ouço a frase "não consigo", vejo imagens daquele funeral da
quarta série.
Como os alunos, eu também me lembro de que "não
consigo" está
morto.
Texto do Momento Espírita
Comentário
Ao
ler esta mensagem me veio a mente a lembrança do dia do meu acidente; lembranças
não muito agradáveis.
Acidente esse
que veio a me deixar tetraplégico e todo o desenrolar para a minha
reabilitação.
Quem poderia
imaginar que uma queda de bicicleta poderia ocasionar um traumatismo raqueo
medular, o qual me deixou tetraplégico.
Quando tomei
noção e consciência da minha situação a primeira pergunta que me veio a mente
foi: porque isso foi acontecer comigo?
Ao mesmo tempo
senti uma revolta e frustração imensa pelo acontecido, que a raiva e o ódio
tomou conta de mim, a ponto de não raciocinar.
Com o decorrer
do tempo e muita fisioterapia, passava se dias, meses e anos e nenhum resultado
expressivo conseguia visualizar; passei a me desestimular perdendo a vontade de
viver e me reabilitar.
Foi onde comecei
a pensar para que tanto esforço se não consigo me movimentar, me sentindo o pior
ser humano do mundo, me auto-apiedando vendo que não iria chegar a lugar
algum.
Isso ocorreu por
um bom tempo; mas de repente depois de muito pensar comigo mesmo, resolvi
enfrentar a fisioterapia novamente com coragem, força de vontade, perseverança e
fé em Deus, que ia vencer.
Passado um tempo
consegui com muito esforço pequenos progressos, que na realidade pra mim eram
enormes vitórias; foi onde vi que o melhor era aceitar a nova realidade e
conviver com as minhas limitações; um recomeço muito difícil, mas não impossível
de realizar.
Fiz igual a
professora e as crianças da mensagem, peguei o meu não consigo e o enterrei;
tendo sempre em mente eu vou conseguir vencer.
Engraçado o mais
incrível é que depois que aceitei a minha nova realidade de vida, tudo a minha
volta passou a fluir bem; a ponto de surpreender os médicos que me acompanhavam
no tratamento da reabilitação.
E hoje em dia
faço coisas que jamais eu pensaria que iria fazer após o acidente; tudo graças a
fé em Deus, na força de vontade, na coragem e na minha perseverança em querer
vencer.
Temos mais mesmo
que pegar nossos medos, insegurança, desânimo e não consigo fazer-lhes o
enterro; e deixar despertar a força de vontade, coragem, perseverança e a fé em
Deus que podemos conseguir chegar a vitória.
José de
Souza
Onde há vida,
esperança, solidariedade, equilíbrio, harmonia, fraternidade, união e
amor.
A paz se
encontra em nossos corações e almas porque somos filhos de Deus.
Para Ele não
existem as diferenças somos todos iguais.
Esta história
foi contada por Chick Moorman, e aconteceu numa escola
primária do estado de Michigan, Estados Unidos.
Ele era
supervisor e incentivador dos treinamentos que ali eram realizados e um dia
viveu uma
experiência muito instrutiva, conforme ele mesmo
narrou:
Tomei um lugar vazio no fundo da sala e
assisti.
Todos os alunos estavam trabalhando numa tarefa,
preenchendo uma folha de caderno com idéias e pensamentos.
Uma aluna de dez
anos, mais próxima de mim, estava enchendo a folha de "não
consigos".
"Não
consigo chutar a bola de futebol além da segunda
base."
"Não
consigo fazer
divisões longas com mais de três números."
"Não
consigo fazer com
que a Debbie goste de mim."
Caminhei pela
sala e notei que todos estavam escrevendo o que não
conseguiam
fazer.
"Não
consigo fazer dez
flexões."
"Não
consigo comer um
biscoito só."
A esta altura, a
atividade despertara minha curiosidade, e decidi verificar com a professora o
que estava acontecendo e percebi que ela também estava ocupada escrevendo uma
lista de "não consigo”.
Frustrado
em meus esforços em determinar porque os alunos
estavam trabalhando com negativas, em vez de escrever frases positivas, voltei para o meu lugar e
continuei minhas observações.
Os estudantes
escreveram por mais dez minutos.
A maioria
encheu sua
página.
Alguns começaram outra.
Depois de algum
tempo os alunos foram instruídos a dobrar as folhas ao meio e colocá-las numa
caixa de sapatos, vazia, que estava sobre a mesa da
professora.
Quando todos os
alunos haviam colocado as folhas na caixa, Donna acrescentou as suas, tampou a
caixa, colocou-a embaixo do braço e saiu pela porta do corredor.
Os alunos a
seguiram.
E eu segui os alunos.
Logo à
frente a
professora entrou na sala do zelador e saiu com uma pá.
Depois seguiu para o pátio da
escola, conduzindo os
alunos até o canto mais distante do playground.
Ali começaram a
cavar.
Iam
enterrar seus "não
consigo"!
Quando a escavação terminou, a caixa de "não consigo" foi
depositada no fundo e rapidamente coberta com terra.
Trinta e uma
crianças de dez e onze anos permaneceram de pé, em torno da sepultura recém
cavada.
Donna então
proferiu louvores.
"Amigos, estamos
hoje aqui reunidos para honrar a memória do ‘não
consigo’.
Enquanto esteve
conosco aqui na Terra, ele tocou as vidas de todos nós, de alguns mais do que de
outros.
Seu nome,
infelizmente, foi mencionado em cada instituição pública, escolas, prefeituras,
assembléias legislativas
e até mesmo na casa branca.
Providenciamos
um local para o seu descanso final e uma lápide que contém
seu epitáfio.
Ele vive na memória de seus
irmãos e irmãs ‘eu consigo’, ‘eu vou’ e ‘eu vou imediatamente’.
Que ‘não
consigo’ possa
descansar em paz e que todos os presentes possam retomar suas vidas e ir em
frente na sua ausência.
Assim
seja!"
Ao escutar as
orações entendi que aqueles alunos jamais esqueceriam a
lição.
A atividade era
simbólica: uma metáfora da vida.
O "não
consigo" estava
enterrado para sempre.
Logo após, a sábia professora encaminhou os alunos de
volta à classe e promoveu uma festa.
Como
parte da celebração, Donna recortou uma grande
lápide de papelão e escreveu as
palavras "não consigo" no topo, "descanse em paz" no centro, e a data
embaixo.
A lápide de
papel ficou pendurada na sala de aula de Donna durante o resto do
ano.
Nas raras
ocasiões em que um aluno se esquecia e dizia "não
consigo",
Donna
simplesmente apontava o cartaz descanse em paz.
O aluno então se
lembrava que
"não consigo"
estava morto e reformulava a frase.
Eu não era aluno
de Donna.
Ela era minha
aluna.
Ainda assim,
naquele dia aprendi uma lição duradoura com ela.
Agora, anos
depois, sempre que ouço a frase "não consigo", vejo imagens daquele funeral da
quarta série.
Como os alunos, eu também me lembro de que "não
consigo" está
morto.
Texto do Momento Espírita
Comentário
Ao
ler esta mensagem me veio a mente a lembrança do dia do meu acidente; lembranças
não muito agradáveis.
Acidente esse
que veio a me deixar tetraplégico e todo o desenrolar para a minha
reabilitação.
Quem poderia
imaginar que uma queda de bicicleta poderia ocasionar um traumatismo raqueo
medular, o qual me deixou tetraplégico.
Quando tomei
noção e consciência da minha situação a primeira pergunta que me veio a mente
foi: porque isso foi acontecer comigo?
Ao mesmo tempo
senti uma revolta e frustração imensa pelo acontecido, que a raiva e o ódio
tomou conta de mim, a ponto de não raciocinar.
Com o decorrer
do tempo e muita fisioterapia, passava se dias, meses e anos e nenhum resultado
expressivo conseguia visualizar; passei a me desestimular perdendo a vontade de
viver e me reabilitar.
Foi onde comecei
a pensar para que tanto esforço se não consigo me movimentar, me sentindo o pior
ser humano do mundo, me auto-apiedando vendo que não iria chegar a lugar
algum.
Isso ocorreu por
um bom tempo; mas de repente depois de muito pensar comigo mesmo, resolvi
enfrentar a fisioterapia novamente com coragem, força de vontade, perseverança e
fé em Deus, que ia vencer.
Passado um tempo
consegui com muito esforço pequenos progressos, que na realidade pra mim eram
enormes vitórias; foi onde vi que o melhor era aceitar a nova realidade e
conviver com as minhas limitações; um recomeço muito difícil, mas não impossível
de realizar.
Fiz igual a
professora e as crianças da mensagem, peguei o meu não consigo e o enterrei;
tendo sempre em mente eu vou conseguir vencer.
Engraçado o mais
incrível é que depois que aceitei a minha nova realidade de vida, tudo a minha
volta passou a fluir bem; a ponto de surpreender os médicos que me acompanhavam
no tratamento da reabilitação.
E hoje em dia
faço coisas que jamais eu pensaria que iria fazer após o acidente; tudo graças a
fé em Deus, na força de vontade, na coragem e na minha perseverança em querer
vencer.
Temos mais mesmo
que pegar nossos medos, insegurança, desânimo e não consigo fazer-lhes o
enterro; e deixar despertar a força de vontade, coragem, perseverança e a fé em
Deus que podemos conseguir chegar a vitória.
José de
Souza
Onde há vida,
esperança, solidariedade, equilíbrio, harmonia, fraternidade, união e
amor.
A paz se
encontra em nossos corações e almas porque somos filhos de Deus.
Para Ele não
existem as diferenças somos todos iguais.
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