Conheça os principais 'erros' de páginas que não respeitam a acessibilidade
Sites acessíveis seguem normas do World Wide Web Consortium (W3C) (Foto: Thinkstock
Tornar um site acessível, é fazer com que todas as pessoas, sem nenhum tipo de exclusão, tenham acesso às informações contidas nele, sem barreiras que impeçam a sua navegação, ou a leitura de um determinado conteúdo. Para que um site seja acessível, não são precisos recursos especiais, ou implementações tecnológicas de ponta. Muito pelo contrário, basta empregar da forma correta os recursos naturalmente disponíveis na linguagem HTML (HyperText Markup Language), código que compõe e estrutura as páginas na internet. Para isso, o World Wide Web Consortium (W3C), consórcio internacional que trabalha no desenvolvimento de padrões para a web, estipula diretrizes e recomendações que devem ser seguidas para garantir a acessibilidade na rede, as chamadas Web Content Accessibility Guidelines, ou WCAG 2.0.
Segundo dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), coletados em 2010, 23,9% dos brasileiros, ou seja, 45,6 milhões de pessoas, declararam ter algum tipo de deficiência. Dentre as apontadas, a visual foi a que mais figurou, chegando a 35,7 milhões de cidadãos. Conforme divulgado no Censo Demográfico, que pesquisou também as deficiências auditiva, mental e motora, incluindo seus graus de severidade, 18,8% das pessoas entrevistadas disseram possuir dificuldade para enxergar, até mesmo com o auxílio de óculos, ou de lentes de contato. Com relação à deficiência motora, que apareceu em segundo lugar no índice, mais de 13,2 milhões de pessoas afirmaram ter algum grau do problema, equivalendo a 7% dos brasileiros.
Como funcionam os sites acessíveis
Em um site acessível, conteúdo e forma andam separados. Ou seja, de um lado existe a página HTML, contendo a informação, incluindo em sua estrutura definições no código que marcam, por exemplo, o que é um título, um parágrafo, ou um link. Já a forma da página, o design propriamente dito, é definida por um arquivo chamado “folha de estilo”, ou CSS (Cascading Style Sheets), como também é conhecido. Nesse documento, que é vinculado à pagina HTML, são definidas a apresentação visual do site, abrangendo suas cores, tamanho das letras e o espaçamento entre as linhas de texto, entre outros parâmetros.
Dessa maneira, esse tipo de arquitetura, na qual HTML e CSS andam separados, permite que somente o conteúdo textual da página seja lido por pessoas que navegam por meio de leitores de tela. Com isso, informações irrelevantes para os cegos, como a cor do texto, ou o tamanho da fonte utilizada, passam a ser descartadas. Além disso, esse tipo de conceito torna o conteúdo do site adaptável a qualquer tipo de dispositivo móvel, incluindo celulares e tablets.
saiba mais
Segundo destaca Edson, tornar um site acessível não onera um projeto de site. “Como qualquer melhoria que tentamos implementar, a acessibilidade só se torna caro se tentamos fazer adaptações a algum projeto que já esteja pronto, ou em estágio avançado de desenvolvimento. O ideal é projetar um site desde o início com o foco na acessibilidade. Neste caso, não há diferença significativa no custo de desenvolvimento”, ressalta.
Algumas recomendações importantes
Conheça abaixo algumas diretrizes para melhorar a acessibilidade de um site.
- Todas as imagens do site devem conter legendadas, ou descrições com texto, principalmente se forem botões de link. Esse tipo de recomendação facilita a leitura de tela;
- Faça com que o tamanho do texto possa ser aumentado pelas opções do navegador, pois para pessoas que têm dificuldades visuais, esse recurso é essencial. Além disso, é importante fazer com que a largura do texto na página se ajuste ao tamanho da tela;
- Outro fator importante é com relação à identificação dos campos de um formulário. É preciso que os usuários detectem com facilidade a funcionalidade de cada elemento;
- É importante permitir a ativação dos elementos da página pelo uso do teclado, já que pessoas com deficiências motoras podem ter dificuldade de utilizar o mouse;
- Com relação à usabilidade, faça com que os textos dos links sejam compreendidos fora do seu contexto. Links como "clique aqui" não são compreensíveis para quem ouve, de forma isolada, somente a informação dos links, que podem ser legendadas com texto alternativo para evitar repetições, ou redundâncias;
- Disponibilize um canal simples de contato com o responsável pelo site.
Segundo dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), coletados em 2010, 23,9% dos brasileiros, ou seja, 45,6 milhões de pessoas, declararam ter algum tipo de deficiência. Dentre as apontadas, a visual foi a que mais figurou, chegando a 35,7 milhões de cidadãos. Conforme divulgado no Censo Demográfico, que pesquisou também as deficiências auditiva, mental e motora, incluindo seus graus de severidade, 18,8% das pessoas entrevistadas disseram possuir dificuldade para enxergar, até mesmo com o auxílio de óculos, ou de lentes de contato. Com relação à deficiência motora, que apareceu em segundo lugar no índice, mais de 13,2 milhões de pessoas afirmaram ter algum grau do problema, equivalendo a 7% dos brasileiros.
Edson Rufino, membro do grupo de trabalho em
acessibilidade web do W3C (Foto: Divulgação)
Levando em consideração esses números, o professor Edson Rufino, que é pesquisador do Instituto Nacional da Propriedade Industrial (INPI) e membro do grupo de trabalho em acessibilidade web do W3C, destaca que só há vantagens em se ter um site acessível. “Em primeiro lugar, um site acessível permite o seu uso por qualquer pessoa, independente de suas características, ou formas de acesso. Em segundo lugar, projetar um site para acessibilidade normalmente gera alguns ‘efeitos colaterais’ bem interessantes, pois geralmente as páginas carregam mais rápido e se tornam mais fáceis de serem achadas pelos principais buscadores, como o Google, por exemplo, ficando nas melhores posições nos resultados de busca”, ressalta Edson.acessibilidade web do W3C (Foto: Divulgação)
Como funcionam os sites acessíveis
Em um site acessível, conteúdo e forma andam separados. Ou seja, de um lado existe a página HTML, contendo a informação, incluindo em sua estrutura definições no código que marcam, por exemplo, o que é um título, um parágrafo, ou um link. Já a forma da página, o design propriamente dito, é definida por um arquivo chamado “folha de estilo”, ou CSS (Cascading Style Sheets), como também é conhecido. Nesse documento, que é vinculado à pagina HTML, são definidas a apresentação visual do site, abrangendo suas cores, tamanho das letras e o espaçamento entre as linhas de texto, entre outros parâmetros.
Dessa maneira, esse tipo de arquitetura, na qual HTML e CSS andam separados, permite que somente o conteúdo textual da página seja lido por pessoas que navegam por meio de leitores de tela. Com isso, informações irrelevantes para os cegos, como a cor do texto, ou o tamanho da fonte utilizada, passam a ser descartadas. Além disso, esse tipo de conceito torna o conteúdo do site adaptável a qualquer tipo de dispositivo móvel, incluindo celulares e tablets.
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Segundo destaca Edson, tornar um site acessível não onera um projeto de site. “Como qualquer melhoria que tentamos implementar, a acessibilidade só se torna caro se tentamos fazer adaptações a algum projeto que já esteja pronto, ou em estágio avançado de desenvolvimento. O ideal é projetar um site desde o início com o foco na acessibilidade. Neste caso, não há diferença significativa no custo de desenvolvimento”, ressalta.
Algumas recomendações importantes
Conheça abaixo algumas diretrizes para melhorar a acessibilidade de um site.
- Todas as imagens do site devem conter legendadas, ou descrições com texto, principalmente se forem botões de link. Esse tipo de recomendação facilita a leitura de tela;
- Faça com que o tamanho do texto possa ser aumentado pelas opções do navegador, pois para pessoas que têm dificuldades visuais, esse recurso é essencial. Além disso, é importante fazer com que a largura do texto na página se ajuste ao tamanho da tela;
- Outro fator importante é com relação à identificação dos campos de um formulário. É preciso que os usuários detectem com facilidade a funcionalidade de cada elemento;
- É importante permitir a ativação dos elementos da página pelo uso do teclado, já que pessoas com deficiências motoras podem ter dificuldade de utilizar o mouse;
- Com relação à usabilidade, faça com que os textos dos links sejam compreendidos fora do seu contexto. Links como "clique aqui" não são compreensíveis para quem ouve, de forma isolada, somente a informação dos links, que podem ser legendadas com texto alternativo para evitar repetições, ou redundâncias;
- Disponibilize um canal simples de contato com o responsável pelo site.
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