sábado, 9 de junho de 2012

Filme 'Arthur e o Infinito' busca apoio para filmagens


Eric, ator que vive Arthur no filme Um filme sobre autismo. Este é o projeto criado pela cineasta Julia Rufino Garcia, quebusca verba para filmar "Arthur e o Infinito", um curta-metragem a respeito da síndrome.
A ideia surgiu da grande curiosidade que Julia tem sobre o tema, que até então era pouco conhecido por ela, mas que a fascinava, pois essas crianças interagem com o mundo de forma diferente, com habilidades diferentes. "São pessoas puras, que têm muito a ensinar a humanidade e esse é um dos principais focos do filme", contou a cineasta com exclusividade para a Revista Autismo. Ainda segundo Julia, o segundo principal foco é mostrar o como o cuidado, o carinho, o fato de se importar e de estar junto pode fazer toda a diferença. "Hoje vivemos num mundo que necessita disso, deixar isso exposto na relação da mãe com o menino pode inspirar pessoas a mudarem suas ações", arrematou. Veja como contribuir, no final deste texto.

A HISTÓRIA

O filme conta a história de Marina e César, pais de duas crianças: Sofia de dez anos e Arthur, de seis anos — vivido pelo jovem ator Eric Schon (foto). Quando Arthur tinha um ano e meio de idade, começou a apresentar um comportamento diferente das outras crianças, como por exemplo a sua comunicação era precária, parecia não ouvir quando seus pais o chamavam e quase não tinha contato visual. Essas características levaram os pais a procurarem médicos e especialistas.
A longa busca dos pais só terminou quando Arthur completou seis anos, e foi diagnosticado como autista. Marina sente maior responsabilidade sobre o menino e decide se dedicar unicamente a tentar desenvolve-lo o máximo possível. A família passará por momentos difíceis onde Marina colocará em questão a sua capacidade de lidar com seu filho.

O INÍCIO

A cronologia do projeto, segundo a cinesta foi a seguinte:
"A ideia do projeto surgiu em outubro de 2011, Julia estava finalizando o curso técnico em direção cinematográfica pela Academia Internacional de Cinema e decidiu contar em seu filme de conclusão de curso uma história onde o autismo seria o tema central.
As pesquisas se iniciaram em novembro conforme o roteiro foi sendo escrito. Com a ajuda de alguns pais e médicos, a primeira versão do roteiro saiu, e foi a base principal para dar início de fato a todo o projeto.
Em dezembro, o projeto foi apresentado para uma banca de profissionais da Academia de Cinema que aprovariam ou não o filme. Além de ter sido aprovado, o roteiro recebeu um prêmio de R$ 3 mil da própria Academia para cobrir alguns pequenos custos de produção, já que todo o gasto fica por conta do realizador do filme e não da Instituição.
Em janeiro e fevereiro/2012 fomos entrando em contato com especialistas da área, médicos, pessoas de instituições e pais com o objetivo de colher o maior número de informações possível para a nossa pesquisa.
Em março começamos a busca para achar o nosso elenco, principalmente para encontrar a pessoa para o personagem da mãe e do menino. Foram 4 semanas fazendo testes, entrevistamos 8 meninos até acharmos o nosso ator Erich Schon e 22 mulheres até encontrarmos a Maria Tuca. Após as escolhas, começamos os ensaios.
Durante esse mesmo período, nossa equipe fez diversas reuniões com o objetivo de deixar tudo o mais organizado possível e nesse momento, foi criado um orçamento completo até a finalização do filme e vimos que se fôssemos fazer com a verba que temos até então, seria insuficiente e o filme não teria a qualidade técnica que gostaríamos.
Tivemos a ideia de montar um vídeo de apresentação do nosso projeto e inscrevê-lo no Catarse, assim teríamos uma chance maior de conseguir uma verba direta em pouco tempo, sem depender de leis de incentivo ou editais que nos tomaria muito tempo e não conseguiríamos rodar o filme ainda esse ano.
Os custos da produção de um filme são bem altos, desde garantir toda a alimentação e transporte para toda a equipe e elenco até aluguel de equipamentos, aluguel de locações, figurinos, maquiagem, objetos de arte, pós produção etc."

PRA QUE?

Por último, Julia contou que "a mensagem principal do filme é a de expor o caminho que a mãe decidiu seguir, que foi o de se dedicar integralmente ao seu filho, passando por momentos difíceis mas que trouxeram uma recompensa, mesmo que a longo prazo. O objetivo é o de tentar trilhar um possível caminho e o de inspirar pessoas para talvez fazerem o mesmo ou algo parecido", argumentou.
A ideia é divulgar em todas as instituições, associações e escolas. Exibir para o maior número de mães, pais e pessoas que convivem com autistas. O filme muito provavelmente irá para diversos festivais nacionais e internacionais e talvez para algum canal de televisão.

A página do filme, no Facebook é facebook.com/arthureoinfinito — curta e dê seu apoio.


EQUIPE

Roteiro e Direção: Julia Rufino Garcia
Assistente de Direção: Luiz Cardoso
Produção: Ruy Octavio e Nivea
Direção de Fotografia: Rogerio Che
Equipe de Arte: Coletivo de arte: Dicezar Leandro, Marina Verissimo, Ana Luiza Cencini, Tatiana Demarchi, Nadia Lufi, Silmara, Rogerio Freua, Guilherme Menezes Rufino.

COMO CONTRIBUIR

O projeto do filme Arthur e o Infinito já está disponível para doações no site Catarse!!!
Para contribuir, doe qualquer quantia a partir de R$10 e receba uma recompensa. Para fazer a doação é muito simples:

1.Acesse http://catarse.me/pt/projects/727-arthur-e-o-infinito-um-olhar-sobre-o-autismo
2.Clique em "Quero apoiar este projeto"
3.Preencha seus dados e confirme a doação.

A equipe tem até o dia 16/julho/2012 para arrecadar.

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