Para aumentar acessibilidade não basta apenas construir uma rampa de acesso na calçada da loja. A rampa é o primeiro passo, mas não adianta tê-la se as portas de entrada não abrirem suficientemente para passar uma cadeira de rodas.
Publicada em 28 de maio de 2012 - 09:00
As pessoas com deficiênciarepresentam 23% da população brasileira. Apesar de fazerem parte do mercado consumidor, o número de lojas e restaurantes adaptados para atender, de maneira correta, estes clientes ainda deixam a desejar, especialmente, os micro e pequenos estabelecimentos.
A secretária da Comissão Permanente de Acessibilidade da Prefeitura de São Paulo, Silvana Serafino Cambiaghi, explica que nas lojas maiores, como as de departamento, a mobilidade é possível porque elas seguem um padrão internacional. “Nas pequenas lojas, a situação é outra. Infelizmente, ainda hoje, os negócios são construídos para pessoas altas e fortes e que não têm nenhuma deficiência”.
A secretária, que utiliza uma cadeira de rodas para se locomover, acredita que a falta de acessibilidadeno varejo é por falta de conhecimento por parte dos empresários. Entretanto, para ela isso não é desculpa. “O empresário tem obrigação de atender este público e não de excluir estas pessoas. A necessidade é igual para todos”.
Como adaptar o seu negócio
Para aumentar acessibilidade não basta apenas construir uma rampa de acesso na calçada da loja. A rampa é o primeiro passo, mas não adianta tê-la se as portas de entrada não abrirem suficientemente para passar uma cadeira de rodas. Também é fundamental que os corredores sejam largos. “O empresário deve pegar como exemplo a medida maior, que é a cadeira de rodas, cuja, a largura média é de 1,2 metro por 80 centímetros. Onde passa um cadeirante, passa todo mundo”.
Para aumentar acessibilidade não basta apenas construir uma rampa de acesso na calçada da loja. A rampa é o primeiro passo, mas não adianta tê-la se as portas de entrada não abrirem suficientemente para passar uma cadeira de rodas. Também é fundamental que os corredores sejam largos. “O empresário deve pegar como exemplo a medida maior, que é a cadeira de rodas, cuja, a largura média é de 1,2 metro por 80 centímetros. Onde passa um cadeirante, passa todo mundo”.
Os provadores também devem ser largos e ter barras de apoio. “A pessoa com a cadeira de rodas tem que conseguir fechar a porta. Ninguém gosta de se trocar com a porta aberta, no caso do cadeirante, a situação não é diferente”. Os banheiros também devem seguir as mesmas orientações.
No caso dos restaurantes, a indicação é que eles tenham cardápios em braile e que o buffet esteja ao alcance das pessoas que usam cadeira de rodas. Também é importante ter cadeiras especiais para obesos.
Clientes especiais
Quem adaptou o seu estabelecimento foi a empresária Karla Althoff, proprietária da Dona Karlota. A empresária conta que a loja de roupas, que fica em Blumenau (Santa Catarina), foi construída pensando nas pessoas que vestem roupas pluz size, por isso os provadores e os espaços entre os corredores são maiores.
Quem adaptou o seu estabelecimento foi a empresária Karla Althoff, proprietária da Dona Karlota. A empresária conta que a loja de roupas, que fica em Blumenau (Santa Catarina), foi construída pensando nas pessoas que vestem roupas pluz size, por isso os provadores e os espaços entre os corredores são maiores.
“O espaço da loja é grande, são 160 metros quadrados. Como uma pessoa com cadeira de roda circula facilmente, aproveitei para adaptar um provador, cujo o tamanho é o dobro do normal”, diz. Além disso, em frente a loja há rampas de acesso e estacionamento exclusivo para pessoas com deficiência.
Karla lembra que a iniciativa surgiu após duas pessoas que utilizavam cadeira de rodas se tornarem clientes. “Estas duas clientes me ajudaram a esclarecer algumas dúvidas, além disso fiz uma pesquisa na internet”.
Segundo a proprietária, as informações técnicas foram fáceis de serem encontradas, mas até hoje, ela não conseguiu orientações sobre a melhor maneira de atender. Karla afirma que procurou uma associação de pessoas com deficiência da cidade, mas que não teve o retorno esperado. “As vendedoras e eu ainda temos dúvidas sobre isso”
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