quarta-feira, 21 de março de 2012

TODO DESIGN DEVIA SER UNIVERSAL


Veja o que estamos aprendendo sobre o assunto.
Por Dalila Nóbrega
Da:abstratil

Abrir uma porta, andar pela rua, pegar um ônibus, subir escadas. Estas são algumas das coisas mais simples da vida, não? O nosso dia a dia está repleto de tarefas básicas que, em sua grande maioria, realizamos de maneira intuitiva. No entanto, o que muitas vezes não percebemos, é que toda essa “simplicidade” é muito relativa, podendo se tornar um desafio diário para as pessoas que possuem algum tipo de limitação física.

ENTRA EM CENA O DESIGN UNIVERSAL.
Acima de tudo INCLUSIVO, o Design Universal busca o desenvolvimento de soluções que levem em consideração a diversidade humana. Sua lógica é de que o mundo deve ser “desenhado” para TODOS, sem restrições. Assim, contribui para a formação de uma sociedade mais justa, mais igualitária.

DESIGN QUE ABRE PORTAS
Veja o exemplo abaixo. Quantas vezes você já parou para pensar no formato das maçanetas? Pois é, mas para pessoas com pouca firmeza nas mãos esse pensamento faz toda a diferença. Enquanto uma maçaneta esférica é praticamente impossível de se manusear, a que tem formato de “L” pode ser usada facilmente.

A próxima imagem é uma ótima referência de Design Universal, pois apresenta uma solução ainda mais prática e fácil. Ao invés de usar maçanetas, o mecanismo permite que, ao ser pressionado, qualquer pessoa consiga abrir a porta.

DESIGN PARA SENTIR
Outro bom exemplo é a moeda brasileira. Tanto as notas quanto as moedas possuem tamanhos diferentes para poderem ser utilizadas por deficientes visuais. Com a mesma finalidade, as moedas do dólar americano possuem diferenças de tamanhos ainda maiores.
Este piso podotátil, de uma estação do Metrô de São Paulo, serve para direcionar deficientes visuais. Entre outras coisas, essas protuberâncias no chão sinalizam para a pessoa quando ela deve andar ou parar.

DESIGN (GRÁFICO) UNIVERSAL
O Design Universal também se aplica ao design gráfico. Até pouco tempo atrás, cada empresa de ônibus de transporte público do Rio de Janeiro adotava uma identidade visual própria, com códigos (cores, grafismos etc.) proprietários, o que facilitava bastante a identificação dos itinerários. Porém, atualmente, a prefeitura adotou um novo padrão gráfico para os ônibus. Essa mudança tornou a diferença entre os coletivos muito sutil, dificultando a diferenciação das linhas pelos usuários.


MERGULHO NO UNIVERSO DO USUÁRIO
Com certeza não é fácil para o designer pensar em todas as situações que o seu projeto pode enfrentar, mas já estão surgindo novas técnicas e metodologias para fazer um mergulho cada vez maior no universo dos usuários. O MIT (Massachusetts Institute of Technology) desenvolveu o traje abaixo, que simula a experiência de um idoso. Ele possibilita que qualquer pessoa sinta na pele as dificuldades que uma pessoa da 3ª idade enfrenta.

SETE PRINCÍPIOS BÁSICOS DE DESIGN UNIVERSAL:
1. USO IGUALITÁRIO
O design não pode estigmatizar qualquer grupo de usuários ou deixá-lo em desvantagem.
2. FLEXIBILIDADE NO USO
O design acomoda uma ampla gama de preferências e habilidades individuais.
3. USO SIMPLES E INTUITIVO
O uso do design é fácil de entender, independente da experiência, conhecimento, habilidades linguísticas ou nível de concentração do usuário.
4. INFORMAÇÃO PERCEPTÍVEL
O design comunica informações efetivamente necessárias para o usuário, independente de condições ambientes ou das habilidades sensoriais do usuário.
5. TOLERÂNCIA PARA ERRO
O design minimiza obstáculos e consequências adversas de acidentes ou ações despropositais.
6. LOW PHYSICAL EFFORT
O design pode ser utilizado eficientemente, confortavelmente, e com a mínima fadiga.
7. TAMANHO E ESPAÇO PARA APROXIMAÇÃO E USO
Espaço para aproximação e tamanho apropriados, alcance, manipulação e uso, independente do corpo, postura ou mobilidade do usuário.

Clique nas imagens abaixo para ver mais exemplos interessantes da aplicação do Design Universal:


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