terça-feira, 24 de fevereiro de 2015

Cochilos a mais podem ser uma tentativa de aliviar os sintomas da fibromialgia

Pesquisa mostra que maior parte dos pacientes de fibromialgia dorme durante o dia, mesmo sem ter a intenção. Má qualidade do sono noturno e dores são as principais causas apontadas para o sono diurno.
Fibromialgia: estudo mostra que cochilos  podem ser tentativa de aliviar os sintomas
Parece só cansaço, mas na verdade o aumento da sonolência e das sonecas durante o dia pode significar bem mais para quem sofre de fibromialgia. Sono a mais, aponta uma nova pesquisa, pode estar relacionado a uma tentativa de minimizar outros sintomas relacionados à doença, entre eles o cansaço e as dores.
A descoberta foi feita após a análise dos hábitos de sono de 1.044 adultos com fibromialgia, a maioria, mulheres. A maior parte do grupo, 87%, disse que cochilava durante o dia mesmo sem querer, sendo que a principal razão apontada para o sono fora de hora eram o cansaço e a exaustão – citados por 94% dos entrevistados.
Outros motivos para a soneca, de acordo com os entrevistados, eram recuperar a noite de sono mal dormida (citado por 60% dos voluntários), tentar aliviar dores de cabeça (apontado por 43% do grupo) e tentar evitar dores em geral (justificativa dada por 26% dos entrevistados).
Sono sem hora certa
De acordo com os achados publicados pela equipe na última edição do periódico BMC Musculoskeletal Disorders, o horário do dia mais comprometido pelos cochilos não planejados é o período da tarde, citado por 59% dos entrevistados. Manhã e noite foram citados como horário da soneca por 19% e 25% dos voluntários, respectivamente.
Entre aqueles que dormiam regularmente durante o dia por um período superior a 30 minutos, predominaram os pacientes mais jovens e com os filhos. Neste mesmo perfil foram observados maiores níveis de depressão e de problemas de memória.
Quando comparados os pacientes que cochilavam por opção com aqueles que dormiam sem querer, foi observado que o segundo grupo relatava sentir mais dores e tinha níveis mais elevados de depressão.
“Existe uma proporção elevada de pessoas com fibromialgia cochilando regularmente sem ter a intenção, o que sugere que esses pacientes estão sentindo dificuldade para permanecer acordados durante o dia”, diz uma das autoras do estudo, a médica Alice Theadom, da Universidade de Tecnologia de Auckland, na Nova Zelândia. “A frequência elevada de cochilos durante a tarde sugere que seria adequado oferecer suporte para que esses pacientes consigam manejar as horas de sono para encontrar um padrão adequado”, diz a especialista.
Para a pesquisadora, uma vez que o cochilo é uma realidade entre esses pacientes, é necessário um esforço dos cientistas para se aprofundar sobre o tema e elaborar orientações que possam ajudar quem tem fibromialgia a tirar o melhor proveito possível do sono.
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