domingo, 30 de janeiro de 2011

TEM VOZES QUE PRECISAM SER OUVIDAS...



Os dias passam e a sociedade reserva dias específicos para serem lembrados dos seus grupos sociais ,que lutam por dias melhores.
Dia do Donw,
do deficiente,
do idoso...


Por quê? Para quê? Será comemorar?Mas somente este dia? E os demais? Pois a vida continua...
Será chamar a atenção para…? Será apontar o dedo?
Será reivindicar? Será incomodar?O que representa uma data especifica, quando não esquecida!



Quantas vezes dizemos sempre as mesmas
coisas?!...
Sensibilizar …
Informar …
Alertar…
Integrar …
Incluir …
Intervir…
Criar oportunidades…
Solidariedade…
Tolerância…
Aceitação…



Falamos de quem? Defendemos o que?

Falamos,falamos,falamos...


De pessoas que,
mesmo no silêncio, têm voz…








O que dizem essas vozes?
“Sou uma pessoa. Estou aqui. Este é o meu
MUNDO. Deixem-me
'
pertencer,
estar,
ser,
participar…”



Vamos ouvir atentamente, observar ...
E sim com nossos sentidos,perceber que as suas capacidades,
e contribuições estão muito para além do nosso conhecimento pré-concebido.





“... Elas” surpreendem-nos… sempre

Hoje é realidade o que ontem supunha utopia.
Hoje há:



mudança,
valorização ...





Acreditemos...o impossível...inexistente é o caminhar no FUTURO.

Esse texto surgiu foi inspirado após ouvir minha amiga PC Jussara ,a sua vontade de por voz no que sente,no que pensa e age ,mas uma ação as vezes sem ser ouvida.Ai pessoal vamos VOZ ,AÇÃO nas nossa conversas.

sábado, 29 de janeiro de 2011

"Se o lugar não está pronto para receber TODAS as pessoas, o lugar é deficiente"

Thais Frota [Acessibilidade)

sexta-feira, 28 de janeiro de 2011

As praias Insensíveis para não dizer inacessíveis!!!


Algumas praias do Paraná não são nem um pouco acessíveis! As prefeituras fazem as adaptações como acham melhor para eles e nem consultam as pessoas que realmente precisam.Percebe-se que não há interferência de técnicos,engenheiros que possuem as normas padrões e não seguem um trabalho multidisciplinar na execução dos projetos de rampas.

Dependemos que alguém nos empurre,isso quando os familiares e amigos mostram-se solidários e conseguimos ir aos calçadões á beira da praia. Olha minha gente,vocês é que são os deficientes desta história toda! Sabiam que deveriam conversar conosco, mais não fazem por puro preconceito, porque quando avistam uma pessoa numa cadeira de rodas pensam:

_ Há! Coitada daquela ali de cadeira de rodas!

Mas não queremos piedade queremos igualdade!Queremos soluções,que muitas vezes há temos,pois quem vive é quem sente e sabe o que é melhor.

Sim, as leis existem, mas como quase tudo, feitas para poucos. Poucos aplicam, poucos cumprem, poucos fiscalizam e muitos outros poucos utilizam. Multas e punições são outra categoria, não se enquadram em poucos, geralmente estão na quantidade zero ou praticamente nada. O post tem a finalidade de protesto literalmente hoje.

Eu Jussara Maria Menezes Molina, 46 anos de praia, cadeirante há doze, sinto muitas dificuldades quando vou passear nas ruas, calçadas irregulares e rampas que mais parecem um tobogã de tão inclinadas!Não só eu sofro com tanta insensibilidade mas também quem me ajuda a enveredar nessa maratona cada vez que vamos passear e toda uma população que precisa de voz para que as nossas dificuldades cheguem até as pessoas certas .E ai ,há quem diga que temos o direito de ir e vir!ONDE?

Vejam algumas as fotos , nítido algumas dificuldades encontradas em apenas alguns metros na condução da cadeira.Constata-se que o piso de travessia até a rampa no passeio é inadequado para circulação de cadeiras de rodas e fica evidente que a inclinação da rampa no passeio está acima do limite legal não aceitável. É há descontinuidade das calçadas.

quinta-feira, 27 de janeiro de 2011

MENSAGEM


Nos muros da vidaPichei a mensagem,Detalhei a imagem,Raguei preconceitoE despi a alma.
Nos muros de mimEnfrentei a navalha,Venci a batalha,Ergui a medalhaE me tornei campeã!

QUE VERDADE!!
"O futuro não é um lugar aonde estamos indo,mas um lugar que estamos criando.O caminho para ele não é encontrado,mas construído,e o ato de fazê-lo muda tanto o realizador quanto o seu destino.
"Antoine de Saint-Exupéry

A história de Lucas Aribé, deficiente visual e comentarista esportivo

sábado, 22 de janeiro de 2011

"Adaptação"

Livro:Acessibilidade e Inclusão no Turismo



O livro digital "Acessibilidade e Inclusão no Turismo" contém textos e apresentações em diversos formatos eletrônicos, arquivos de som, vídeo e foto relacionadas à acessibilidade e inclusão da pessoa com deficiência e mobilidade reduzida no turismo. Há materiais de diversos autores, dando abertura para opiniões e conceitos variados. Também abrange uma linha de tempo ampla, onde pode apresentar informações ultrapassadas para a atualidade, porém muito útil para entender a evolução deste segmento. São materiais predominantemente relacionados ao turismo acessível no Brasil. Mais informações sobre o material e instruções de como adquirí-lo, clique no link a seguir o envie solicitação pelo email ricardo@turismoadaptado.com.br http://migre.me/3HBuw

sexta-feira, 21 de janeiro de 2011

Ações que concretizam o que as palavras emitem!!




''A incapacidade não está na pessoa que possui alguma deficiência, mas nos locais e serviços que não estão preparados para receber este tipo de público.
Não somos incapazes, somente temos características diferentes daquelas que a sociedade está acostumada como um padrão. ''
''É uma sensação de liberdade muito boa. Atividades de aventura muitas vezes proporcionam oportunidade de você estar em movimento mesmo sem sua cadeirade rodas.''


Valeu Ricardo do Blog Turismo Adptado!Exemplos movem, palavras são lançadas ao vento, quando não execitadas!

Delegado agride advogado cadeirante por causa de vaga em estacionamento


SÃO PAULO - O advogado cadeirante Anatole Magalhães Macedo, de 35 anos, foi agredido a socos e coronhadas pelo delegado de São José dos Campos (91 km de São Paulo) Damasio Marino, por causa de vaga reservada para pessoas com deficiência em um estacionamento da cidade.

A briga começou quando o delegado estacionava na vaga especial, em frente a um cartório na região central de São José. Anatole não gostou e foi tomar satisfações com o delegado.



''Ele me chamou de aleijado fdp. A única coisa que consegui fazer foi cuspir no carro dele, porque me senti desrespeitado", disse o advogado, que contou ter sido agredido no rosto a coronhadas.

Já o delegado disse que estava parado na vaga especial porque sua mulher está grávida. Damasio Marino também nega a agressão a coronhadas ao advogado. Disse que ''apenas deu dois tapas na cara dele''.

A corregedoria da Polícia Civil abriu inquérito para apurar a agressão.


FONTE: TERRA

segunda-feira, 17 de janeiro de 2011

Por favor divulguem esse trabalho!!!

AUDIOTECA SAL E LUZ

São áudios de 2.700 livros que podem ser enviados a pessoas com deficiência visual

Divulgue, por favor!Eles não precisam de dinheiro, mas de DIVULGAÇÃO!!!

Procure o site
http://www.audioteca.org.br/catalogo.htme veja os nomes dos livros falados disponiveis.

Caros amigos,Venho por meio deste e-mail divulgar o trabalho maravilhoso que é realizado na Audioteca Sal e Luz e corre o risco de acabar.A Audioteca Sal e Luz é uma instituição filantrópica, sem fins lucrativos,que produz e empresta livros falados (audiolivros).

Mas o que seria isto?São livros que alcançam cegos e deficientes visuais, (inclusive os com dificuldade de visão pela idade avançada) de forma totalmente gratuita.
Seu acervo conta com mais de 2.700 títulos que vão desde literatura em geral, passando por textos religiosos até textos e provascorrigidas voltadas para concursos públicos em geral. São emprestados sob a forma de fita K7, CD ou MP3.

E agora, você está se perguntando: O que eu tenho a ver com isso?É simples. Nos ajude divulgando. Se você conhece algum cego ou deficiente visual, fale do nosso trabalho. DIVULGUE!
Para ter acesso ao nosso acervo, basta se associar na nossa sede, que fica situada à Rua Primeiro de Março, 125- Centro. RJ.Não precisa ser morador do Rio de Janeiro.

A outra opção, foi uma alternativa que se criou face a dificuldade de locomoção dos deficientes na nossa cidade. Eles podemsolicitar o livro pelo telefone, escolhendo o título pelo site, e enviaremos gratuitamente pelos Correios.

A nossa maior preocupação reside no fato que, apesar do governo estar ajudando imensamente, é preciso apresentar resultados. Precisamos atingir um número significativo de associados, que realmente contemplem o trabalho, se não ele irá se extinguir e os deficientes não poderão desfrutar da magia da leitura. Só quem tem o prazer na leitura, sabe dizer que é impossível imaginar o mundo sem os livros...

Ajudem-nos, Divulguem!Atenciosamente,
Christiane Blume - Audioteca Sal e LuzRua Primeiro de Março, 125- 7. AndarCentro- RJ. CEP 20010-000Fone: (21) 2233-8007 (21) 2233-8007
Horário de atendimento: 08 às 16 horas
http://audioteca.org.br/noticias.htm
INSISTINDO: eles não precisam de dinheiro, mas de DIVULGAÇÃO




sábado, 15 de janeiro de 2011

O que é Emprego Apoiado?

ITS Brasil - Jesus Carlos Delgado Garcia e Adriana Zangrande Vieira

O Emprego Apoiado nasceu há mais de trinta anos nos Estados Unidos como uma metodologia para inserção de pessoas com deficiência no mercado de trabalho formal, aplicando-se, posteriormente, também, para pessoas com especial dificuldade em encontrar um emprego.
Resumidamente, e de modo geral, pode-se dizer que o Emprego Apoiado consiste em preparar uma pessoa com deficiência para um posto de trabalho mediante a assistência pessoal de um técnico de Emprego Apoiado ou preparador laboral. A metodologia do Emprego Apoiado analisa o potencial e o perfil da pessoa com deficiência desempregada e os compara com as vagas e necessidades de trabalho de uma empresa, facultando encontrar ou criar uma vaga que beneficie os dois lados.
O Emprego Apoiado não se caracteriza pelo assistencialismo, ou seja, o empregador deve estar satisfeito com a qualidade e produtividade do trabalho oferecido pelo empregado, assim como este último deve estar satisfeito com a função exercida e com as condições do emprego, as quais deverão ocorrer em igualdade às de seus companheiros de trabalho.
O Emprego Apoiado abrange um conjunto de serviços e ações (denominados apoios) destinados às pessoas com deficiência (e a outras com especial exclusão social), para que elas consigam acesso ao emprego formal no mercado competitivo, assim como as mesmas condições de trabalho e salário do trabalhador sem deficiência.
O Emprego Apoiado atua de forma personalizada com cada pessoa com deficiência, principalmente mediante a ajuda de profissionais especializados (preparadores laborais ou técnicos de emprego apoiado) e outros apoios, ajudas técnicas ou produtos de tecnologia assistiva no posto de trabalho.
Em suma, embora exista já uma rica variedade de práticas e de experiências diversas, pode-se dizer que o Emprego Apoiado tem as seguintes características:
• Inserções personalizadas no emprego mediante o trabalho e acompanhamento de um consultor ou técnico de Emprego Apoiado durante todo o processo. Inicialmente, o que deve fazer o técnico de Emprego Apoiado é conhecer muito bem a pessoa com deficiência, suas habilidades, seus conhecimentos, seus gostos, suas potencialidades, que tipo de trabalho gostaria de fazer, etc.
• Busca de um posto de trabalho adequado às potencialidades e habilidades da pessoa com deficiência no mercado competitivo. O trabalho em oficinas protegidas não é Emprego Apoiado.
• Contrato de trabalho formal e salário justo.
• Formação e treinamento dentro do posto de trabalho, auxiliado pelo técnico de Emprego Apoiado. A diferença com a forma convencional de inserção no mercado de trabalho é que primeiro se realiza a inserção no posto de trabalho da pessoa com deficiência. Depois e lá mesmo, in situ, se lhe proporciona o conhecimento prático, o saber fazer necessário para realizar as tarefas. Aprende-se fazendo.
• Desenvolvimento dos apoios necessários. O técnico de Emprego Apoiado procura identificar os apoios de acessibilidade universal, sejam arquitetônicos ou de produtos de tecnologia assistiva necessários. Muitas vezes, ele desenvolve, também, procedimentos, recursos e ajudas que tornam mais fácil a realização do trabalho da pessoa com deficiência.
• Retirada progressiva do técnico de Emprego Apoiado, até conseguir a autonomia da pessoa com deficiência no trabalho.
Neste ponto, é necessário acompanhamento periódico, que ajuda a manter o posto de trabalho e a produtividade.
O Emprego Apoiado destaca-se como Tecnologia Social, como uma metodologia de eficácia comprovada para promover a inserção no mercado de trabalho de pessoas com deficiência, assim como de outros grupos sociais em situação de especial exclusão social ou com dificuldades particulares para encontrar emprego, de nele se manter e obter as promoções correspondentes.
O Emprego Apoiado foi incluído pela Revista de Inovação Social de Stanford como uma das “dez recentes inovações sociais”1.
Trata-se de uma metodologia que já está claramente definida, consolidada e institucionalizada em vários países da Europa e, obviamente, nos Estados Unidos, país onde nasceu. Em termos de fundamentação teórica, ela conta com estudos e pesquisas solidamente estabelecidos. Acumula mais de vinte ou trinta anos de experiência nesses países, tendo desenvolvido padrões e standards de qualidade, e criado entidades de representação, articulação e disseminação da metodologia.
Diversos países têm estabelecido, inclusive, após vários anos de práticas, uma devida regulamentação jurídica e procedimentos estáveis de financiamento.
Observa-se hoje no mundo uma valorização crescente do Emprego Apoiado. A razão não é outra senão o conjunto de propriedades que possui sua metodologia. Ela consegue empregar as pessoas, superando enormes dificuldades, resistências e preconceitos e possibilita suas autonomias. Ao mesmo tempo, os empresários envolvidos nesse processo ficam satisfeitos com os resultados e passam a recomendar essa prática.
Dado o enorme contingente de pessoas com deficiência (entre 24 e 27 milhões segundo diversas estimativas) no Brasil, e a baixa taxa de participação no mercado de trabalho das pessoas com deficiência em idade ativa, a metodologia do Emprego Apoiado se reveste de importância crucial para que as pessoas com deficiência possam chegar ao emprego formal.
Por esses motivos, a Secretaria de Ciência e Tecnologia para Inclusão Social do Ministério de Ciência e Tecnologia SECIS/MCT teve a iniciativa, dentro das políticas públicas por ela desenvolvidas, de promover em parceria com o ITS Brasil a implantação no Brasil do Emprego Apoiado, realizando diversas ações conducentes à sua viabilização.
No momento, desenvolvem-se estudos para re-aplicação da metodologia, com as necessárias adaptações à realidade brasileira, e se realizam ações condizentes ao estabelecimento de parcerias com diversas instituições de Portugal, Espanha e Itália. Prepara-se um curso de formação de técnicos de Emprego Apoiado, a ser ministrado pelo Instituto de Integração na Comunidade – INICO, da Universidade de Salamanca.
No ano passado, foi criada a Rede de Emprego Apoiado, da qual fazem parte várias instituições que dentre suas atividades para inserção de pessoas com deficiência no mercado de trabalho já desenvolvem ações de Emprego Apoiado.
A institucionalização e a implementação do Emprego Apoiado no Brasil precisarão também da participação de outros atores imprescindíveis, principalmente dos diversos órgãos dos poderes públicos, uma vez que se trata de âmbito de políticas públicas, assim como do mundo empresarial, do movimento sindical e da sociedade civil, especialmente das entidades que lidam com pessoas com deficiência.
A sensibilidade social e política em relação às pessoas com deficiência está crescendo no mundo todo e no Brasil, graças à mobilização, cada vez maior, dos movimentos e organizações ligados às pessoas com deficiência, assim como aos esforços de muitos profissionais e, lógico, às políticas públicas. No Brasil o tema e as iniciativas em marcha indicam que há um terreno já maduro para que essa relevante Tecnologia Social se implante e se consolide.

História do Movimento Político das Pessoas com Deficiência no Brasil

As pessoas com deficiência conquistaram espaço e visibilidade na sociedade brasileira nas últimas décadas. Na literatura acadêmica, há estudos na área da psicologia, da educação e da saúde que se configuram como tradicionais áreas do conhecimento que se interessam pelo tema. Entretanto, esse grupo de pessoas pouco interesse despertou nos historiadores e se encontram à margem dos estudos históricos e sociológicos sobre os movimentos sociais no Brasil, apesar de serem atores que empreenderam, desde o final da década de 1970, e ainda empreendem intensa luta por cidadania e respeito aos Direitos Humanos.
O objetivo deste livro é analisar a história dessas pessoas, com ênfase no aspecto político, particularmente no contexto da abertura política no final da década de 1970 e da organização dos novos movimentos sociais no Brasil.A busca pelo reconhecimento de direitos por parte de grupos considerados marginalizados ou discriminados marcou a emergência de um conjunto variado e rico de atores sociais nas disputas políticas. Assim como as pessoas com deficiência, os trabalhadores, as mulheres, os negros, os homossexuais, dentre outros com organizações próprias, reivindicavam espaços de participação e direitos. Eram protagonistas do processo de redemocratização pelo qual passava a sociedade brasileira. Ao promoverem a progressiva ampliação da participação política no momento em que essa era ainda muito restrita, a atuação desses grupos deu novo significado à democracia.A opressão contra as pessoas com deficiência tanto se manifestava em relação à restrição de seus direitos civis quanto, especificamente, à que era imposta pela tutela da família e de instituições.
Havia pouco ou nenhum espaço para que elas participassem das decisões em assuntos que lhes diziam respeito. Embora durante todo o século XX surgissem iniciativas voltadas para as pessoas com deficiência, foi a partir do final da década de 1970 que o movimento das pessoas com deficiência surgiu, tendo em vista que, pela primeira vez, elas mesmas protagonizaram suas lutas e buscaram ser agentes da própria história. O lema “Nada sobre Nós sem Nós”, expressão difundida internacionalmente, sintetiza com fidelidade a história do movimento objeto da pesquisa que resultou neste livro.Anteriormente à década de 1970, as ações voltadas para as pessoas com deficiência concentraram-se na educação e em obras caritativas e assistencialistas. Durante o século XIX, de forma pioneira na América Latina, o Estado brasileiro criou duas escolas para pessoas com deficiência: o Imperial Instituto dos Meninos Cegos e o Imperial Instituto dos Surdos-Mudos.Paralelamente às poucas ações do Estado, a sociedade civil organizou, durante o século XX, as próprias iniciativas, tais como: as Sociedades Pestalozzi e as Associações e Pais e Amigos dos Excepcionais - APAE, voltadas para a assistência das pessoas com deficiência intelectual (atendimento educacional, médico, psicológico e de apoio à família); e os centros de reabilitação, como a Associação Brasileira Beneficente de Reabilitação (ABBR) e a Associação de Assistência à Criança Defeituosa – (AACD), dirigidos, primeiramente, às vítimas da epidemia de poliomielite.
O movimento surgido no final da década de 1970 buscou a reconfiguração de forças na arena pública, na qual as pessoas com deficiência despontavam como agentes políticos.Caro leitor, Por favor, avise às pessoas cegas, com baixa visão, analfabetas ou por alguma razão impedidas de ler um livro impresso em tinta que esta obra está publicada em distintos formatos, conforme o Decreto nº 5.296/2004 e a Convenção sobre os Direitos das Pessoas com Deficiência da Organização das Nações Unidas (ONU), ratificada no Brasil com equivalência de emenda constitucional pelo Decreto Legislativo nº 186/2008 e Decreto nº 6.949/2009:- OpenDOC, TXT e PDF no site www.direitoshumanos.gov.br, para que seja acessada por qualquer ledor de tela (sintetizadores de voz). O site da Secretaria de Direitos Humanos da Presidência da República (SDH/PR) está de acordo com os padrões de acessibilidade.- CD em formatos OpenDOC, TXT, PDF e MECDAYSE encartado ao final deste livro (o software MECDaisy está disponível no site www.intervox.nce.ufrj.br/mecdaisy para download).- Em Braille, quando solicitada pelo email corde@sedh.gov.br ou pelo telefone (61) 2025-3684.O download do exemplar digital pode ser feito clicando no link a seguir História do Movimento Político das Pessoas com Deficiência no Brasil
Fonte: Secretaria de Direitos Humanos pelo BLOG TURISMO ADPTADO

quinta-feira, 13 de janeiro de 2011

Videos Vez da Voz "Justiça"

Video com originalidade!

Música para as pessoas com deficiência auditiva. Isso mesmo! Com a ajuda de intérpretes da Língua de Sinais, belas canções são transmitidas àquelas pessoas que não conseguem ouvir, mas que conseguem sentir e se emocionar com a letra das músicas. Conheça mais detalhes do Música no Silêncio





Quuwe ver outros?Fonte: blog -VEZ DA vOZ

Esperança para voltar a se Movimentar!!

INFO-NOTICÍAS DO DEFNET
INFOATIVO.DEFNET 4426 - TETRAPLEGIA & TECNOLOGIA


Sistema permite movimento de membro superior em tetraplégicos Na Escola de Engenharia de São Carlos (EESC) da USP, pesquisadores desenvolveram um sistema híbrido para membros superiores (braço, antebraço e mãos) que auxilia as atividades motoras de pessoas tetraplégicas.
O equipamento permite que o paciente alcance objetos distantes do corpo por comandos de voz Renato Varoto, pesquisador da EESC, explica que o diferencial desse sistema foi a combinação de técnicas. “A mecânica, que inclui a órtese e que possibilita movimentos de flexão e extensão do cotovelo, e uma técnica não convencional, que é a estimulação elétrica neuromuscular, que possibilita os movimentos da mão.”
O sistema foi desenvolvido por Varoto durante sua tese de doutorado pela EESC, sob a orientação do professor Alberto Cliquet Júnior, do Departamento de Engenharia Elétrica da Escola. O protótipo é constituído de uma órtese dinâmica para cotovelo, que funciona como um exoesqueleto, eletrodos de superfície que vão nas mãos e uma luva que contém sensores para indicar ao paciente a força aplicada.Esses equipamentos são as partes mecânicas e eletrônicas e são coordenados por voz. “Com o comando de voz, cinco palavras são gravadas de acordo com o gosto do paciente: uma para estender o braço, uma para flexão do cotovelo, uma para parar o movimento, uma para pegar o objeto e uma para soltar o objeto. Se for preciso, é possível controlar o nível de estimulação para o movimento da mão e a velocidade da órtese do cotovelo, cada uma com duas palavras”, descreve Varoto
LEIA INTEGRA DA MATÉRIA EM:
http://espaber.uspnet.usp.br/jorusp/?p=9388

sexta-feira, 7 de janeiro de 2011

Viva a diferença

Concepções novas mudam a forma dos produtos e melhoram a vida dos canhotos, idosos ou pessoas que têm algum tipo de deficiência física.

Concepções radicalmente novas mudam a forma dos produtos industriais, sejam carros, pias, computadores ou tesouras. O objetivo é ir além do consumidor padrão adulto, destro, nem alto nem baixo e em plena capacidade física e também respeitar as diferenças entre as pessoas.
Por Adélia Borges

O empresário norte-americano Sam Farber conseguiu realizar o sonho de muita gente. Depois de 39 anos à frente da Copco, uma empresa de panelas e artigos de cozinha em Nova York, resolveu que era tempo de gozar a vida. Vendeu a companhia por US$ 1,3 milhão e mudou-se para o sul da França, para ser colecionador de arte em tempo integral. Plano perfeito... Só que sua mulher, Betsy, começou a ter dificuldades para cozinhar por causa de uma artrite nas mãos, que a impedia de manusear as facas, colheres e abridores de latas, feitos para pessoas com destreza manual perfeita.
Privar-se do prazer da cozinha afetou o cotidiano do casal e Farber voltou para Nova York determinado a produzir objetos que contemplassem dificuldades como as de Betsy, pressentindo que o problema não estava nela, mas nos produtos. Abriu a empresa Oxo International e encomendou um projeto ao escritório Smart Design. Depois de longos estudos, auxiliados pela Arthritis Foundation e pela geriatra Patricia Moore, os designers chegaram aos Good Grips, uma linha completa de utensílios de cozinha cujo "segredo" é a empunhadura mais grossa que a habitual, feita de santoprene, um material macio e que não escorrega nas mãos. O sucesso foi imediato. Só na feira de lançamento, em abril de 1990, o Oxo vendeu 750 mil unidades, como descascadores de batatas, tesouras, espremedores de alho, facas. No primeiro ano de comercialização, o faturamento foi de US$ 3,4 milhões."Os Good Grips são atraentes, divertidos e confortáveis de usar pelas pessoas saudáveis e tornam o ato de cozinhar possível para aquelas que têm deficiências temporárias ou permanentes, ou para as que estão envelhecendo, quando a força, a coordenação e o senso de percepção vão decaindo", diz o vice-presidente da Smart Design, Tucker Viemeister (ele ganhou esse nome porque seu pai trabalhou no projeto do carro Tucker, um sonho falido do design norte-americano relatado em filme por Francis Ford Coppola).
Viemeister diz que "são os produtos e a arquitetura que definem as deficiências" (em inglês, o termo parece bem menos pesado e discriminatório: disabilities, falta de habilidade). Ele é uma voz dentro de uma corrente crescente no design internacional de objetos, de equipamentos, de edifícios e de áreas urbanas, que advoga prestar muita atenção em problemas específicos de faixas esquecidas para resolver os problemas de todos.
Quem já quebrou o braço ou a perna alguma vez, sabe como é desagradável depender dos outros para atos corriqueiros, e só aí começa a reparar no grau de dificuldade que podem ter atividades que antes se faziam de maneira quase automática. Essas dificuldades "invisíveis", que poucos percebem, marcam os obstáculos enfrentados pelos canhotos. Quem é destro nem sequer imagina que banalidades do tipo abrir uma lata ou usar uma tesoura exigem muito suor. Produtos que podem ser usados tanto por destros quanto por canhotos têm uma penetração crescente no mercado. Um exemplo é o computador portátil Powerbook Apple/Macintosh. Um de seus diferenciais é ter o mouse posicionado exatamente no meio do teclado com fácil acesso para ambas as mãos. Esse modelo está estourando em vendas nos Estados Unidos.Uma das questões mais importantes no design para pessoas de idade e hábitos diferentes é a busca de uma estética não discriminatória Num mundo em que os meios de comunicação e a propaganda exaltam o tempo todo o ideal da juventude e do esplendor físico, é difícil desejar produtos que têm "escrito na cara" o fato de serem dirigidos a pessoas "anormais". "Designs pesados e embaraçosos reforçam sentimentos de isolamento e inadequação das pessoas com deficiências, contribuindo para a sua estigmatização pela sociedade", escreveu a curadora Cara McCarty no catálogo para a exposição "Design para uma vida independente", apresentada no Museu de Arte Moderna de Nova York em 1988. Segundo McCarty, freqüentemente é o equipamento usado pelo deficiente, e não o seu problema, que o deprecia aos olhos dos "normais", podendo provocar até repulsa. Com sua espontaneidade, as crianças usualmente são a, que mais expressam essa repulsa que os adultos procuram disfarçar.
Mas a estigmatização é ainda mais dolorosa quando ela é exercida sobre as crianças com problemas, desde cedo acostumadas a se verem, pelos olhos dos outros, como seres diferentes e desprezíveis.
A Bissel Healthcare Company, de Michigan,
EUA, lançou uma linha infantil que passa ao largo da discriminação. Um dos itens é o Tadpole, um conjunto de peças macias e moldadas usado para exercícios físicos com crianças com paralisia cerebral ou outras disfunções motoras. As peças são feitas de uretano flexível, à prova d’água, durável e retardador de chamas. Fixadas com velcro, podem ser livremente montadas para colocar a criança na posição sentada, deitada ou inclinada. Leve e portátil o Tadpole foi concebido para ser usado por terpeutas que vão de casa em casa para trabalhar com as crianças, mas a simplicidade das formas e a clareza de como elas se agrupam permitem que sejam deixadas nas casas para que os pais continuem a fazer os exercícios com as crianças. O Tadpole ganhou um prêmio nos Estados Unidos no ano passado, e uma das qualidades apontadas pelo júri foi a de não parecer um produto para deficientes e provavelmente atrair a atenção de qualquer criança, fazendo-a querer brincar junto.
Outro exemplo de aparência não discriminatória é a cadeira de rodas New Move, que acaba de ganhar a medalha de ouro no Idea 92, concurso anual da Industrial Design Societies of America, com o apoio da Business Week. O carácter de seu design é menos de um produto institucional e mais de uma "mountain bike". Além disso, Douglas D. Clarkson, do Art Center College of Desing, da Califórnia, usou componente normais de bicicletas e tubos padrão em vez de peças especialmente manufaturadas, o que torna sua produção extremamente barata. A New Move tem eficiência de 100% na tração, contra a média convencional de 40% ao empurrar uma roda, e atende a um antigo desejo de pessoas com problemas de locomoção. Há uma infinidade de modelos de cadeiras normais disponíveis no mercado e a escolha de uma delas passa por critérios como conforto e preço mas também pelo estilo, levando em conta a preferência de quem as usa formal? Informal? Pós-moderno? As cadeiras de rodas que sempre foram mais ou menos iguais, e quase sempre horrorosas já são usadas para disputar torneios esportivos Já era hora de tê-las também em "estilo esportivo".A tendência nos países desenvolvidos é cada vez mais considerar a cadeira de rodas como um veículo pessoal de transporte urbano. Talvez o modelo que tenha ido mais longe neste conceito seja o desenvolvido por médicos e designers suecos para a empresa norte-americana Permobil. Ela é toda voltada para ativar a independência de quem a usa.
Através de um joystick igual ao dos video-games instalado no braço da cadeira, o usuário aciona um sistema computadorizado e faz tudo. Coloca-se na posição vertical no meio de uma multidão num jogo de futebol, ou quando quer falar "de igual para igual" com um parceiro de negócios. Coloca-se na posição deitada para descansar. Sentado, aciona um elevador para pegar uma lata de cerveja no alto da prateleira do supermercado. A altura regulável permite adaptar-se às alturas das coisas e não o inverso (mudar a pia da cozinha ou a mesa do escritório). Vai para onde queira: anda na neve, em terrenos com pedras e até sobe morro. O motor elétrico é exatamente silencioso, permitindo, como diz a propaganda, que a pessoa chegue a um concerto depois que ele começou. Para usuários com dificuldade de fala, há o acessório Alpha Writer, através do qual pode escrever sentenças com ligeiros movimentos de mão e mostrá-las numa tela acoplada na cadeira (o sistema também funciona acoplado a um sintetizador de voz ou a uma impressora de computador). E com modificações na casa, pode torná-la "inteligente": com o controle remoto, faz chamadas telefônicas, aumenta o som do estéreo e abre ou fecha portas sem ter que se deslocar. "Enfocar a satisfação dos portadores de deficiências é uma forma de garantir a melhoria qualidade ambientar para todos os usuários", diz o arquiteto mineiro Marcelo Pinto Guimarães. Ele cita exemplos: O espaço adicional para manobrar cadeiras de rodas em pequenos apartamentos assegura que a especulação imobiliária respeite como mínimas as dimensões reais de conforto; barras de apoio para corrimãos em longos corredores ou escadas de poucos degraus são sempre bem acolhidas. Efeito similar se obtém com piso de textura antiderrapante telefones com controle auditivo de volume; ou maçanetas acionadas pelo cotovelo em vez de mãos ocupadas.
Guimarães é uma das maiores autoridades nesse tema no Brasil. Em 1990 concluiu um mestrado na Universidade de Nova York sobre design sem. barreiras. De volta, abriu uma empresa de projetos em arquitetura e design, e de consultaria em qualidade ambiental. Foi consultor do Prêmio Nacional de Design, Pesquisa e Adequação do Mobiliário Urbano à Pessoa Portadora de Deficiências, promovido no ano passado pelo Instituto dos Arquitetos do Brasil Seção Minas Gerais.Um dos projetos vencedores desse prêmio é um belo exemplar de design universal. O estudante Guilherme de Avelar Rosa, de Betim, bolou uma adaptação do tradicional jogo de amarelinha para que as crianças cegas ou que enxerguem mal também possam brincar. Isso é obtido através de sinais sonoros produzidos eletronicamente (uma placa de circuito eletrônico reproduz um bip com sete tonalidades, do grave ao agudo). O jogo propriamente dito é feito de placas de compensado pintada em sete cores diferentes, com números arábicos feitos de lixa colado na superfície, além de números em braile de cabeça redonda fixados na placa. Na justificativa de voto, os jurados do prêmio salientaram que esse projeto estimula a integração entre portadores e não-portadores de deficiências. Qual é a criança com visão normal que não vai querer pisar num "tapete" que emite sons?
O projeto de Avelar Rosa ainda está no papel: os empresários brasileiros consultados por ele não se sensibilizaram com a idéia de produzir para o "diferente". Não é o que acontece em outros países, como os Estados Unidos. Em reportagem recente sobre design universal, a Business Week, a revista de negócios mais lida em todo o mundo, destacou a banheira Precedence. Atentos ao fato de que o banheiro é um dos locais onde mais acontecem acidentes dentro de uma casa, os designers da Kohler, de Wisconsin, projetaram uma banheira com porta. Nada mal: você entra, acomoda-se num assento dobrável e fecha a porta. Quando a banheira começa a se encher de água, censores inflam automaticamente para impedir vazamentos.
Outra inovação neste campo é o banheiro público Inax, projetado pelo GK Design, de Tóquio. O objetivo foi prover "espaço, conforto e fácil acesso por pessoas com bagagem, com crianças, usando bengalas, velhos, jovens, etc." Eles desenvolveram quatro modelos: para uso exclusivo feminino, masculino, ambos os sexos e para portadores de deficiências. Mas mesmo os modelos normais prevêem facilidade de utilização para pessoas com diferentes graus de dificuldades físicas e são o que eles chamam de "transgeracionais", ou seja, servem para diferentes idades. Os japoneses cunharam a expressão silver industry, agora usada no mundo todo, para designar a produção para pessoas com "cabelos prateados" (entre nós, brancos). Os estudos demográficos mostram um aumento da porcentagem de idosos na composição das populações.
A expectativa de vida de seus habitantes é um dos indicadores do grau de desenvolvimento de um país. E os países desenvolvidos estão atentos à necessidade de melhorar a auto-suficiência, mobilidade e qualidade de vida dos velhos. As indústrias também estão de olho no poder aquisitivo dos idosos, em geral superior ao dos jovens, por exemplo. Um dos lançamentos recentes para esse mercado é o Microcar Vessa, inglês, cuja propaganda é toda baseada na autonomia dos idosos. Mais fácil de guiar do que os automóveis normais, extremamente compacto e conversível, o Microcar pode ser usado sob chuva ou sol, no campo e na cidade inclusive em ambientes internos como os shoppings.
É claro que esse é um privilégio caro, para poucos, mas ele mostra o grau de sofisticação tecnológica que o design de produtos pode alcançar. Mesmo porque o tema do design universal é bem mais amplo chega à escala da arquitetura ou até do desenho das cidades.
Muita gente que viaja ao exterior volta com a impressão de que nos países desenvolvidos há mais deficientes que no Brasil. Ledo engano! E que lá eles saem mais, já que as ruas, os veículos de transporte coletivo, os edifícios públicos (museus. restaurantes. escolas) estão mais preparados para recebê-los. É o que diz o sociólogo mineiro Paulo Saturnino Figueiredo, que se surpreendeu ao ouvir nos Estados Unidos que cada dólar investido em projetos para portadores de deficiências gera 10 dólares de imposto. "É a visão capitalista inteligente, porque a pessoa passa a ser produtiva". Figueiredo usa prótese nas pernas e muletas, dá aulas na Universidade e tem uma vida social intensa, locomovendo-se em Belo Horizonte com sua Parati adaptada. Mas ele acha que teve mais mobilidade quando viveu em cidades européias do que no Brasil, porque aqui não se prevê a circulação de pessoas como ele. Apesar da vontade de sair mais para se divertir, muitas vezes ele fica em casa. Em restaurantes com piso liso e derrapante, ou ainda em desníveis, a única saída para ele se movimentar seria engatinhar. Mas isso seria muito constrangedor para os outros.
Várias prefeituras brasileiras, pressionadas por movimentos de portadores de deficiências, começam a seguir o exemplo do exterior. Nesse caso, acabam ganhando todos os cidadãos. Pisos rebaixados nas calçadas, por exemplo, permitem a circulação de cadeiras de rodas, mas também facilitam a vida das mães que empurram carrinho de bebê, ou de quem sai da feira com o carrinho abarrotado.

Para saber mais:
O gênio das aparências
(SUPER número 11, ano 4)

quinta-feira, 6 de janeiro de 2011

COMUNICAÇÃO ALTERNATIVA

O termo Comunicação Alternativa e Ampliada é utilizado para definir outras formas de comunicação como o uso de gestos, língua de sinais, expressões faciais, o uso de pranchas de alfabeto ou símbolos pictográficos, até o uso de sistemas sofisticados de computador com voz sintetizada (Glennen, 1997).
A comunicação é considerada alternativa quando o indivíduo não apresenta outra forma de comunicação e, considerada ampliada quando o indivíduo possui alguma comunicação, mas essa não é suficiente para suas trocas sociais.
No Brasil a CAA vem sendo traduzida de diferentes maneiras:
- Comunicação Alternativa e Aumentativa
- Comunicação Alternativa e Suplementar
- Comunicação Alternativa e Ampliada
Estaremos utilizando Comunicação

Alternativa e Ampliada, tradução utilizada pelo grupo de pesquisa da UERJ.
Para a American Speech-Language-Hearing Association (ASHA, 1991) um sistema de Comunicação Alternativa é "o uso integrado de componentes incluindo símbolos, recursos, estratégias e técnicas utilizadas pelos indivíduos a fim de complementar a comunicação" (apud Gill 1997, p. 34).

Símbolos


Os símbolos são as representações visuais, auditivas ou táteis de um conceito.
Na CAA utiliza-se vários símbolos como os objetos, a fala, os gestos, a linguagem de sinais, as fotografias, os desenhos e a escrita.
Há vários tipos de símbolos que são usados para representar mensagens. Eles podem ser divididos:
- Símbolos que não necessitam de recursos externos- o indivíduo utiliza apenas o seu corpo para se comunicar. São exemplos desse sistema os gestos, os sinais manuais, as vocalizações e as expressões faciais.
- Símbolos que necessitam de recursos externos- requerem instrumentos ou equipamentos além do corpo do usuário para produzir uma mensagem. Esses sistemas podem ser muito simples, ou de baixa tecnologia ou tecnologicamente complexos ou de alta tecnologia.

SÍMBOLOS GRÁFICOS

Há uma série de símbolos gráficos que foram desenvolvidos para facilitar a comunicação de pessoas com necessidades educativas especias:
- Picture Communication Symbols (PCS)
- Rebus Symbols
- Picsyms
- Pictogram Ideogram Communication Symbols (PIC) Blissyymbolics
- COMPIC
- Self Talk
- Pick 'N Stick
- Brady-Dobson Alternative Communication (B-DAC)
- Talking Pictures I, II e III
- Oakland Schools Picture Dictionary, entre outros.


RECURSOS DE BAIXA TECNOLOGIA:
- Objetos reais - Os objetos reais podem ser idênticos ao que estão representando ou similares, onde há variações quanto ao tamanho, cor ou outra característica.

- Miniaturas - Os objetos em miniatura precisam ser selecionados com cuidado para que possam ser utilizados como recursos de comunicação. Devem ser consideradas as possibilidades visuais e intelectuais dos indivíduos na sua utilização.

- Objetos parciais- Em situações onde os objetos a serem representados são muito grandes a utilização de parte do objeto pode ser muito apropriada.

- Fotografias - Fotos coloridas ou preto e branco podem ser utilizadas para representar objetos, pessoas, ações, lugares ou atividades. Nas escolas muitas vezes são utilizados recortes de revistas ou embalagem de produtos.

- Símbolos gráficos- Há uma série de símbolos gráficos que foram desenvolvidos para facilitar a comunicação de pessoas com necessidades educativas especias. Alguns deles são o Picture Communication Symbols (PCS), o Rebus Symbols, o Picsyms, o Pictogram Ideogram Communication Symbols (PIC), o Blissyymbolics, o COMPIC, o Self Talk, o Pick 'N Stick, o Brady-Dobson Alternative Communication (B-DAC), o Talking Pictures I, II e III, o Oakland Schools Picture Dictionary entre outros (Beukelman & Mirenda, 1995).

-Pranchas de comunicação - As pranchas de comunicação podem ser construídas utilizando-se objetos ou símbolos, letras, sílabas, palavras, frases ou números . As pranchas são personalizadas e devem considerar as possibilidades cognitivas, visuais e motoras de seu usuário. Essas pranchas podem estar soltas ou agrupadas em álbuns ou cadernos. O indivíduo vai olhar, apontar ou ter a informação apontada pelo parceiro de comunicação dependendo de sua condição motora.

- Eye-gaze - pranchas de apontar com os olhos que são confeccionadas em formato de ferradura ( "U" ao contrário) e que podem ser dispostas sobre a mesa ou apoiada em um suporte de acrílico ou plástico colocado na vertical. O indivíduo também pode apontar com o auxílio de uma lanterna com foco convergente, fixada ao lado de sua cabeça, iluminando a resposta desejada.


- Avental - é um avental confeccionado em tecido que facilita a fixação de símbolos ou letras com velcro, que é utilizado pelo parceiro. No seu avental o parceiro de comunicação prende as letras ou as palavras e a criança responde através do olhar.

- Comunicador em forma de relógio - o comunicador é um recurso que possibilita o indivíduo dar sua resposta com autonomia, mesmo quando ele apresenta uma dificuldade motora severa. Seu princípio é semelhante ao do relógio, só que é a pessoa que comanda o movimento do ponteiro apertando um botão .


RECURSOS DE ALTA TECNOLOGIA:
-
Comunicadores com voz gravada - são comunicadores onde as mensagens podem ser gravadas pelo parceiro de comunicação.
- Comunicadores com voz sintetizada - No comunicador com voz sintetizada o texto é transformado eletronicamente em voz.
- Computadores - Com o avanço da tecnologia têm surgido novos sistemas de CAA para as pessoas com necessidades especiais como o Comunique, o IntelliPics, o OverlayMaker, o ClickIt, o Boardmaker, entre outros.



Técnicas


As técnicas de seleção referem-se à forma pela qual o usuário escolhe os símbolos no seu sistema de comunicação.
É importante determinar a técnica de seleção mais eficiente para cada indivíduo. Um terapeuta ocupacional é geralmente um membro importante da equipe de avaliação. Deve ser determinado o posicionamento ideal da prancha e do usuário. A precisão, a taxa de fadiga e a velocidade são fatores a serem considerados (Johnson, 1998, p.14).
As técnicas de seleção são:
- Seleção direta - é o método mais rápido e pode ser feito através do apontar do dedo ou outra parte do corpo, com uma ponteira de cabeça ou com uma luz fixada à cabeça (Suárez, Aguilar, Rosell & Basil, 1998).
- Técnica de varredura- exige que o indivíduo tenha uma resposta voluntária consistente como piscar os olhos, balançar a cabeça, sorrir ou emitir um som para que possa sinalizar sua resposta. Nos recursos de baixa tecnologia o usuário vai necessitar de um facilitador para apontar os símbolos. Os métodos de varredura podem ser linear, circular, de linhas e colunas ou grupos.
- Técnica da codificação- permite a ampliação de significados a partir de um número limitado de símbolos e o aumento da velocidade. É uma técnica bastante eficiente para usuários com dificuldades motoras graves, mas exige um maior grau de abstração

Estratégias


As estratégias referem-se ao modo como os recursos da comunicação alternativa são utilizados. Por exemplo:
Adaptação do livro de história
- Letras maiúsculas ampliadas
- A associação de brinquedos ao conteúdo do livro como os bichinhos da história
-
- A construção de pranchas de comunicação relacionadas com a história


Tecnologia Assistiva

A tecnologia , e mais especificamente a tecnologia assistiva não é uma descoberta recente do homem. As pessoas nas mais diferentes culturas através da história criaram adaptações e utilizaram ferramentas especiais e, equipamentos para ajudar as pessoas com necessidades especiais em suas sociedades (King, 1999).
A Tecnologia Assistiva engloba áreas como:
- Comunicação Alternativa e Ampliada
- Adaptações de acesso ao computador
- Equipamentos de auxílio para visão e audição
- controle do meio ambiente
- Adaptação de jogos e brincadeiras
- Adaptações da postura sentada
- Mobilidade alternativa
- Próteses e a integração dessa tecnologia nos diferentes ambientes como a casa, a escola, a comunidade e o local de trabalho.

Muitos profissionais podem estar envolvidos no trabalho da tecnologia assistiva como engenheiros, educadores, terapeutas ocupacionais, protéticos, fonoaudiólogos, fisioterapeutas, oftalmologistas, enfermeiras, assistentes sociais, especialistas em audição, entre outras áreas.

O terapeuta ocupacional no trabalho da tecnologia assistiva tem um papel central nas discussões sobre as diferentes formas de acesso, na integração das funções sensoriais e motoras, no desenvolvimento da funcionalidade dos membros superiores e outras partes do corpo para o controle do meio ambiente e na aquisição da independência nas atividades de vida diária, na avaliação e adaptação da postura sentada e outras posturas para a realização das atividades diárias (King, 1999).

Para atender às necessidades de cada cliente, no trabalho com a tecnologia assistiva, é função do terapeuta ocupacional conhecer e analisar os recursos existentes e determinar quais os dispositivos que melhor se aplicam às diferentes situações do dia a dia. Cada recurso deve ser vivenciado pelo terapeuta ocupacional e incorporado à sua prática com os usuários da tecnologia assistiva.

Computador

As formas de acesso ao computador podem ser divididas em quatro grupos:

1. Crianças que não precisam de recursos especiais: são as crianças que apresentam alguma dificuldade de acesso mas não o suficiente para necessitar de adaptações.
2. Crianças que necessitam de adaptações em seu próprio corpo: são as crianças que se beneficiam de órteses colocadas nas mãos ou dedos que facilitam o teclar. Algumas necessitam de pulseira de peso para diminuir a incoordenação e outras de faixas para restringir o movimento dos braços. A indicação desses recursos deve ser feita por um terapeuta ocupacional. Essas crianças vão utilizar o computador sem modificações.
3. Crianças que necessitam de adaptação do próprio computador: são as crianças para as quais a introdução de recursos no próprio corpo não são suficientes ou não são eficazes.

ADAPTAÇÕES:
Colmeia de acrílico-
colmeia é uma placa confeccionada de acrílico transparente onde são feitos furos do tamanho das teclas. A função dos furos é facilitar o acesso da criança ao teclado sem que ela aperte todas as teclas ao mesmo tempo. Esse recurso é também utilizado para o teclado da máquina elétrica.
Teclados alternativos - Os teclados alternativos podem ser reduzidos ou ampliados. O teclado expandido possui letras maiores, em alto contraste e com menor número de informações na prancha. O teclado reduzido é utilizado quando a pessoa tem boa coordenação, mas pequena amplitude de movimento.
Teclado sensível
- O teclado sensível é uma prancha que pode ser programada em zonas de tamanhos variáveis. Funciona associado a um programa que realiza a programação do número de informações, local de pressão e que pode estar ou não associado a um sintetizador de voz.
Mouse adaptado - existem vários modelos: mouse com 5 botões, cada um deles faz o cursor andar para uma direção e o último é o do click ou double click; mouse cujo movimento do cursor acontece através de rolos; mouse em formato de caneta, entre outros.
Tela sensível ao toque-
onde a criança com o dedo na tela comanda o cursor do mouse.
4. Crianças que necessitam de programas especiais: as crianças que necessitam de programas especiais são aquelas que vão interagir com o computador com o auxílio de acionadores externos, por não serem capazes de utilizar o teclado e o mouse, mesmo adaptados.

Um exemplo de programa especial criado no Brasil para trabalhar a CAA é o Software Comunique.
- Software Comunique
O Comunique é um software de comunicação que tem como objetivo desenvolver a comunicação alternativa oral e escrita de crianças com problemas motores. Foi desenvolvido pela terapeuta ocupacional Miryam Pelosi e vem sendo distribuído gratuitamente pelo Centro de Terapia Ocupacional do Rio de Janeiro.
velocidade. O software permite diferentes possibilidades de acesso através do uso dos periféricos do próprio computador como o teclado, mouse, joystick ou através de recursos mais sofisticados como a tela sensível ao toque ou acionadores externos de pressão, tração, sopro, voz, entre outros.
Apresenta possibilidades de ajuste quanto ao número de informações na tela que podem variar de 1 a 64 células; o tamanho e tipo de letras e o contraste utilizado. Os símbolos podem estar organizados em uma mesma tela ou em telas encadeadas e há cinco diferentes maneiras de escaneamento.

quarta-feira, 5 de janeiro de 2011

Como utilizar a tecnologia sem que ele se torne um vício?

Fontes: Globo.com

O Mais Você dessa quarta-feira, 5 de janeiro, falou sobre a mania das pessoas que ficam falando no celular, checando e-mails ou mandando torpedos enquanto fazem outras coisas. São celulares, smartphones, tablets, notebooks, netbooks... Tanta parafernália na mão que tem hora que fica difícil conversar com as pessoas. Não dá pra negar que é maravilhoso ter acesso a tudo isso. São várias ferramentas tecnológicas que nos deixam conectados o tempo todo com o mundo, mas tem gente que já não consegue mais viver sem tudo isso. Aí isso pode ser um problema...

Mas afinal o que a gente tem que fazer pra conviver com tudo o que a tecnologia oferece de melhor e não ser prejudicado por ela? Para falar sobre o assunto, Ana Maria conversou com o psicólogo e professor Rafael Zaremba, que está preparando uma tese de doutorado justamente sobre esse tema.


Segundo Rafael, o homem atual está exposto a um número excessivo de estímulos e está lutando, e sofrendo, para dar conta de todos eles. Para ele, a humanidade já viveu situações parecidas em outros momentos da história, como durante a revolução industrial. “Traçar um paralelo com outros momentos pode ser importante para lançarmos alguma luz sobre o fenômeno que estamos acompanhando agora e para tentarmos projetar algo para o futuro”, explicou.

Outro ponto que o professor julgou relevante é a mudança na noção de tempo e espaço e a total queda de fronteiras que percebemos hoje em dia.
Mais Você

terça-feira, 4 de janeiro de 2011

Instituições avaliam projetos durante Semana Global de Empreendedorismo

Alunos podem observar o espaço em tempo real pela internet



por Moreno Bastos20

DivulgaçãoObservatório da Universidade Estadual de Ponta GrossaImagine-se sentado na frente de um simples computador observando, de perto, a Lua, estrelas, cometas ou até mesmo outros planetas. E tudo em tempo real. É isso que faz o projeto Telescópios na Escola (TnE), criado pela Fundação Vitae e voltado para estudantes do ensino fundamental ao superior. Sob a coordenação do Instituto de Astronomia, Geofísica e Ciências Atmosféricas da USP (Universidade de São Paulo), fazem parte da iniciativa sete instituições acadêmicas ao redor do país, entre elas as Universidades Federais do Rio de Janeiro e de Santa Catarina.

O grande diferencial do projeto é aproximar os estudantes da astronomia. O que parece difícil e inatingível fica ao alcance dos olhos e das mãos: a interação entre alunos e o espaço é feita por meio de modernos telescópios robóticos instalados nos observatórios das instituições envolvidas. Os aparelhos são conectados à internet, tornando a sala de aula um observatório virtual. Pela web, os próprios alunos podem movimentar o aparelho, sem que necessite de conhecimento prévio de astronomia. “Também mantemos uma equipe nos observatórios para ajudar as escolas com informações e auxiliando nas observações”, afirma Laerte Sodré, coordenador do TnE e professor do Instituto Astronômico.

Além de possibilitar a observação do espaço a distância e em tempo real, o TnE possui uma série de atividades montadas para as instituições participantes. Em cada atividade, um pedaço da imensidão espacial para ser desvendado. O estudo das crateras lunares, o brilho e a cor das estrelas, as galáxias e os asteróides são alguns exemplos. Os projetos e o material didático podem ser acessados gratuitamente na página do projeto. O tempo de observação varia conforme a atividade escolhida. “Na atividade ‘Uma Viagem pelo Céu’, por exemplo, os observadores selecionam objetos como estrelas duplas, nebulosas, galáxias etc. Isso pode ser feito em uma única noite. Outros podem durar meses”, explica Sodré. Neste caso, para viabilizar o projeto, estão sendo criados bancos de dados com observações anteriores.

Interdisciplinaridade€

Mas ficar no mundo da lua não significa estar distante das outras disciplinas escolares. No projeto Telescópios na Escola, a astronomia torna-se uma atividade interdisciplinar. “Com ela, aprende-se conceitos de física, matemática, química, geologia, geografia, enfim, são ligadas várias áreas do conhecimento. E o mais interessante é ver a aplicação dos conceitos, pois muitas vezes os alunos aprendem na escola, mas não conseguem ver uma utilidade para eles”, afirma Maria Clara Amon, professora de física no ensino médio da Escola Estadual Patriarca da Independência, em Vinhedo.

Segundo ela, que organiza atividades com seus alunos no TnE desde 2008, a participação dos jovens é positiva, já que desperta a curiosidade por novas áreas de conhecimento. Maria Clara também descreve a reação dos alunos nos primeiros contatos com o observatório virtual. “Eles ficam muito surpresos de ver que é possível controlar um telescópio remotamente, usando somente a internet na própria escola”, afirma a professora, que promove aulas teóricas e práticas semanais para ajudar nas observações feitas durante o ano. Em 2008, seis de seus alunos participaram do programa de pré-iniciação científica da USP na área de astronomia.

Saiba como participar

Escolas interessadas em participar do projeto pedagógico Telescópios na Escola (TnE) devem acessar o site do projeto http://telescopiosnaescola.pro.br/ e preencher o formulário para agendamento. Assim que este agendamento é efetivado, o professor responsável recebe um nome de usuário e uma senha, com os quais poderá acessar e comandar o telescópio na data e horário agendados, via internet, a partir da própria escola. Não é preciso conhecimento prévio de astronomia. Caso seja necessário, uma equipe do TnE dará suporte para a exploração das observações.


Saiba mais
Plataforma permite criar escola virtual

Redes Sociais Virtuais: um Espaço para Efetivação da Aprendizagem Cooperativa

Vamos poetizar?!

"Deus costuma usar a solidão Às vezes, usa a raiva para que possamos compreender o infinito valor da paz. Outras vezes usa o tédio, quando quer nos mostrar a importância da aventura e do abandono. Deus costuma usar o silêncio para nos ensinar sobre a responsabilidade do que dizemos. Às vezes usa o cansaço, para que possamos compreender o valor do despertar. Outras vezes usa a doença, quando quer nos mostrar a importância da saúde. Deus costuma usar o fogo, para nos ensinar a andar sobre a água. Às vezes, usa a terra, para que possamos compreender o valor do ar. Outras vezes usa a morte, quando quer nos mostrar a importância da vida. -
Fernando Pessoa

Acessibilidade web-Custo ou Beneficio?

Leda Lucia,cega,psicóloga :
“ Eu adoro a Internet,porque posso comunicar com as pessoas posso ler jornais,revistas ,faço uma série de coisas sem sair de casa,pagamentos,compras e transações bancarias,compras.Eu uso a internet para comunicar com outros profissionais,discussão,pesquisa,importante para manter atualizado na sua área ,,principalmente no meu caso que sou cega que sem a internet seria muito difícil a autonomia e a independência que eu tenho...''

Acessibilidade web: Custo ou benefício (Parte 1)

Acessibilidade web: Custo ou benefício (Parte 2)

segunda-feira, 3 de janeiro de 2011

Deficiente física volta a andar com ajuda de 'armadura'

Amanda atua como espécie de piloto de testes de um exoesqueleto criado por engenheiros da Berkeley Bionics para as Forças Armadas Americanas. Com ele, soldados conseguem levantar objetos de 90 quilos.

Imagine o que é sofrer um acidente e passar 18 anos em uma cadeira de rodas, sem poder andar. E, de repente, essa pessoa sai andando. Não é milagre. É o progresso da medicina que fez Amanda Boxter caminhar.

Foi um dia muito mais colorido do que qualquer um de nós poderia imaginar. Quando Amanda e o cachorro Tucker percorreram o último trecho de calçada no caminho até o laboratório foram atrás de uma expectativa que parecia perdida 18 anos atrás, desde que Amanda sofreu um acidente de esqui em uma montanha nevada. Ela sentiu uma corrente elétrica como um choque descendo pelo corpo e nunca mais mexeu nada da cintura para baixo.

"Quando eu perdi os movimentos das pernas, um médico veio até meu quarto no hospital e disse que eu jamais voltaria a andar. Tirou toda a esperança que existia dentro de mim", conta Amanda Boxtel.


As palavras do médico ainda latejavam na cabeça de Amanda naquela quinta-feira, até quando ela já estava ali, diante do equipamento que prometia o que talvez não fosse mais impossível, mas ainda era muito improvável. Como ela poderia andar, se quase a metade da vida foi na cadeira de rodas?

Amanda confia muito nos engenheiros da Berkeley Bionics, porque acompanha a pesquisa desde os primeiros testes. Dentro do instituto, ela viu o exoesqueleto que eles fizeram para as Forças Armadas Americanas. Com ele, soldados conseguem levantar objetos de 90 quilos como se fossem plumas, e seres humanos correm por horas e horas, incansáveis, como se fossem robôs.

Assim, a mulher que continuou atleta até mesmo depois da cadeira de rodas virou uma espécie de piloto de testes, sempre sob o olhar atento do cachorro. "Queremos que as pessoas se levantem e andem o mais rapidamente possível", disse Eythor Bender.

Quando Amanda abandona a cadeira de rodas, começa a vestir uma tecnologia que, segundo os criadores, mistura robótica e inteligência artificial. Nas costas, está um computador de última geração, ligado a sensores que são colocados nos pés, nos joelhos e na cintura, para captar a intenção de Amanda.

“A máquina não decide sozinha”, explica o engenheiro de computação John Fogelin. "Mas, uma vez que você sinaliza que está pronto para dar o passo, você tem um computador com inteligência artificial para completar aquele movimento".

Os assistentes fazem os últimos ajustes e se certificam de que o equipamento está bem preso ao corpo da paciente. Depois de um clique no botão, chega o grande momento.

Amanda surpreende e levanta de primeira. Em seguida, testa o equilíbrio do corpo em busca de firmeza e segurança. Ela precisa de muletas. Afinal, é preciso lembrar que ela não tem nenhuma força nas pernas.

Assim que a mente de Amanda diz ao corpo que gostaria de andar, a região em volta da cintura, a última parte que ainda responde ao cérebro, transmite essa mesma ordem ao computador. Isso acontece porque os sensores traduzem os mínimos movimentos de Amanda, e a máquina diz ao robô pra andar na direção exata em que ela tentou se mexer.

Enfim, depois de 18 anos de espera, qual é o sentimento de Amanda? "Você consegue imaginar: ficar paraplégico, sempre sonhar com isso e, de repente, não ter mais que sonhar? Essa é a minha realidade", destaca a americana.

Amanda faz questão de ressaltar que está caminhando e ao mesmo tempo conversando com o repórter, sem se cansar. Ela também não sente o peso do equipamento, porque ele é feito para se sustentar por conta própria. São baterias potentes que, supostamente, aguentam um dia inteiro de caminhada.

Ainda que pareça simples, do ponto de vista tecnológico, é algo complicadíssimo. "Quanto mais você estuda o ato de andar, mais você percebe como é um modelo mecânico complexo. É um ato contínuo de cair e retomar o equilíbrio, o que é muito complicado de reproduzir em um computador", ressalta o engenheiro John Fogelin.

Mas, agora que robótica avançou muito, o software está perfeitamente afinado, e a máquina navega com perfeição. Amanda Boxter se aventura calmamente pelo laboratório.

Na cadeira de rodas desde os 24 anos e agora, aos 43, depois de fazer o que nem o médico mais otimista poderia imaginar, ela fala outra vez em esperança.

"Não existe mais razão para não sonhar. Isso está acontecendo neste momento. A percepção dos médicos sobre o futuro de paciente com paralisia mudou, seja por meio de tratamentos com células-tronco ou com a tecnologia robótica. Agora dá para dizer: 'você vai se levantar e caminhar'. E eu estou fazendo isso, desafiando todas as probabilidades", afirma Amanda.

Por fim, Amanda faz questão de exibir a conquista ao companheiro Tucker. E o dia termina com um convite inesperado para ele: vamos caminhar?

domingo, 2 de janeiro de 2011

Ano noo!!


"Que as realizações alcançadas este ano, sejam apenas sementes plantadas, que serão colhidas com maior sucesso no ano vindouro." (Autor desconhecido)

sábado, 1 de janeiro de 2011

Amor de mãe




Já fazia algum tempo que minha mãe e eu estávamos na casa de praia da família. Logo após o falecimento do meu pai. Nós duas dávamos muito bem, íamos á praia duas vezes ao dia . Após almoçarmos ,arrumarmos a cozinha , íamos deitar ou então ficávamos inventado poesias na mesa da cozinha.Um exemplo destes e lembro-me até hoje, talvez assim:



“ Ele é lindo, nós o amamos muito!
Adoramos estar em sua companhia.
É forte enfim , quando este me toca,
e eu fico todinha, arrepiada!´’




Pasmem! O que pensaram que fosse?Não.Me referia ao todo poderoso REI-MAR,este que leva todas as mazelas embora,que traz também a Boa Nova,que refresca,apazigua nossos pensamentos ,lugar este sagrado ,onde sinto-me livre,onde meu corpo e minha alma sentem-se bem,fico plena e vejo quantos que ali vão num dia tão importante na passagem de ano.Muitos poetas já se inspiraram nas grandes águas ,cito aqui “O Homem e o Mar” de Charles Baudelaire.
”Homem livre, o oceano é um espelho fulgente
Que tu sempre hás-de amar. No seu dorso agitado,
Como em puro cristal, contemplas, retratado,
Teu íntimo sentir, teu coração ardente.”




O Mar surge como símbolo da dinâmica da vida. Tudo vem dele e tudo a ele regressa. É o espaço da vida, das transformações e da morte,da liberdade,da paz que necessitamos.
É essa busca que faço quando estou morando no litoral e percebo em cada rosto que vejo na noite do dia 1 de janeiro a necessidade de VIDA NOVA .Deixar para traz as magóas,as más lembranças e deixar fluir NOVAS ENERGIAS.
Caro leitor esta é a mensagem que eu deixo para vocês nesta passagem do ano de 2. 011!!!