terça-feira, 4 de dezembro de 2012

Superação - Tema: A atriz e modelo Tabata Contri - Bloco 1 - 03.12.12 - TV Mundi


Dilma é vaiada ao falar 'portador de deficiência' durante conferência


Depois, presidente corrigiu e disse 'pessoas com deficiência' e foi aplaudida.
Dilma também ouviu protestos do Fórum Nacional de Educação Inclusiva.



A presidente Dilma Rousseff foi vaiada nesta terça (4) ao chamar pessoas com deficiência de “portadores de deficiência" durante a 3ª Conferência Nacional dos Direitos da Pessoa com Deficiência, em Brasília.
Dilma falava sobre duas visitas recentes que fez à Rede Sarah de hospitais de reabilitação, uma em Brasília, há duas semanas, e outra em São Luís (MA), nesta segunda-feira (3). Ela afirmava que a fisioterapia torna o processo de recuperação menos doloroso e destacava o uso de alta tecnologia no tratamento quando chamou as pessoas com deficiência de "portadores".

"Eu fiquei muito impressionada como a tecnologia pode nos ajudar a dar condições melhores de vida, melhores oportunidades para portadores de deficiência", disse, para logo em seguida ser vaiada por parte da plateia. "Desculpa, desculpa... pessoas com deficiência. Não, eu entendo que vocês tenham esse problema, porque portador não é muito humano, não é? E pessoa é, então é um outro tratamento", se retratou a presidente, sendo aplaudida em seguida.
A presidente Dilma Rousseff se desculpa ao ser vaiada por chamar pessoas com deficiência de 'portadores', durante a 3ª Conferência Nacional dos Direitos da Pessoa com Deficiência, em Brasília. Depois, presidente corrigiu e disse 'pessoas com deficiência'. (Foto: Pedro Ladeira/Frame/Folhapress)A presidente Dilma Rousseff se desculpa ao ser vaiada por chamar pessoas com deficiência de 'portadores', durante a 3ª Conferência Nacional dos Direitos da Pessoa com Deficiência, em Brasília. Depois, presidente corrigiu e disse 'pessoas com deficiência'. (Foto: Pedro Ladeira/Frame/Folhapress)
Durante seu discurso, Dilma ouviu protestos do Fórum Nacional de Educação Inclusiva. "Dilma, cadê você? Educação inclusiva para valer", gritaram alguns integrantes do fórum que carregavam uma faixa com a frase: "Educação inclusiva é respeito à Constituição".

A presidente respondeu: "Nós somos a favor de educação inclusiva para valer. Somos também a favor das instituições especiais. Uma coisa não exclui a outra". Nesse momento, a plateia a aplaudiu bastante e entoou: "Olê, olê, olê, olá. Dilma, Dilma".
Dilma é vaiada ao falar 'portador de deficiência' (Foto: Priscila Mendes, do G1 em Brasília)Após se retratar, Dilma foi aplaudida em conferência sobre pessoas com deficiência; presidente ressaltou importância de dar condições iguais e em diversidade (Foto: Priscila Mendes, do G1 em Brasília)
A presidente afirmou que seu governo procura promover a efetiva participação da sociedade nas discussões. "A participação popular é para isso. É para conferir se está tudo nos conformes".

Dilma afirmou ainda que "um país que não dá oportunidades iguais a pessoas com deficiência não é um país nem civilizado nem desenvolvido".
"As pessoas com deficiência têm um extraordinário potencial. Precisamos nos preparar para oferecer oportunidades iguais a todos os nossos cidadãos, e para lidar cada vez mais com a diversidade, saber conviver com o diverso, até porque o nosso país é um país baseado na diversidade", disse durante o evento.
A presidente destacou ações do programa do governo federal Viver sem Limites. Lançado há quase um ano, o plano visa investir R$ 7,6 bilhões nas áreas de saúde, educação, acessibilidade e trabalho a pessoas com deficiência, segundo informou a presidente.
"Nós sabemos que as pessoas são diferentes umas das outras, mas as oportunidades têm que ser as mesmas. E para se ter oportunidades, as condições têm que estar adequadas", afirmou.
De acordo com Dilma, até março do no que vem serão entregues 741 veículos adaptados para o transporte público escolar e 13,5 mil escolas receberão equipamentos com recursos multifuncionais. Além disso, o governo prevê construir 170 mil moradias adaptáveis para a população de baixa renda por meio do programa de financiamento Minha Casa, Minha Vida.
"Ninguém pode achar que governa sozinho, ninguém. Nós precisamos de parcerias com os estados, precisamos de parceiras de com os municípios, com as empresas, com os diferentes grupos sociais e, sobretudo, precisamos de parcerias com vocês”, disse Dilma.

G1

Dilma é vaiada após gafe sobre pessoas com deficiência.








A presidente Dilma Rousseff defendeu nesta terça-feira que o país precisa se preparar para lidar com a diversidade entre a população, além de oferecer oportunidades iguais para todos os cidadãos. A afirmação foi feita durante a 3ª Conferência Nacional dos Direitos da Pessoa com Deficiência, em Brasília, onde a presidente foi vaiada por utilizar termo considerado preconceituoso. Durante o discurso, a presidente usou o termo "portador de deficiência", o que provocou reação do público. A presidente logo se desculpou e se dirigiu às "pessoas com deficiência". "Portador não é muito humano, né? Pessoa é", disse

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Dia 24 de novembro de 2012
Associação Franciscana de Educação ao Cidadão Especial - AFECE

Palestra para os profissionais que atuam diretamente no atendimento a deficientes intelectuais.

Saiba mais sobre a AFECE: http://www.afece.org.br/index.php

As instituições de âmbito geral sejam elas educacionais,politicas, sociais,públicas ,privadas e demais deviam iniciar esse processo de consciencia inclusiva .Um grupo coeso,sério,com objetivos definidos terão amadureciento e profissionalismo.
TODOS CRESCEM,TODOS FORTALECEM NAS DIFICULDADES QUANDO SOMAMOS!!!!

Dilma participa de conferência e fala sobre importância de criar oportunidades para brasileiros com deficiência


Após a abertura no Dia Internacional da Pessoa com Deficiência, a III Conferência Nacional dos Direitos da Pessoa com Deficiência, em Brasília, deu início às discussões na manhã desta terça-feira com um pronunciamento de Dilma Rouseff. A presidente foi bastante aplaudida ao falar sobre a necessidade de gerar oportunidades para as pessoas com deficiência. "Nós sabemos que as pessoas são diferentes umas das outras, mas as oportunidades têm que ser as mesmas".
A presidente destacou também o investimento de 7 bilhões de reais no Plano Viver Sem Limites, que realiza ações com o apoio de diversos ministérios para garantir cidadania e autonomia para os brasileiros com deficiência, promovendo igualdade e o direito à prática de esportes.
Ao responder à manifestação de parte do público, Dilma foi aplaudida novamente ao reafirmar a importância da educação inclusiva. “Somos a favor da educação inclusiva. O que não exclui o esforço das escolas especiais. Uma coisa não exclui a outra. Precisamos garantir oportunidades iguais”. 
Movimento Down participa de debate sobre mulheres com deficiência
Ainda nesta terça-feira, teve início o painel "Políticas Públicas e Mulheres com Deficiência", que contou com a participação do Movimento Down. A mesa, coordenada pela Secretaria de Política das Mulheres, contou com discussões sobre o acesso a exames e consultas médicas com acessibilidade, a vulnerabilidade das mulheres com deficiência diante da violência dentro e fora de casa e o direito à sexualidade. Debora Mascarenhas, que atua na coordenação do Movimento Down, falou sobre a situação das mulheres com deficiência intelectual, que frequentemente não recebem educação sexual e são esterilizadas e/ou tomam remédios para evitar a menstruação sem que sejam consultadas.
Com o tema  “Um olhar através da Convenção sobre os Direitos da Pessoa com Deficiência, da ONU: novas perspectivas e desafios”,  a III Conferência Nacional dos Direitos da Pessoa com Deficiência tem o objetivo de mobilizar o desenvolvimento de políticas públicas efetivas para esta parcela da população. O evento será realizado até o dia 06/12 (quinta-feira).
Crédito da foto: Wilsom Dias/ Agência Brasil

Pesquisador desenvolve braço artificial controlado pelo pensamento


Veja


Pacientes amputados devem começar a receber implantes no começo de 2013

mão artificial
O pesquisador Max Ortiz Catalan, que desenvolveu  a mão artificial, demonstra seu funcionamento. Os eletrodos implantados por cima de sua pele captam os sinais dos neurônios e os envia até a prótese (Oscar Mattsson/Divulgação)
Uma equipe de pesquisadores da Universidade de Tecnologia Chalmers, na Suécia, está desenvolvendo um braço artificial que pode ser controlado pelo pensamento dos pacientes. "Nossa tecnologia vai ajudar indivíduos amputados a controlar o braço artificial de modo muito parecido ao que controlaria seu braço biológico", diz Max Ortiz Catalan, estudante de doutorado na universidade e coordenador do projeto. O pesquisador pretende implantar a tecnologia nos primeiros pacientes no começo de 2013.
Desde os anos 60, existem próteses controladas por impulsos elétricos dos músculos. No entanto, essa tecnologia ainda é muito limitada, e as próteses são difíceis de controlar. "Todos os movimentos devem ser pré-programados. É como dirigir uma Ferrari sem um volante. Por causa disso, nós estamos desenvolvendo uma nova interface com o corpo humano, usando sistemas de controle naturais e intuitivos", diz Max Ortiz Catalan.
Os pesquisadores desenvolveram uma mão robótica capaz de imitar os movimentos reais, com motores no pulso e em cada dedo, permitindo controlar cada um deles de modo independente. Para implantar o braço no corpo do paciente, será utilizada uma tecnologia conhecida como osseointegração, que liga a prótese ao osso por meio de uma superfície de titânio. Como o titânio não é rejeitado pelo corpo, a prótese fica diretamente ancorada ao esqueleto do indivíduo. A partir daí, é necessário captar e traduzir os sinais emitidos pelo cérebro do paciente.
Integrum
implante
O braço artificial será controlado pelo cérebro do paciente. Ao pensar no movimento, seus neurônios vão transmitir sinais elétricos para os eletrodos, que controlam o implante
Controlado pelo pensamento — No atual estágio da pesquisa, os cientistas obtêm os sinais elétricos emitidos pelos neurônios dos pacientes por meio de eletrodos colocados por cima de sua pele. Esses sinais são decodificados por algoritmos desenvolvidos pelos pesquisadores e controlam os movimentos da mão artificial.  "Muitos dos pacientes nos quais testamos a tecnologia são amputados há mais de dez anos e nunca mais haviam pensado em mover suas mãos. Mas nós colocamos os eletrodos em seus braços e, em poucos minutos, eles foram capazes de controlar os braços artificiais de modo que não imaginavam ser possível", diz Catalan.

Os pesquisadores dizem que, no entanto, implantar os eletrodos por cima da pele traz uma série de problemas. Os sinais captados pela tecnologia mudam conforme a pele se move, uma vez que os eletrodos mudam de posição. Além disso, o sinal elétrico também é alterado pelo suor do indivíduo. Por isso, os cientistas planejam implantar os eletrodos dentro do braço dos pacientes, diretamente nos nervos e músculos restantes. Desse modo, eles estarão mais próximos da fonte do sinal e protegidos pelo corpo, gerando sinais muito mais estáveis.

Nas próteses existentes no mercado, os amputados usam somente sinais visuais ou auditivos para controlar os braços artificias. Isso significa, por exemplo, que ele precisa olhar ou ouvir os motores da prótese para estimar a força que será aplicada para pegar um objeto e movê-lo. Os pesquisadores esperam que, com o novo método, os pacientes possam receber as respostas de seus movimentos a partir dos próprios eletrodos implantados em seu braço. Eles estimulariam os neurônios, que levariam os sinais até o cérebro do paciente, de modo muito parecido com o que acontece naturalmente.
Segundo Max Ortiz Catalan, a tecnologia deve começar a ser implantada em pacientes amputados no começo de 2013. "Ao testar o método em poucos pacientes, nós podemos mostrar que ele realmente funciona, e desenvolver ainda mais a tecnologia. Pretendemos que ele se torne uma realidade para muitas pessoas. Nós queremos deixar o laboratório e nos tornar parte da vida dos pacientes", afirma o pesquisador.

Homem biônico

Projetos de membros artificiais e interfaces eletrônicas que prometem substituir partes do corpo afetadas por doenças ou ferimentos

Estudante com síndrome de Down é a 1ª do Brasil a se matricular em um curso de direito


estudante mineira sorri com um livro nas mãos em frente a uma tela de computador
“As pessoas me olham de um jeito estranho, como se eu fosse diferente”, percebe Aline. A professora se admirou quando, ainda criança, ela foi a primeira a aprender a ler em uma turma de escola regular. Muita gente se espanta ao descobrir que a moça acorda antes de o sol nascer e, sozinha, pega dois ônibus para chegar ao trabalho. Quem a conhece, porém, não se surpreende ao saber que ela quer estudar para ser advogada. Aos 25 anos, Aline Hélio Figueiredo Terrinha é a primeira pessoa com síndrome de Down a se matricular em um curso de direito no Brasil.
Até hoje, apenas 20 pessoas com a síndrome, classificada como doença pela Organização Mundial da Saúde (OMS), ingressaram no ensino superior no país, segundo levantamento da Federação Brasileira das Associações de Síndrome de Down (Febasd). Os cursos mais procurados foram educação física (quatro estudantes) e pedagogia (três). O Rio Grande do Sul é o estado campeão em número de universitários (quatro), seguido por São Paulo (três). Aline será a 21ª da lista, a primeira mineira. “Direito é um curso mais exigente, o estudante tem que ler muito. Ficamos felizes com a iniciativa da Aline”, diz a presidente da Febasd, Maria de Lourdes Marques Lima.
Em seu primeiro vestibular, Aline foi aprovada para ingressar em uma faculdade particular em Belo Horizonte. As aulas começam em 1º de fevereiro de 2013. No entanto, a moça não conseguiria pagar a mensalidade de R$ 650. “É quase meu salário”, explica. Ela tentará obter uma bolsa pelo Fundo de Financiamento ao Estudante do Ensino Superior (Fies), programa federal mantido pelo Ministério da Educação. Se tudo der certo, frequentará as aulas à noite, depois de sair do supermercado no qual é atendente de caixa. Ela precisaria abandonar o curso de auxiliar administrativo, iniciado em maio, pois passaria a ter poucas horas de sono, já que precisa acordar às 5h para chegar ao trabalho.
A moça mora com os pais e uma irmã em uma casa simples no Bairro Bela Vitória, Região Nordeste. Por volta das 5h40, pega o primeiro ônibus e desce no Centro, onde toma outro até o supermercado, no Bairro Funcionários, Região Centro-Sul. O expediente não tem horário exato para terminar, geralmente entre as 18h e as 19h. Por causa da rotina corrida, a mãe, Regina Figueiredo Terrinha, não queria que a filha estudasse à noite. “Pra ser sincera, sou contra. Fico com muito dó de ela trabalhar o dia todo e depois ainda ter aula. Vai ser uma maratona muito puxada. Mas ela é bem cabeça dura: quando quer, quer mesmo”, resigna-se a mulher, que tem 56 anos e é auxiliar de enfermagem. Aline está decidida: “Sei que é um curso difícil, mas se tiver força de vontade, perseverança, a gente consegue, na força de Deus”.
Caçula de quatro irmãos, Aline poderá ser primeira da família a ter diploma de nível superior. Ela nasceu em Montes Claros, no Norte de Minas, a 424 quilômetros da capital. Com 4,6 quilos e 56 centímetros, era maior do que costumam ser bebês com síndrome de Down. O diagnóstico da doença foi difícil. “Um pediatra chegou a dizer que ela não tinha Down”, lembra a mãe. Os cabelos, geralmente finos e lisos, são crespos em Aline. Com o tempo, porém, algumas das características típicas se tornaram evidentes, como os olhos com pálpebras oblíquas para cima e a face mais plana. Manifestou também outro traço habitual: um problema na visão. “O olho direito quase não enxergava. Ela fez uma cirurgia, mas, por causa de um erro médico, precisou retirar (o globo ocular)”, conta Regina. No lugar, implantou-se uma prótese de silicone.
Convivência com o preconceito
Todavia, não se notou em Aline um dos sintomas mais corriqueiros: o déficit de desenvolvimento intelectual. “Nunca a diferenciei dos outros filhos. Cuidei dela sem frescura. Nunca tive tempo de ficar paparicando ninguém; trabalhava demais”, conta a mãe. Matriculada em uma escola regular, ela foi a primeira da sala a aprender a ler. “A professora se surpreendeu. Até eu me surpreendi. Não era tão estudiosa, mas nunca levou bomba, sempre teve boas notas”, ressalta Regina. No histórico escolar, as melhores notas era alcançadas em história, português, filosofia e sociologia. Apesar do bom desempenho, sofria preconceito dos colegas. “Eles me tratavam mal, me humilhavam, falavam que eu tinha problema, que era feia, que era demônio. Ser rejeitado é ruim demais”, diz Aline.
Ela concluiu o ensino médio em 2005, chegou a fazer cursinho pré-vestibular, pensava em tentar entrar na Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG). “Mas não me preparei muito bem. Não estava muito interessada. Quis descansar um pouco a cabeça depois de tantos anos de escola”, explica. Em 2008, ela decidiu procurar um emprego. “Queria minha independência financeira, conhecer pessoas diferentes.” Indicada pelo Serviço de Proteção Social à Pessoa com Deficiência, mantido pela Secretaria Municipal Adjunta de Assistência Social de BH, Aline conseguiu uma vaga em um supermercado. Começou na salsicharia, embalando embutidos. Depois, tornou-se empacotado e, afinal, foi para o caixa.
No trabalho, apesar de a funcionária ser eficiente, o preconceito persiste. “Uma vez, uma cliente disse que eu era lerda, tinha problema, não podia trabalhar ali. Foi até reclamar com o gerente”, recorda. Sem querer se identificar, uma colega confirma a discriminação. Alguns clientes do supermercado, quando podem escolher, evitam usar o caixa da moça. “Mal sabem eles que a Aline, mesmo sendo especial, é a única entre as caixas com conhecimento e preparo suficiente para fazer uma faculdade”, diz a colega. Aline chegou a pensar em cursar medicina veterinária, mas acabou se decidindo pelo direito. “Quero advogar. Quando estiver bem fera na área, quero entrar na Promotoria de Justiça”, ambiciona.
Livros
Aline tem qualidades caras a um bom advogado. Expressa-se com segurança, tem cuidado ao escolher as palavras. No começo da conversa, ela parecia tímida, mas logo desandou a falar. “Essa fala mesmo, igual pobre na chuva”, brinca a mãe, rindo. Nas horas vagas, a filha gosta de ler, sobretudo livros de história. Atualmente, está lendo Cartas para Hitler, de Henrik Eberle, que reproduz a correspondência enviada ao ditador e narra, a partir dela, a ascensão e a queda do nazismo. Foi um dos cinco livros que ela ganhou de presente de um cliente do supermercado. Aline é fã dos enredos misteriosos de Agatha Christie e adora o romance Capitães da areia, de Jorge Amado. “A história me chamou a atenção. As crianças que viviam na rua eram humilhadas, tratadas pior do que bicho”, narra.
Outra paixão são as artes plásticas. Ela frequenta o Palácio das Artes, no Centro, cujos funcionários já a reconhecem. Nas últimas férias, em outra galeria, visitou a exposição Caravaggio e seus seguidores e se deliciou com as obras do pintor italiano. Também gosta muito de ouvir música sertaneja e de torcer pelo Atlético. Satisfeita, sorri ao descobrir que seria a primeira pessoa com síndrome de Down a cursar direito, mas enfatiza não querer provar nada: “Sei o que sou, não tenho que dar satisfação. Não sou diferente de ninguém”. A iniciativa de Aline deve “abrir caminhos”, avalia Maria de Lourdes, presidente da Febasd: “Ela serve de exemplo para toda a sociedade, que deve respeitar mais quem tem a síndrome. Queremos parabenizar Aline. Que ela desempenhe bem suas atividades e brilhe muito, para orgulho de todos nós”.
Por Tiago de Holanda

A Abracce terá noite do pastel



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Abertura da 3ª Conferência Nacional celebra conquistas das pessoas com deficiência


Com a presença de quase 2 mil pessoas, nesta segunda-feira (3) foi realizada a abertura da 3ª Conferência Nacional dos Direitos da Pessoa com Deficiência, em Brasília. A solenidade contou com a participação da ministra da Casa Civil, Gleisi Hoffmann, da ministra-chefe da Secretaria de Direitos Humanos da Presidência da República (SDH/PR), Maria do Rosário Nunes e autoridades do governo federal.
A ministra da SDH/PR reiterou o desafio do governo e da sociedade civil em construírem um futuro melhor para todas as pessoas com deficiência. “Essa é uma pauta da sociedade, e é uma das prioridades do governo. Vamos unidos percorrer cada desafio para alcançarmos juntos melhores condições de vida para cada uma das 45 milhões de pessoas com deficiência no Brasil”, disse. Em sua fala, a ministra Gleisi Hoffmann reiterou o compromisso com o tema nas atividades do governo federal.
Também participaram da solenidade a ministra do Desenvolvimento Social e Combate à Fome (MDS), Tereza Campello, o secretário Nacional dos Direitos da Pessoa com Deficiência (SNPD), Antonio José Ferreira, o presidente do Conselho Nacional dos Direitos da Pessoa com Deficiência (Conade), Moisés Bauer, a presidente da Comissão em Defesa dos Direitos da Pessoa com Deficiência e deputada federal, Rosinha da Adefal, além de representantes dos Ministérios da Saúde, da Educação, Políticas da Mulher, da Integração, da Ciência, Tecnologia e Inovação, Relações Exteriores e do Trabalho.
O secretário da SNPD, Antonio José Ferreira, convidou todos a liderarem o movimento para serem agentes de transformação nas comunidades. “Cada um de vocês e nós do governo nos tornamos nesta conferência mais uma vez líderes do movimento da pessoa com deficiência”. O presidente do Conade, Moisés Bauer, enfatizou a importância da conferência para os próximos quatro anos. “O único objetivo é mudar a vida de 45 milhões de pessoas com deficiência em nosso país. Vamos dialogar e encontrar caminhos para um futuro melhor”.
Na atividade, os ministérios assinaram a Portaria Interministerial que institui o protocolo de desastres para atenção à criança, idoso e pessoa com deficiência. O evento termina na próxima quinta-feira (6).
http://www.pessoacomdeficiencia.gov.br