quinta-feira, 3 de julho de 2014

POLÍTICAS PÚBLICAS NO BRASIL IGNORAM CRIANÇAS COM TDAH E COM TRANSTORNOS DE APRENDIZAGEM - See more at: http://www.tdah.org.br/br/textos/textos/item/412-tdah-pol%C3%ADticas-p%C3%BAblicas-educacionais-no-brasil-ignoram-crian%C3%A7as-com-tdah-e-com-transtornos-de-aprendizagem.html#sthash.yVF1Ktbi.dpuf

Escrito por 

Políticas públicas educacionais no Brasil ignoram crianças com transtornos do déficit de atenção e com transtornos de aprendizagem
 
Profa. Dra. Ana Luiza Navas
Professora Adjunta, Faculdade de Ciências Médicas da Santa Casa de SP
Membro Conselho Científico da Associação Brasileira do Déficit de Atenção
 
Os recentes resultados de estudantes do Brasil nas avaliações do desempenho em Português e Matemática causam sérias preocupações de especialistas de diversas áreas. Essa defasagem entre o desempenho esperado para a idade e escolaridade, e o desempenho observado tem origem em questões pedagógicas, socioculturais, ambientais entre outras. Considerar todos estes fatores, é sem dúvida, necessário para que ocorra uma mudança significativa neste quadro da Educação brasileira. Investir na formação de professores, melhorar as condições de trabalho e de remuneração dos educadores, bem como adotar práticas educacionais baseadas em evidências científicas são algumas das prioridades.
No entanto, ainda há um contingente de crianças e jovens que mesmo se estas condições educacionais fossem ideais, ainda assim, teriam dificuldades para acompanhar o processo de aprendizagem. Esse grupo de crianças corresponde de 4 a 6% da população escolar, meninos e meninas que têm Transtornos do Déficit de Atenção e Hiperatividade (TDAH) e/ou Transtornos Específicos de Aprendizagem (TEA). Os sinais destes transtornos são identificados na escola, mas não são restritos ao ambiente escolar. Essas crianças têm dificuldades nas funções cognitivas de atenção e memória, em alguns aspectos do desenvolvimento da linguagem, social e até emocional, e é na escola que estas dificuldades se tornam um problema maior.
A pesquisa científica no mundo inteiro, inclusive no Brasil demonstra sem ambiguidades que quanto mais cedo estes transtornos forem identificados por profissionais da saúde, melhor será o processo educacional, já que o professor que reconhece esta criança poderá usar recursos pedagógicos adequados para garantir o acesso às informações e conteúdo escolar (Elliot et al. 2007).
Desde a Declaração de Salamanca, em 1994, o Brasil tem avançado muito em suas Políticas de Educacionais na perspectiva da educação inclusiva, estabelecendo diretrizes e critérios para o acompanhamento de crianças com necessidades especiais, no ensino regular e complementação no Atendimento Educacional Especializado (Brasil, MEC, Política Nacional de Educação Especial na Perspectiva da Educação Inclusiva, 2007). A política atual destaca o apoio aos escolares com deficiências física, auditiva, visual, intelectual, transtorno global do desenvolvimento (distúrbio do espectro do autismo) e altas habilidades/superdotação (Brasil, MEC, CNE, Resolução CNE/CEB 4/2009). No entanto, o grupo de crianças com TDAH e/ou TEA não está contemplado nesta resolução que especifica o público alvo do Atendimento Educacional Especializado.
No mundo, há legislação específica para apoio educacional e garantia de diagnóstico por equipes multidisciplinares em mais de 150 países. Como exemplo, destaco as legislações no Reino Unido e Estados Unidos da America que enfatizam a importância da identificação precoce destes casos para intervir o mais rapidamente possível (Reino Unido, Special Educational Needs Code of Practice. 2001; Estados Unidos da America, The Individuals with Disabilities Education Act, IDEA, 2004).
Em 2010, o então Senador Gerson Camata apresentou um projeto de lei que dispõe sobre a necessidade do poder público garantir o diagnóstico e o apoio educacional das crianças e jovens com o Transtorno do Déficit de Atenção e Hiperatividade (TDAH) e Dislexia, um dos Transtornos Específicos de Aprendizagem. O projeto visa corrigir esta lacuna no Brasil, já que a ausência de reconhecimento da dislexia e do TDAH nas políticas educacionais, dificulta que uma família consiga apoio na escola, e que tenha acesso aos recursos didáticos adequados para melhorar a vida escolar de seu filho. A falta de diretrizes explícitas também faz com que muitos professores rotulem crianças sem o devido encaminhamento aos profissionais de saúde que devem fazer o diagnóstico correto. Há ainda aqueles professores que encaminham estas crianças para as salas do AEE, o que não está previsto pela resolução do Conselho Nacional de Educação.
Essas são as razões para que parte essencial deste projeto em relação à Educação seja a proposta de que os sistemas de ensino devem garantir a formação aos educadores. Professores da educação básica deverão ter amplo acesso à informação, tanto para que possam identificar precocemente os sinais indicativos da presença de transtornos de aprendizagem ou do TDAH, bem como para que possam desenvolver estratégias para o apoio educacional escolar desses educandos. Vale ressaltar que alguns profissionais devem auxiliar os professores no estabelecimento de projetos para o acompanhamento para estas crianças, como o psicólogo e/ou o fonoaudiólogo educacional.
Já em relação á área da Saúde, o projeto de lei recomenda um programa de formação continuada para melhorar a qualidade de precisão dos diagnósticos realizados nos equipamentos de saúde e garantir o acesso ao atendimento especializado por equipe multidisciplinar. Destacam-se nesta equipe os neuropsicólogos e fonoaudiólogos clínicos.
O projeto já tramitou no Senado e foi aprovado em todas as comissões em que passou (Seguridade Social e Família; Educação e Cultura; Finanças e Tributação; e Constituição, Justiça e Cidadania). No momento (dezembro 2012), o PL encontra-se na Câmara dos Deputados e já foi aprovado na  Comissão de Seguridade Social e Família. Na Comissão de Educação, o projeto de Lei 7081/2010, teve como relatora a Dep. Mara Gabrilli, e recebeu voto favorável, com apresentação de um novo substitutivo que especifica melhor as atribuições de cada setor, Educação e Saúde, para lograr o acompanhamento integral destas crianças e jovens. Ainda faltam duas comissões para a aprovação final, a Comissão de Finanças e Tributação e Comissão de Constituição e Justiça e de Cidadania.
O Projeto de Lei 7081/2010 clama pelo estabelecimento de políticas públicas que reconheçam as crianças com TDAH e transtornos de aprendizagem como população que precisa de apoio pedagógico em sala de aula. Caso seja aprovado caberá ao Poder executivo regulamentar esta lei, estabelecendo as suas diretrizes e inserindo estas ações em programas intersetoriais de Saúde e Educação.
Com esta aprovação, o Brasil estaria corrigindo um equívoco e com isso melhorando as condições de sucesso de aprendizagem para este grupo de crianças que estão à margem deste processo. Infelizmente, ainda não é o bastante para sanar todas as dificuldades que o sistema educacional enfrenta, mas sem dúvida já representará um grande avanço e pelo menos esta parcela da população escolar terá condições mais justas de conseguir o sucesso no processo de aprendizagem.
 
Bibliografia
  • Brasil. Ministério da Educação. Parecer CNE/CEB nº 13/2009, aprovado em 3 de junho de 2009 - Diretrizes Operacionais para o atendimento educacional especializado na  Educação Básica, modalidade Educação Especial. Disponível aqui.
  • Brasil. Ministério da Educação. Secretaria de Educação Especial. Política Nacional de Educação Especial na Perspectiva da Educação Inclusiva. Documento elaborado pelo Grupo de Trabalho nomeado pela Portaria Ministerial nº 555, de 5 de junho de 2007, prorrogada pela Portaria nº 948, de 09 de outubro de 2007.
  • Elliott, S., Nan, H., Andrew, T.R. Universal and early screening for educational difficulties: Current and future approaches. Journal of School Psychology, v.45, n.2, p.137-161, 2007.
  • United Kingdom, Department of Education and Skills. Special Educational Needs Code of Practice. 2001. Disponível aqui
  • United States of America, Education Department. The Individuals with Disabilities Education Act (IDEA). 2004. Disponível aqui



    ABDA® Todos os direitos reservados. Copyright 2013.
- See more at: http://www.tdah.org.br/br/textos/textos/item/412-tdah-pol%C3%ADticas-p%C3%BAblicas-educacionais-no-brasil-ignoram-crian%C3%A7as-com-tdah-e-com-transtornos-de-aprendizagem.html#sthash.yVF1Ktbi.dpuf

Deficientes visuais acompanham a Copa pela Rede Verde e Amarela

Acompanhar a Copa pelo rádio é a escolha de muita gente que está ligada na Rede Verde e Amarela do Grupo Bandeirantes desde o começo do mundial.

Mas para algumas pessoas, construir as jogadas através do som é a única opção.

A reportagem da Bandnews FM esteve no colégio do Instituto Padre Chico, que há 86 anos atende deficientes visuais na zona sul de São Paulo. 

E por lá, o futebol e a Copa têm um significado bem especial.




Homem com perna amputada entra no Parque Náutico para nadar e desaparece

Foto:  Juliano Cunha - Banda B
Foto: Juliano Cunha – Banda B

Um cadeirante de aproximadamente 40 anos desapareceu no começo da tarde desta quinta-feira (3) após pular no lago do Parque Náutico do Iguaçu, no bairro Boqueirão, em Curitiba. De acordo com o tenente Bochoski, do Grupo de Operações de Socorro Tático (Gost) do Corpo de Bombeiros, testemunhas contaram que tinha a perna esquerda amputada e por um tempo aparentava estar bem. (Escute a matéria completa no player acima)
“Pelo que nos relataram, ele desceu da cadeira de rodas e se arrastou até a beira. Já dentro do lago ele afundou uma vez e voltou sem ajuda. Na segunda, porém, ele desapareceu”, disse.
Jovens que corriam no parque observaram a cena e rapidamente pediram ajuda. Um canoísta tentou socorrer o cadeirante, mas não o encontrou mais.
O lago possui aproximadamente cinco metros de profundidade e o Gost usa um mergulhador com busca circular para buscar o cadeirante.
As buscas foram encerradas no final da tarde e devem ser retomadas na sexta-feira.
Banda B

Assista ao trailer do filme "Antes que o mundo acabe" da diretora Ana Luiza Azevedo com audiodescrição



Assista ao trailer do filme "Antes que o mundo acabe" da diretora Ana Luiza Azevedo com audiodescrição

Como os cegos "enxergam" no cinema

Fabio Rosso entrevista a audiodescritora Letícia Schwartz
 
"A audiodescrição é tão antiga quanto a cegueira". Com essa frase a audiodescritora da Mil Palavras Acessibilidade Cultural, Letícia Schwartz, inicia explicando o que seria essa técnica que, aos poucos, está sendo incluída em algumas obras audiovisuais produzidas pelo mundo inteiro. O recurso possibilita que cegos e demais públicos beneficiados assistam à filmes, entre outras produções culturais, de forma cada vez mais independente. Confira a entrevista.

Fotografia de Letícia Schwartz em um estúdio de gravação. Ela está em frente a um microfone de pedestal e usa fones de ouvido. Sorri para a câmera.
Fotografia de Letícia Schwartz em um estúdio de gravação. Ela está em frente a um microfone de pedestal e usa fones de ouvido. Sorri para a câmera.

Fabio Rosso - O que é a audiodescrição?

Letícia Schwartz - A audiodescrição é tão antiga quanto a cegueira. Pessoas com deficiência visual sempre dependeram de familiares e amigos que se dispusessem a realizar a descrição do ambiente onde a pessoa se encontra, das características físicas das pessoas em volta, das ilustrações de um livro, das cenas de um filme ou de uma peça de teatro. A audiodescrição é a profissionalização desse “contar o que se está vendo”. A descrição objetiva dos elementos visuais é o que vai permitir a inclusão de pessoas com deficiência visual na vida cultural. Além do acesso, esse recurso gera autonomia, uma vez que a pessoa deixa de depender de seus acompanhantes para participar de qualquer atividade cultural.

Fabio Rosso – Quem está habilitado a produzir audiodescrição e onde ela é produzida?

Letícia - A audiodescrição normalmente é desenvolvida por uma equipe que conta com um audiodescritor roteirista, que desenvolve o texto e determina os pontos de inserção das descrições (a audiodescrição não pode colidir com os diálogos de um filme, por exemplo); um audiodescritor narrador, que deve fazer a locução desse texto de maneira clara e discreta; um técnico de áudio, responsável pela gravação, pela edição e pela mixagem da audiodescrição com o áudio original do programa; e um revisor, que deve ser uma pessoa com deficiência visual que avalia a clareza das informações e a qualidade geral do trabalho. Hoje em dia existem diversos cursos preparatórios no Brasil. Nesse sentido, sugiro a quem estiver interessado que consulte o Blog da Audiodescrição , um canal constantemente atualizado que divulga tudo o que acontece no país em relação à audiodescrição.

Fabio Rosso - Quais os públicos que a audiodescrição pretende beneficiar?

Letícia - O público preferencial da audiodescrição é aquele constituído por pessoas com deficiência visual. No entanto, existem ainda outros grupos que podem se beneficiar desse recurso. É evidente, por exemplo, seu potencial como ferramenta de apoio a pessoas com dificuldade de aprendizagem ou alguma deficiência intelectual. Nesse caso, a audiodescrição contribui com o processo de percepção, compreensão e fixação das informações mais importantes. Espectadores videntes também podem tirar proveito da audiodescrição. A maioria das pessoas tem por hábito deixar a televisão ligada enquanto estão ocupadas com outras atividades, como cozinhar, costurar, comer, passar roupa, etc. A possibilidade de gravar programas audiodescritos para ouvir em trânsito é também uma possibilidade atraente para esse público.

Fabio Rosso – Onde a audiodescrição é aplicada?

Letícia - Não só no cinema. A audiodescrição pode ser aplicada à DVDs, programas de televisão, peças de teatro, fotografias, desfiles de moda, eventos esportivos, slides de power point, casamentos, histórias em quadrinhos. shows de música, espetáculos circenses, exposições, roteiros turísticos... Tudo o que pode ser visto pode ser descrito.

Fabio Rosso - Na sua opinião, qual a situação da inclusão social dos cegos no Rio Grande do Sul e como a audiodescrição vem contribuir nesse sentido?

Letícia - Acredito que somos resultado de nossas experiências, que cada filme que assistimos, cada livro que lemos, cada música que ouvimos contam um pouco da nossa própria história. Pessoas com deficiência, seja ela qual for, não podem ser privadas dessas experiências. A audiodescrição possibilita a inclusão na sociedade através do acesso à cultura, à arte, ao lazer e ao entretenimento. A acessibilidade cultural chega em busca da igualdade de condições, da liberdade de escolha e do desenvolvimento pleno do ser humano. No entanto, a questão da inclusão social dos cegos não depende apenas da audiodescrição. É preciso que a cidade como um todo seja acessível, para que a pessoa com deficiência visual possa ir e vir com liberdade e autonomia. Piso podotátil, sinaleiras sonoras e, principalemente, uma mudança de atitude por parte da população são alguns dos fatores que poderiam fazer a diferença.

Fabio Rosso - Como as salas de cinema podem ser adaptadas para que recebam o recurso?

Letícia - Na verdade, não basta que a sala esteja equipada. Para que as pessoas com deficiência visual tenham acesso ao cinema, três fatores são decisivos: Em primeiro lugar, os filmes precisam ter a audiodescrição. Ou seja, diretores, produtores e distribuidores precisam encarar os recursos de acessibilidade (audiodescrição para cegos e legendagem em português para surdos) como parte do processo de produção de qualquer filme. Em segundo lugar, as cópias do filme (digitais) devem incluir o recurso em uma faixa de áudio adicional, que será transmitida diretamente para fones de ouvido. Em terceiro lugar entra a adaptação das salas de cinema. O equipamento necessário é idêntico àquele utilizado para transmissão de tradução simultanea: um rádio transmissor que fica na cabine, conectado ao equipamento de projeção; e receptores e fones de ouvido para os espectadores. Dessa forma, apenas os espectadores que solicitarem os fones ouvirão a audiodescrição, evitando qualquer interferência no som da sala. Ou seja, é preciso que todos os envolvidos no processo tenham consciência da importância desse recurso e de que existe uma fatia de mercado que pode ser contemplada.

Fabio Rosso - Fazer audiodescrição é algo que exige um alto investimento?

Letícia - Em relação ao orçamento de produção de um filme, o valor é irrisório (menos de 1%). No entanto, para exibições pontuais o valor é, sim, elevado. A situação ideal é que a audiodescrição seja incluída no planejamento orçamentário de cada projeto. Dessa forma, os filmes poderão ser lançados já com audiodescrição e o custo desse serviço não recairá sobre os exibidores.

Fabio Rosso - Como foi a experiência de fazer a audiodescrição para o filme Antes que o mundo acabe? É o primeiro audiovisual gaúcho a contar com o recurso?

Letícia - Descrever o "Antes que o mundo acabe" foi uma experiência fantástica. O filme conta a história da um adolescente que vê seu mundo virar do avesso quando começa a receber cartas do pai, que jamais conheceu. No entanto, a relação entre os dois não se estabelece através de palavras, e sim de fotografias. Nosso desafio foi traduzir essa linguagem intensamente visual em palavras. Como as conversas com a diretora Ana Luiza Azevedo começaram bem antes do lançamento do filme, tivemos tempo de realizar o trabalho sem pressa, o que possibilitou que o processo fosse tranquilo e consistente. Além disso, o contato pessoal com a Ana e o Giba Assis Brasil (co-roteirista e montador do filme) permitiu uma troca constante, ajustando a audiodescrição à linguagem particular da obra. Em anos anteriores, foram realizadas algumas experiências com curtas exibidos em mostras. "Antes que o mundo acabe" é o primeiro longa-metragem gaúcho em que a audiodescrição está disponível no DVD. Ou seja, qualquer pessoa pode comprar ou retirar o filme na locadora, selecionar a opção "português com ad" no menu de configurações e assitir a versão com audiodescrição.

Fabio Rosso - Qual o retorno que os deficientes visuais têm dado ao assistir audiovisuais com o recurso da audiodescrição?

Letícia - Não é verdade que o cego seja um recluso. Diversas pessoas com deficiência visual frequentam cinemas e teatros mesmo sem a audiodescrição. Não compreendem, porém, boa parte das cenas, ou dependem de pessoas que cochichem em seu ouvido as informações visuais mais relevantes. Para as pessoas com deficiência visual, a possibilidade de assistir um filme com audiodescrição abre uma nova porta de comunicação com o mundo. Isso é o que os espectadores com deficiência visual tem apontado como os maiores benefícios: a autonomia, a liberdade de escolha, a possibilidade de compartilhar momentos de lazer com os familiares e amigos e a verdadeira inclusão na vida cultural da nossa sociedade.
Fonte: Fabio Rosso Entrevistas
http://fabiorossoentrevistas.blogspot.com




Fundação de Articulação e Desenvolvimento de Políticas Públicas para Pessoas com Deficiência e com Altas Habilidades no Rio Grande do Sul - FADERS
Rua Duque de Caxias, 418 - Bairro Centro - Porto Alegre/RS - CEP: 90.010-280
Telefone/Fax: (51) 3287-6500 - faders@faders.rs.gov.br - Todos os direitos reservados.

http://www.faders.rs.gov.br/servicos/21/1186

Câmara aprova pensão mensal e vitalícia para a atleta Lais Souza

Do G1, em Brasília
Laís Souza (Foto: Reprodução/Fantástico)Deputados deram aval à concessão de pensão para
a atleta Lais Souza (Foto: Reprodução/Fantástico)
A Câmara dos Deputados aprovou nesta quarta-feira (2) a concessão de pensão mensal e vitalícia para a atleta olímpica Lais Souza, que sofreu um grave acidente de esqui em janeiro deste ano quando treinava em Salt Lake City, nos Estados Unidos. Lais sofreu uma lesão na coluna cervical e faz tratamento para tentar recuperar os movimentos das pernas e dos braços.
O projeto aprovado pela Câmara prevê que a pensão será no valor máximo pago atualmente pelo Regime Geral de Previdência Social, de R$ 4.390,24. O benefício não poderá ser transmitido aos herdeiros da atleta. O texto agora segue para votação no Senado antes de ser submetido à sanção presidencial.
Na justificativa do projeto, os autores da proposta, os deputados Rubens Bueno (PP-PR) e Mara Gabrilli (PSDB-SP), alegaram que Lais é de uma família humilde de Ribeirão Preto, no interior de São Paulo.
Em março, o Comitê Olímpico Brasileiro (COB) iniciou uma campanha de doações para custear os cuidados médicos e de fisioterapia necessários à atleta. O seguro usado pelo comitê cobre o atendimento de emergência e o transporte entre hospitais, mas não prevê pagamento mensal para a continuidade do tratamento.
Antes de se dedicar ao esqui, Lais Souza representou o Brasil em duas Olimpíadas. Em 2005, conquistou uma medalha de ouro no salto, na Copa do Mundo de Cottbus, na Alemanha. O convite para começar a praticar esportes de inverno foi feito em 2013 pela Confederação Brasileira de Desportos na Neve (CBDN).
Na modalidade esqui livre, Lais representaria o Brasil neste ano nas Olimpíadas de Inverno da Rússia. O acidente que interrompeu a trajetória da atleta ocorreu enquanto ela esquiava numa pista cercada de árvores, nos Estados Unidos.
Ela sofreu um choque na cabeça, provavelmente contra uma árvore, e teve um deslocamento entre a terceira e a quarta vértebras, esmagando a medula. Com a lesão, perdeu a sensibilidade e os movimentos do pescoço para baixo.