sexta-feira, 4 de fevereiro de 2011

história do Esporte Adaptado no Mundo e no Brasil

O Esporte Adaptado surgiu no início do século XX, de forma muito tímida. Na primeira década do século, iniciaram-se as atividades competitivas para jovens portadores de deficiências auditivas, especialmente em modalidades coletivas. Por volta de 1920, tiveram início as atividades para jovens portadores de deficiência visual, especialmente a natação e o atletismo.

Para pessoas portadoras de deficiências físicas, o início do esporte oficialmente se deu ao final da Segunda Guerra Mundial, entre 1944 e 1952, quando os soldados voltaram para os seus países de origem com vários tipos de mutilações e outras deficiências físicas.

As primeiras modalidades tiveram origem na Inglaterra e nos Estados Unidos. Na Inglaterra, por iniciativa do médico Ludwig Guttmann, indivíduos com lesão medular ou amputações de membros inferiores começaram a praticar jogos esportivos em um hospital em Stoke Mandeville.

Nos Estados Unidos, por iniciativa da PVA (Paralyzed Veterans of América), surgiram as primeiras equipes de basquetebol em cadeira de rodas e as primeiras competições de atletismo e natação.

Desde então, o esporte para portadores de deficiências físicas não parou de crescer e, desde 1960, ocorrem os Jogos Paraolímpicos, sempre alguns dias após e na mesma sede dos Jogos Olímpicos convencionais.

Este segmento esportivo é muito praticado e muito divulgado em todo o mundo, principalmente nos Estados Unidos e Europa. As Paraolimpíadas e o Esporte Adaptado são nesses países muito divulgados e acompanhados pela mídia e pelo povo, na mesma proporção que acontece com os esportes convencionais.

No Brasil, o esporte adaptado surgiu em 1958 com a fundação de dois clubes esportivos (um no Rio e outro em São Paulo). Nos últimos cinco anos, o Esporte Adaptado brasileiro vem evoluindo, mas por falta de informação e, principalmente, de condições específicas para a sua prática, muitos portadores de deficiência ainda não têm acesso a ele.

Mesmo sem o apoio necessário, nas Paraolimpíadas de Sydney, em 2000, o Brasil conquistou um número recorde de 22 medalhas, sendo 6 de ouro, 10 de prata e 6 de bronze, quebrando três recordes mundiais no atletismo. E no futebol para amputados, o Brasil sagrou-se tetracampeão.Atualmente, o Esporte Adaptado no Brasil é administrado por 6 grandes instituições: A ABDC (Associação Brasileira de Desporto para Cegos) que cuida dos deficientes visuais, a ANDE (Associação Nacional de Desporto para Excepcionais) que cuida dos paralisados cerebrais e dos lesautres, a ABRADECAR (Associação Brasileira de Desportos em Cadeira de Rodas) que administra as modalidades em cadeira de rodas, a ABDA (Associação Brasileira de Desportos para Amputados) que cuida dos amputados, a ABDEM (Associação Brasileira de Desportos para Deficientes Mentais) que administra os esportes para deficientes mentais e a CBDS (Confederação Brasileira de Desportos para Surdos) que cuida dos deficientes auditivos e não está vinculada ao Comitê Paraolímpico Brasileiro.

Fontes Consultadas: site do Comitê Paralímpico Brasileiro, ABDC, ABRADECAR e IBGE e o livro Adapted physical education and sports, de Joseph P. Winnick, da editora Human Kinetics Books, de 1995.


FONTES: ADD ESPORTE

DECLARAÇÃO UNIVERSAL SOBRE O VOLUNTARIADO

Preâmbulo
1 – Os voluntários, inspirados na Declaração Universal dos Direitos do Homem de 1948 e na Convenção sobre os Direitos da Criança de 1989, consideram o seu compromisso como um instrumento de desenvolvimento social, cultural, económico e do ambiente, num mundo em constante transformação. Fazem seu o princípio de que “Todas as pessoas têm direito à liberdade de reunião e associação pacífica”.
2 – O Voluntariado:

É uma decisão voluntária, apoiada em motivações e opções pessoais;
É uma forma de participação activa do cidadão na vida das comunidades;
Contribui para a melhoria da qualidade de vida, realização pessoal e uma maior solidariedade;
Traduz-se, regra geral, numa acção ou num movimento organizado, no âmbito de uma associação;
Contribui para dar resposta aos principais desafios da sociedade, com vista a um mundo mais justo e mais pacífico;
Contribui para um desenvolvimento económico e social mais equilibrado, para a criação de empregos e novas profissões.

Princípios fundamentais do Voluntariado
1 – Os voluntários põem em prática dos seguintes Princípios Fundamentais:
Os voluntários:
· Reconhecem a todo o homem, mulher e criança o direito de se associarem, independentemente da sua raça, religião, condição física, social ou material;
· Respeitam a dignidade de todo o ser humano e a sua cultura;
· Oferecem individualmente ou no âmbito de uma associação, ajuda mútua e serviço, de uma forma desinteressada e com o espírito de partenariado e fraternidade;
· Estão atentos às necessidades das pessoas e comunidades e desencadeiam, com a sua colaboração, a resposta adequada;
· Têm em vista, igualmente, fazer do voluntariado um factor de realização pessoal, aquisição de conhecimentos e novas competências, desenvolvimento das capacidades, favorecendo a iniciativa e a criatividade, permitindo a cada um ser mais membro activo do que beneficiário da acção voluntária;
· Estimulam o espírito de responsabilidade social e encorajam a solidariedade familiar, comunitária e internacional.
2 – Tendo em conta estes princípios fundamentais, devem os voluntários:
· Encorajar a transformação do compromisso individual em movimento colectivo;
· Apoiar, de maneira activa, a sua associação, aderindo conscientemente aos seus objectivos, informando-se das suas políticas de funcionamento;
· Comprometer-se a cumprir correctamente as tarefas definidas em conjunto, de acordo com as suas capacidades, tempo disponível e responsabilidades assumidas;
· Cooperar, com espírito de compreensão mútua e estima recíproca, com todos os membros da sua associação;
· Aceitar receber formação;
· Trabalhar com ética, no desempenho das suas funções.
3 – Tendo em conta a Declaração Universal dos Direitos do Homem e os Princípios Fundamentais do Voluntariado, devem as associações:
Elaborar os estatutos adequados ao exercício do trabalho voluntário;
Definir os critérios de participação dos voluntários, no respeito das funções claramente definidas para cada um;
Confiar, a cada um, as actividades que lhe são adequadas, assegurando a formação e acompanhamento necessários;
Prever e dar a conhecer a avaliação periódica dos resultados;
Prever, de forma eficaz, a cobertura dos riscos a que os voluntários estão sujeitos no exercício das suas funções e os prejuízos que estes, involuntariamente, possam provocar em terceiros, no decurso da sua actividade;
Facilitar a participação de todos os voluntários, reembolsando-os, se necessário, com as despesas efectuadas com o seu trabalho;
Estabelecer a forma de rescisão do vínculo, quer por parte da associação quer do voluntário.

Proclamação
Os voluntários, reunidos por iniciativa da International Association for Volunteer Effort (IAVE), em Congresso Mundial, declaram a sua fé na acção voluntária, como uma força criadora e mediadora para:
Respeitar a dignidade de toda a pessoa, reconhecer a sua capacidade de exercer os seus direitos de cidadão e ser agente do seu próprio desenvolvimento;
Contribuir para a resolução dos problemas sociais e do ambiente;
A construção de uma sociedade mais humana e mais justa, favorecendo igualmente uma cooperação mundial.
Assim convidam os Estados, as Instituições Internacionais, as empresas e os meios de comunicação social a unirem-se a eles, como parceiros, para construir um ambiente internacional favorável à promoção e apoio de um voluntariado eficaz, acessível a todos, símbolo de solidariedade entre os homens e as Nações. Paris, 14 de Setembro de 1990.