quarta-feira, 26 de dezembro de 2012

10 coisas que podem estar erradas na sua cadeira de rodas


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Entrevista com Cristiano Refosco sobre seu projeto" Era uma vez um conto de fadas inclusivo"

Chapeuzinho vermelho na cadeira de rodas com alguns amigos.
    
 Os contos de fadas sempre fizeram parte da nossa infância e crescemos lendo e assistindo os contos da Branca de Neve, Chapeuzinho Vermelho entre outros mas ter uma nova visão destes personagens e uma nova história já é possível graças a grande ideia que o escritor e ilustrador Cristiano Refosco teve ao criar uma coleção de 11 livros " Era uma vez um conto de fadas inclusivo"com o diferencial de que o personagem principal tem algum tipo de deficiência.
     E o Blog Carol Diversidade apoia este projeto e fez uma entrevista com Cristiano Refosco falando do seu blog Centauro Alado e sobre este projeto.
     Cristiano Refosco é fisioterapeuta, atua na área neuropediatria há 11 anos, sendo que atualmente integra a equipe da Kinder de Porto Alegre que atende crianças com deficiência.
     Tem uma Empresa Inclus que presta consultoria a escolas e empresas trabalhando especificamente na Inclusão e Acessibilidade.

Cristiano esta abaixado ao meu lado.

Entrevista com Cristiano Refosco.


Carol-  Porque escolheste o nome Centauro Alado?

Cristiano - Quando pensei em fazer o blog, queria que ele reunisse assuntos relativos ao meu interesse, em diversos aspectos. O nome Centauro Alado vem do fato de eu gostar de mitologia grega e por achar a figura do centauro muito representativa. O centauro é metade homem e metade cavalo, ou seja, tem a inteligência do homem e a força do animal. Um centauro alado poderia voar, o que seria uma combinação perfeita entre força, inteligência, sensibilidade e liberdade. São características que considero fundamentais no ser humano: força para ir adiante mesmo diante das dificuldades e dos preconceitos, inteligência e sensibilidade para nortearmos nossos caminhos e, liberdade, para irmos e virmos, sem barreiras.

 Carol- Porque você escolheu falar dos assuntos relacionados as pessoas com deficiência?
 Cristiano- Na verdade, o blog aborda vários assuntos, mas o carro chefe são temas relacionados às pessoas com deficiência. Como trabalho com fisioterapia há 13 anos e convivo direto com esse público, achei que seria legal criar um espaço onde pudesse discutir questões relacionadas a esse universo. Porém, senti a necessidade de mesclar outras temáticas, tais como literatura, cinema, música, história, etc. Queria um blog que não fosse interessante apenas para quem tem algum tipo de deficiência, mas para as pessoas no geral. Afinal, Inclusão passa por isso...

Carol- Me fale do seu mais novo projeto" Era uma vez um conto de fadas inclusivo"?

Cristiano- “Era uma vez um conto de fadas inclusivo” é uma coleção de livros infantis composta por 11 contos de fadas onde os personagens possuem algum tipo de deficiência. Chapeuzinho Vermelho é cadeirante, Branca de Neve é cega, Aladim tem Síndrome de Down, Cinderela não tem um pé, etc. A ideia é apresentar o universo das pessoas com deficiências para as crianças através de personagens que já lhes são familiares. Ao longo desses 13 anos em que trabalho como fisioterapeuta, observei que crianças sem deficiência que convivem com crianças com deficiência lidam de uma forma muito natural com questões relacionadas às diferenças. A coleção também conta com um cd com áudio livro e com a audiodescrição das histórias, para as crianças e adultos que possuam deficiência visual.
Os textos e as ilustrações são de minha autoria, o designer gráfico é do artista Leandro Selister e a audiodescrição é da Mil Palavras. O projeto tem o apoio Ministério da Cultura e patrocínio de duas empresa a SAVAR e AGCO .

Como você vê a Inclusão de crianças com deficiência nas escolas e a preparação dos professores?
Infelizmente, a Inclusão de crianças com deficiência nas escolas ainda é muito mais um conceito teórico do que prática. Existe uma legislação que determina que as crianças com deficiência sejam aceitas nas escolas regulares, mas não existe investimento em tecnologia assistiva, adaptações do meio físico e formação de profissionais (educadores e monitores) para receber esses alunos. Por outro lado, já estive em escolas onde havia sim investimento nas questões físicas (rampas, mobiliários adaptados) e formação de educadores, mas onde os professores não se julgavam aptos a trabalhar com essas crianças em sala de aula. Como sabemos, incluir uma criança com deficiência na sala de aula é muito mais do que colocá-la sentada no meio dos seus coleguinhas sem deficiência, mas sim, proporcionar maneiras de que ela interaja com o meio e vice versa e que consiga usufruir do direito de ser educada. E isso, na maioria das vezes, demanda mobilização e criatividade por parte dos professores. Numa sala de aula com trinta alunos que também requerem a atenção (sejam quais forem as suas necessidades) por parte dos educadores, é compreensível que os mesmos sintam-se inseguros quando recebem uma criança com deficiência. Colocar a Inclusão na prática é um grande desafio que requer criatividade, boa vontade e persistência de todos os lados.
Eu, Josiane e Cristiano.

Deixo o link da matéria que Cristiano Refosco fez no seu blog dando continuidade deste dia um dia de grande aprendizado para mim, Josiane e Cristiano.
 Blog de Cristiano: centauroalado.blogspot.com

Urgente os currículos institucionais precisariam ser adaptados!!!


A REALIDADE DAS PESSOAS COM DEFICIÊNCIA DEVERIA FAZER PARTE DO CURRICULUM ESCOLAR SOMENTE ENSINANDO NOSSAS CRIANÇAS PODEREMOS TORNA-LAS MAIS HUMANAS E COM UMA VISÃO DA REALIDADE E DAS DIFICULDADES ENCONTRADAS POR UM PCD.
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Livro conta história de Heldy, surdocega que se comunica pelo tato


A história da menina acaba de ser publicada no livro "Heldy Meu Nome -- Rompendo as barreiras da surdocegueira", escrito pela pedagoga Ana Maria de Barros Silva
Publicada em 26 de dezembro de 2012 - 14:30
Heldy faz bijuterias em sua casa
Quando tinha pouco mais de um ano de idade, tudo que Heldyeine sabia fazer era chorar e se arrastar de costas no chão, o que lhe deixava com falhas no couro cabeludo. Surdocega congênita por causa da rubéola contraída pela mãe na gravidez, a criança parecia isolada.
Pouco a pouco, Heldy foi aprendendo a pegar objetos, andar, alimentar-se, tomar banho, reconhecer pessoas e emoções, expressar desejos e interagir com o mundo, tudo por meio do toque.
Hoje, aos 21, Heldyeine Soares se comunica por Libras (Língua Brasileira de Sinais) tátil --os sinais são feitos nas mãos, que ficam em forma de concha, para que ela os sinta e os interprete.
Seu mundo, feito de gestos que identificavam coisas e pessoas, foi sendo traduzido para a Libras tátil, o que ampliou suas possibilidades de interação e abstração.
A história da menina acaba de ser publicada no livro "Heldy Meu Nome -- Rompendo as barreiras da surdocegueira", escrito pela pedagoga Ana Maria de Barros Silva, impressionada com o desempenho de Heldyeine.
"Essa é uma história de sucesso que não poderia ficar apagada. Surdocegos congênitos como ela tendem a ficar isolados, não têm esse desenvolvimento", diz a autora, que trabalha há 40 anos com a educação de surdocegos.
Grande parte desse sucesso é mérito da professora aposentada Marly Cavalcanti Soares, do Instituto dos Cegos de Fortaleza, que encarou o desafio de ensinar a menina, apesar de ter poucos recursos e de seu desconhecimento sobre a surdocegueira.
O livro só pôde ser escrito graças aos seus detalhados relatórios do progresso de Heldy. Anotava cada conquista, tirava fotos e fazia vídeos, batizados de "Renascer".
Os textos dão uma ideia de como o progresso foi alcançado e comemorado e mostram como Heldy aprendia rápido e dava sinais de que queria mais. Depois de aprender a andar, já recusava a ajuda da professora para subir escadas, como se pedisse mais autonomia.
Ela logo conseguiu identificar as pessoas --reconhecia a professora pelas blusas com botões e tinha um gesto para cada membro da família.
Parceria
Junto com Marly, a mãe e as irmãs de Heldy lutaram para que a menina se desenvolvesse dessa forma.
De origem simples, a família de Maracanaú (a 15 km de Fortaleza, CE) levava quase duas horas para chegar ao Instituto dos Cegos de Fortaleza de ônibus.
A mãe, Jane, abandonada pelo ex-marido, cuidava sozinha de Heldy e das duas filhas mais velhas. Apesar das dificuldades, insistia na atenção especial à caçula.
"A Heldy é quem ela é hoje graças a Deus, à minha mãe e à tia Marly, que provou que, por amor, é possível tornar uma pessoa capaz como ela fez", conta Heldijane Cidrao, 26, irmã de Heldy.
Heldijane cuida da irmã desde os cinco anos --era chamada pela professora de "pequena grande mãe". Envolveu-se tanto que se casou com o professor de Libras de Heldy, que é surdo, e se tornou intérprete de surdos e surdocegos.
"Esse livro me emociona porque ler é como viver tudo de novo. Quando eu tinha seis anos, a tia Marly me colocou no colo e me disse que, quando eu tivesse sede, Heldy também teria e que eu deveria dar água a ela. Quando estivesse com fome, deveria dar algo de comer a Heldy. Hoje tenho uma filha de seis anos e me imagino fazendo tudo que fiz na idade dela."
Agora, Heldy tem bastante autonomia --a família só não deixa que saia na rua sozinha ou cozinhe. Frequenta o Instituto de Surdos de Fortaleza para aprimorar seu conhecimento de Libras e faz bijuterias no tempo livre.
Algumas das anotações da professora Marly que estão no livro são dirigidas diretamente a Heldy. Seu sonho era que um dia a menina pudesse ler sua própria história.
Os primeiros capítulos foram enviados à jovem em braile --ela lê, mas não fluentemente --e o livro todo deve ser lançado nesse formato.
HELDY MEU NOME
EDITORA United Press
PREÇO R$ 22,90 (219 páginas)

Fonte: Folha OnlineSite externo.
Foto: Jarbas Oliveira/Folhapress
http://vidamaislivre.com.br/noticias/noticia.php?id=6285&/livro_conta_historia_de_heldy_surdocega_que_se_comunica_pelo_tato

Inclusão segundo Reinaldo Bulgarelli