segunda-feira, 29 de junho de 2015

Playgrounds que ajudam na Inclusão de crianças especiais - Aventuraplay

Parque das Nações ganha o primeiro parque infantil adaptado do Estado


O parque é totalmente adaptado para crianças com deficiência (Foto: Marcelo Calazans)O parque é totalmente adaptado para crianças com deficiência (Foto: Marcelo Calazans)
O 1º parque infantil adaptado de Mato Grosso do Sul, que atenderá crianças com alguma deficiência física ou autismo, foi inaugurado nesta quinta-feira (18) no Parque das Nações Indígenas de Campo Grande. A construção foi uma parceria da CDL (Câmara de Dirigentes Lojistas) e o MPE (Ministério Público Estadual).
A promotora Jaceguara Dantas da Silva Passos, da 67ª Promotoria de Justiça da Comarca de Campo Grande, ressaltou que o parque é um marco para a acessibilidade da Capital. “É o 1º passo para que o Estado seja referência em acessibilidade”.
Para o presidente da CDL, Ricardo Kuninari, a construção do 1º parque é um passo para a conscientização. “Nós plantamos uma semente, um incentivo para as empresas públicas e privadas se conscientizarem e multiplicarem a ação”, valorizou.
Ele explicou que a CDL quer divulgação nas cidades do interior do Estado e usar Campo Grande como exemplo.
O parquinho é todo adaptado para cadeiras de rodas, crianças com baixa visão ou dificuldade de locomoção. Há dois balanços, uma casinha, escorregador e um carregador.
Soeli Rodrigues Ferraz, 36 anos, levou a filha para se divertir durante a inauguração e aprovou o local. “É ótimo. Ajuda na interação com outras crianças e desenvolvimento motor”.
“Esse é o primeiro parque que não precisamos nos adaptar a ele, mas ele é adaptado para nós”, ressaltou.
A segurança foi aprovada por Luisa Viana, 51. “Não tem problema de brincar aqui. Elas ficam bem seguras, sem perigos”.
A promotora assegurou que outros parquinhos como este podem ser construídos em Campo Grande. “Nós sabemos que estamos fazendo algo certo, quando vemos o brilho no olhar e sorriso das crianças”, assumiu.
http://www.campograndenews.com.br/cidades/capital/parque-das-nacoes-ganha-o-primeiro-parque-infantil-adaptado-do-estado

Juiz de MT reduz carga horária de servidora para cuidar de filho autista

Servidora da UFMT conseguiu reduzir carga horária semanal de trabalho.Decisão foi proferida por juiz da 8ª Vara Federal de Mato Grosso.




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Juiz de MT reduz carga horária de servidora para cuidar de filho autista
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A servidora pública federal Aline Cristina Jara da Silva conseguiu na Justiça reduzir metade da carga horária de trabalho, sem compensação, para cuidar de seu filho, Davi de Oliveira Jara, de cinco anos, portador de transtorno de espectro autista, popularmente chamado de autismo. Arquiteta e servidora da Universidade Federal de Mato Grosso (UFMT), Aline conseguiu o benefício por meio de uma decisão da Justiça Federal em Mato Grosso no dia 18 de junho.
A decisão é da 8ª Vara Federal de Mato Grosso, que levou em consideração a “Convenção sobre o direito das pessoas com deficiência” e a legislação federal sobre os regimes jurídicos dos servidores públicos civis, que prevê o benefício da redução de carga horária para servidores com filhos ou cônjuges portadores de necessidades especiais.
"Neste contexto, a presença da mãe tem primazia, não só pelo seu papel de quem traz à vida, mas de quem está mais próxima, no sentido de estimular as habilidades naturais da criança, dando-lhe suporte ao desenvolvimento adequado, de filho que demanda atenção diferenciada, disponibilidade financeira e de tempo para tratamento multiprofissional, que um servidor que trabalha em tempo integral (08 horas/dia, ainda que com intervalos de almoço), não tem como contemplar", registrou o juiz Raphael Cazelli de Almeida Carvalho na decisão.
Diagnóstico
O filho de Aline foi diagnosticado como portador do transtorno de espectro austista aos três anos, conta a mãe. “Minha irmã, que é médica, começou a desconfiar por causa do comportamento fechado dele. No começo eu achei que ele era quieto mais por causa de um traço de personalidade. Quando levamos na psiquiatra infantil, na primeira consulta ela praticamente já deu o diagnóstico. Nesse momento a gente sempre pensa no caso mais severo”, relata.
Davi acabou passando por outros exames, que descartaram outras doenças. Por fim, o garoto foi diagnosticado como portador de um grau leve de autismo. De acordo com Aline, o distúrbio neurológico do filho se manifestava – antes do início do tratamento - através da fala e de alguns comportamentos específicos.
“Ele fazia bastante ecolalia [repetição de sons comum em crianças com autismo]. A gente perguntava ‘Oi, Davi, tudo bem?’ e ele respondia ‘Oi, Davi, tudo bem?’”, comenta. Além disso, Aline diz que ele gostava de colecionar e enfileirar objetos em forma de círculo, demonstrava significativa falta de atenção e gostava de rodar em seu próprio eixo.
Tratamento
O diagnóstico e o tratamento precoce ajudaram na qualidade de vida de Davi. Segundo Aline, hoje ele tem mais facilidade de comunicação em casa e na escola, no aprendizado e na interação com as outras pessoas. Enquanto isso, ele treina para melhorar ainda outros aspectos.
“Ele ainda tem dificuldade de ir ao banheiro e comer, por exemplo. Hoje, ele só aceita comer bife cortado bem picadinho e uma bolacha de água e sal de uma marca específica. Do resto das comidas que tentamos, ele não se acostumou com a textura”, comenta.
Aline conta que todo o aprendizado de Davi é lúdico. Ela diz que ele começou, há poucos meses, a assistir a filmes de super-heróis e que, por sugestão da psiquiatra, ela e o marido acabam estimulando o aprendizado a partir disso. Eles comentam que recentemente Davi conheceu o Capitão América e que devem estimulá-lo a ir ao banheiro se utilizando da figura do herói. “'Você não é o Capitão América, então, tem que ir ao banheiro'”, contam, rindo, sobre como deve ser o treinamento.
A servidora comenta que participa de reuniões da Associação de Amigos do Autista (AMA) e que, embora a entidade não tenha uma sede fixa em Cuiabá, os pais dos autistas sempre se reúnem para debater sobre a enfermidade e questões jurídicas.
“Eu ganhei o meu caso, mas, só resolveu a questão da minha família. Lá [na AMA] nós nos reunimos para ir atrás dos nossos direitos. Para discutir quem já conseguiu uma aposentadoria para o filho, quem já conseguiu uma redução [da jornada de trabalho]”, afirma.
UFMT
Segundo a assessoria da UFMT, a Secretária de Gestão de Pessoas (SGP) da instituição ainda não recebeu a sentença da Justiça sobre a carga horária da servidora Aline Cristina Jara da Silva e só deve se pronunciar posteriormente.

http://www.cenariomt.com.br/noticia/455805/juiz-de-mt-reduz-carga-horaria-de-servidora-para-cuidar-de-filho-autista.html
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