segunda-feira, 30 de junho de 2014

Sem ajuda para entrar no táxi


Aniele Nascimento/ Gazeta do Povo / José Teixeira Silva mostra como seus passageiros têm autonomia com o táxi compartilhado

Gazeta do Povo

Veículos compartilhados atendem passageiros cadeirantes e regulares. Serviço com carros adaptados funciona há um mês em Curitiba e já tem clientela

Taxista há cinco anos, José Sidnei Teixeira Silva confessa que ficou contagiado pela emoção de uma passageira cadeirante quando foi surpreendida pela possibilidade de entrar no táxi sem a ajuda de alguém. Ele estacionou o táxi, abriu o porta-malas e acionou a rampa para que a mulher entrasse com a cadeira de rodas. Sozinha, ela embarcou, apertou o cinto e seguiu viagem. Silva foi o primeiro motorista com táxi compartilhado de Curitiba, que hoje conta com mais dois veículos adaptados para cadeirantes. “Tenho uma irmã deficiente física e sei que a locomoção para uma pessoa de cadeira de rodas é, hoje, muito limitada. Tenho prazer em ajudar as pessoas a serem mais independentes.”
Inclusão
Licitação também deu espaço para taxistas com deficiência
Além do táxi compartilhado em Curitiba, a nova licitação de táxis da Urbs abriu também 30 vagas para motoristas de táxi com deficiência. Apenas 11 dessas vagas foram preenchidas. O restante foi destinado ao serviço convencional. Um dos 11 é Claudeir Júlio de Lima, 48 anos, taxista desde 1996 e deficiente físico desde 1990, quando perdeu parte da perna direita em um acidente de moto. O táxi dele tem câmbio automático e acelerador na perna esquerda. “É preciso incentivar a pessoa com deficiência por meio de vagas em concursos e licitações como essa, para que ela entre no mercado de trabalho. A gente sabe que as pessoas com deficiência sofrem muita discriminação na sociedade. Eu já sofri, mas sempre levei tudo na esportiva. O importante é me sentir útil e trabalhar”, afirma. Apenas seis taxistas com deficiência estão rodando em Curitiba. Os outros cinco ainda estão no processo licitatório, segundo a Urbs.
Adaptações
Para fazer a adaptação dos táxis compartilhados, o tanque de combustível tem a capacidade reduzida para 40 litros, a posição do sistema de escapamento é alterada e as molas da traseira do carro são trocadas. Segundo a Urbs, os veículos são atestados por responsáveis técnicos inscritos no Conselho Regional de Engenharia e Agricultura (Crea-PR) e precisam estar adequados às normas da Associação Brasileira de Normas Temática (ABNT).
Rodando desde 28 de maio, ele conseguiu uma das 20 placas da nova licitação destinadas a essa modalidade. O nome refere-se ao compartilhamento do veículo por pessoas com necessidades especiais e por passageiros regulares. Sem cobrança adicional aos passageiros cadeirantes, o novo serviço, com táxis alaranjados e sinalizados com o símbolo universal de acessibilidade, ainda é pouco divulgado, mas tem demanda visível. “Atendi dez passageiros nesse meio tempo e, agora, eles sempre me ligam. Acredito que, conforme os outros táxis forem entrando na praça, a gente vai poder estabelecer uma comunicação melhor pelo rádio para cobrir a cidade”, opina.
Ronaldo José Ferreira é outro taxista de Curitiba com veículo compartilhado. A primeira cliente dele foi a secretária municipal da Pessoa com Deficiência, Mirella Prosdócimo. “Fui chamado na secretaria e eles inclusive me informaram que estamos autorizados a buscar passageiros que solicitarem um táxi compartilhado no aeroporto”, disse. Até então, os taxistas podiam levar passageiros de Curitiba para o Aeroporto Internacional Afonso Pena, mas apenas táxis de São José dos Pinhais podem trazer passageiros de lá.
Avaliação
Outro passageiro de Fer­­­­reira foi o paulista Eduardo Sousa de Santos George, jornalista cadeirante que veio para Curitiba assistir ao jogo de Irã e Nigéria pela Copa do Mundo. “Já uso táxis compartilhados em São Paulo, mas não quis solicitar um para me buscar no aeroporto. Fui até o Jardim das Américas e de lá peguei o táxi do Ronaldo”, conta. George avalia positivamente o novo serviço. “O tratamento dele foi importante, o conforto, a acessibilidade e a pontualidade também.”

domingo, 29 de junho de 2014

Goleada da Cidadania! – BH é aprovada quanto a acessibilidade de opções para deficientes físicos




Belo Horizonte, MG, 28 (AFI) – A capital mineira tem mais um motivo para comemorar uma importante vitória. Não se trata apenas da classificação do Brasil contra o Chile e sim a vitória do acesso á locomoção das pessoas com mobilidade reduzida. (Miguel Salek é correspondente do Futebol Interior na Copa do Mundo)
Tal ponto foi uma das preocupações do Secretário Extraordinário da Copa do Mundo em Minas Gerais, Braulío Braz, e isto trouxe frutos positivos. Muitos dos veículos utilizados para transporte público em Belo Horizonte são adaptados ao transporte das pessoas com deficiência física. Boa parte das calçadas por toda a cidade foram readaptadas para permitir o deslocamento das pessoas portadoras de deficiência.
E isto não podia ser diferente nos arredores do Estádio Mineirão, onde vários portadores de deficiência tiveram seu acesso ainda mais facilitado e não tiveram qualquer problema para chegar ao local do jogo, como foi verificado pela reportagem da Agencia Futebol Interior
“As condições de acesso ao estádio estão bem interessantes e facilitam nossa locomoção no entorno e dentro do estádio, com várias rampas de acesso e piso tátil”, afirma Getulio Coelho de Medeiros, morador de Juiz de Fora e que veio ao Mineirão apenas para ver o jogo.
“Vim hoje cedo de ônibus intermunicipal para ver o jogo e para chegar ao Mineirão vim de taxi adaptado para o uso de pessoas portadoras de deficiência, algo que facilita nossa locomoção e, especialmente, a integração na sociedade”, complementou Medeiros.
Quando perguntado sobre pessoas que supostamente estariam se passando por portadores de deficiência para assistir aos jogos em alguns estádios, Getulio disse que o grau de deficiência deve ser levado em conta antes de qualquer julgamento a ser feito.
“Pode ser que a pessoa tenha uma deficiência parcial, onde ela consiga ficar em pé mas tem a sua locomoção prejudicada. Sem conhecer o grau da lesão e o que ela acarreta, é complicado fazer qualquer avaliação”, finalizou ele.

Centro Especializado em Reabilitação atende pessoas com deficiência

Pessoas com deficiências física, motora e intelectual têm atendimento através do Centro Especializado em Reabilitação - CER II, mantido pela Secretaria da Saúde de Aracaju. O serviço funciona no prédio anexo ao Centro de Especialidades Médicas (Cemar), na rua Sergipe, bairro Siqueira Campos e atende, em média, 800 pacientes por mês. No centro são oferecidos serviços especializados em fisioterapia, terapia ocupacional, fonoaudióloga, enfermagem, psicologia, nutrição, serviço social, além de atendimentos com neuropediatra, ortopedistas e fisiatras. 
A gerente do CER, Patrícia Oliveira Costa, destaca que adultos e crianças com deficiência física e intelectual podem receber o acompanhamento."Para cadastrar, o primeiro passo é procurar a Unidade de Saúde da Família do bairro onde mora. Depois de passar por uma entrevista prévia com profissionais da equipe de Saúde da Família, o paciente é encaminhado para o CER II onde é feita outra triagem e avaliação para identificar as necessidades do usuário e definir quais tipos de atendimentos mais adequados. Os tratamentos iniciados no CER costumam ser continuados, podem durar meses e são encerrados a depender da evolução demonstrada por cada paciente", explica.
A coordenadora do Programa de Cuidados à Pessoa com Deficiência, Suely Reis dos Santos, destaca que a atuação do CER ampliou significativamente os números de atendimentos prestados às pessoas com deficiência.

"Desde sua inauguração, a procura pelos serviços é intensa. Para se ter ideia, o centro possui hoje 4.278 pessoas cadastradas. E, após reformas estruturais, está com capacidade mensal para atender mais de 800 pacientes. A maioria dos assistidos tem atendimento de múltiplas especialidades", afirma.
Suely Reis disse que a estrutura do serviço conta com sete salas de consultas para atuação da equipe multidisciplinar, formada por fisioterapeutas, terapeutas ocupacionais, nutricionistas, enfermeiros, psicólogos, neuropediatras e fonoaudiólogos.  Além disso, cinco salas destinadas às atividades terapêuticas e um galpão passaram por adaptações, antes da instalação dos aparelhos de fisioterapia, destinados aos exercícios de reabilitação.
Ônibus adaptado
Outra facilidade garantida pela Secretaria da Saúde de Aracaju é um ônibus adaptado para transportar pessoas com deficiência que fazem tratamentos de saúde no CER II. O ônibus faz parte do projeto Viver sem Limites e pega usuários em suas residências diariamente. O veículo adaptado tem capacidade para transportar até seis cadeirantes com acompanhantes e possui mais oito poltronas para outros pacientes, totalizando 20 vagas para passageiros sentados.
Os usuários poderão utilizar o ônibus após fazer o cadastro no setor de serviço social do CER II, que avalia se o paciente preenche os requisitos necessários para usufruir do serviço. O cidadão também pode ligar para o CER II no telefone (79)3234-0933 para se informar sobre o atendimento.

*Com informações da SMS
G1 SE

Déficit de atenção: 8 sinais aos quais os pais devem ficar atentos

O transtorno de déficit de atenção e hiperatividade (TDAH) é uma doença cercada de controvérsia. Por atingir principalmente crianças, muito pais enxergam problemas onde eles não existem — sintomas isolados são comuns nesta fase da vida. Também há quem não preste atenção ao conjunto de sintomas que a caracterizam: quadros de desatenção, hiperatividade e impulsividade de maneira exacerbada.
Há um grande número de crianças com a doença, reconhecida pela Organização Mundial de Saúde (OMS). Segundo dados da Associação Brasileira de Déficit de Atenção (ABDA), cerca de 3% a 5% das crianças brasileiras sofrem de TDAH, das quais de 60% a 85% permanecem com o transtorno na adolescência.
É preciso enfrentá-la cedo. Quando não diagnosticada e tratada, pode trazer sérios prejuízos a curto e longo prazo. Em crianças, é comum a queda no rendimento escolar, por causa de desorganização, da falta de paciência para assistir às aulas e estudar. Na fase adulta, o problema pode ser a causa de uma severa baixa auto-estima, além de afetar os relacionamentos interpessoais, uma vez que a pessoa tem dificuldades em se ajustar a horários e compromissos e, frequentemente, não consegue prestar atenção no parceiro.
Confira abaixo oito desses sintomas que, quando aparecem com freqüência e em mais de um ambiente (escola e casa, por exemplo), podem servir como um alerta de que chegou a hora de procurar ajuda profissional.

Distração

As crianças com TDAH perdem facilmente o foco das atividades quando há algum estímulo do ambiente externo, como barulhos ou movimentações. Elas também se perdem em pensamentos “internos” e chegam a dar a impressão de serem “avoadas”. Essas distrações podem prejudicar o aprendizado, levando o aluno a ter um desempenho muito abaixo do esperado
 Fontes: Maria Conceição do Rosário, psiquiatra e professora do Departamento de Psiquiatria da Universidade Federal de São Paulo (Unifesp) e do Child Study Center, da Universidade de Yale, nos Estados Unidos, e Thiago Strahler Rivero, psicólogo do Departamento de Psicobiologia do Centro Paulista de Neuropsicologia da Unifesp

Exercicio Lateridade

http://www.educaratividades.com.br/2014/05/lateralidade_4.html

Deficientes poderão participar de congresso online gratuito

  • sé | Ag. A TARDE
    O evento é para portadores de deficiência ou necessidades especiais e também familiares e amigos
Pessoas com deficiência e/ou necessidades especiais poderão participar do Congresso de Acessibilidade online que acontecerá de 21 a 27 de setembro de forma totalmente gratuita pela internet, sendo o primeiro congresso nacional a ser realizado nessas condições. O primeiro dia do evento coincide com a comemoração do Dia Nacional de Luta pela Inclusão das Pessoas com Deficiência.
Os interessados devem fazer o cadastro nosite do congresso, na opção "Cadastre-se para saber mais", colocando nome e e-mail para receber maiores informações. O site é acessível a todos e oferece opções de aumento de fonte e de tradução de todo o conteúdo em libras.
O evento poderá ser assistido por computadores, tablets e celulares e contará com palestras de renomados especialistas de diversas áreas: inclusão, diversidade, acessibilidade, saúde, relacionamento, carreira, empreendedorismo, direitos humanos, tecnologias de informação e comunicação, reabilitação, entre outros. Eles abordarão informações, conhecimentos e oportunidades que podem mudar a vida das pessoas com deficiência ou necessidades especiais.
Além de palestras e entrevistas, o congresso contará ainda com um espaço virtual para parceiros, com informações de contato de diversas organizações de apoio ao deficiente; empresas de recolocação, formação e capacitação profissional; empresas desenvolvedoras de tecnologias de informação e comunicação, reabilitação, sites de relacionamento, agências de turismo acessível, projetos de esporte adaptado, cultura acessível, arquitetura humanista, moda inclusiva, entre outros.
O congresso, idealizado pela consultora em acessibilidade e inclusão Dolores Affonso, é destinado para atender também pais, familiares, amigos e conhecidos de pessoas que tenham alguma deficiência e/ou necessidade especial e que se interessem pelos temas. As pessoas, empresas e instituições que se interessarem em transformar vidas podem participar do congresso como parceiros, apoiadores, patrocinadores, fornecedores de brindes e divulgadores de produtos devem entrar em contato com Dolores Affonso (contato@congressodeacessibilidade.com).
A TARDE

Aplicativos para tablets

Aplicativos: aliados na estimulação
Duas fonoaudiólogas da APAE de São Paulo produziram um artigo para relatar suas experiências positivas com o uso de tablets como ferramenta de estimulação para pessoas com síndrome de Down. Adriana Fernandes de Souza Aquino e Priscila Gama Martins reuniram no texto informações e dicas de aplicativos para uso no iPad e em tablets com o sistema operacional Android.
Os aplicativos selecionados estimulam o desenvolvimento cognitivo, a fala e a linguagem, a percepção auditiva e visual, a concentração, a memória e outras capacidades. Reproduzimos abaixo o artigo e a lista com os aplicativos – alguns são gratuitos.
Tablets a serviço da saúde da comunicação – relato de experiência
É sabido que a Comunicação da pessoa com síndrome de Down merece especial atenção, pois é uma das áreas que geralmente está mais comprometida. As alterações de fala e linguagem são reconhecidas como sendo da clínica fonoaudiológica, tornando-se, assim, um desafio para a Fonoaudiologia a busca de estratégias e de novas abordagens que estimulem, facilitem e/ou ampliem a comunicação das crianças com síndrome de Down, contribuindo em sua inclusão social e melhorando sua qualidade de vida.
Estamos na era de grandes avanços tecnológicos, sendo fundamental lançarmos mão dessas ferramentas em prol da saúde da comunicação humana.
É notório que a evolução dos dispositivos móveis, como o tablet (dispositivo eletrônico pessoal em forma de prancheta), com seus vários recursos proporcionados pela tecnologia Android (sistema operacional para dispositivos móveis) ou pela tecnologia desenvolvida pela Apple (fabricante do iPad), tem promovido uma interatividade mais empolgante e atraente devido a inúmeros fatores, como a exploração dos diversos canais sensoriais como o visual, auditivo e tátil, além de sua praticidade e o fácil manuseio.
Em nossa experiência clínica, iniciamos o uso do tablet de uma maneira tímida, utilizando como estratégia em terapia para estimular linguagem aplicativos de músicas infantis, como por exemplo: “A galinha Pintadinha”.
Gradativamente fomos ampliando o uso do tablet e identificando diversos aplicativos, com conteúdos significativos que possibilitavam o trabalho com as funções básicas da linguagem, o aprendizado de diversos conceitos, a estimulação da vocalização e o interesse pela comunicação.
Verificamos então que a resposta foi surpreendente, mesmo com as crianças bem pequenas (menores de três anos). Um dos aspectos observados foi com relação à atenção e sua manutenção, pois é sabido que as crianças com deficiência intelectual dispersam-se com facilidade, dificultando assim o processo de memorização e de aprendizagem. Com os pacientes maiores de três anos que já estão inseridos em escolas e na fase de pré-alfabetização a utilização foi de extrema importância pelo despertar da percepção, da concentração, aquisição de conceitos básicos (cores, animais, frutas, formas), nomeação, categorização e início do aprendizado das letras do alfabeto, enfim, funções que fazem parte do desenvolvimento cognitivo.
Outro aspecto observado foi o interesse que foi despertado pela comunicação, tanto pela interação com os conteúdos dos aplicativos, como pela intenção comunicativa em relação ao interlocutor, no caso nós terapeutas. Verificamos também um inicio de vocalizações em crianças que não apresentavam nenhuma oralidade, bem como o aumento em outras que já haviam iniciado a emissão oral.
Acima de tudo, percebemos que o uso de tecnologia possibilita igualdade de condições e oportunidades a todos. Não podemos deixar de citar o envolvimento e participação da família neste processo, possibilitando uma relação mais próxima e afetiva, lembrando que o afeto é uma questão importante no processo de ensino aprendizagem, pois aprender também é formar laços com quem ensina. O uso de reforçadores também ajudou, pois a motivação para aprender está nas reações e comportamentos das pessoas ao redor, neste caso as reações da família e do terapeuta diante da observação do progresso, encorajando e estimulando o entusiasmo de nossos pacientes.
Concluímos que o uso de tecnologia possibilita igualdade de condições e oportunidades a todos, e esperamos ter contribuído com nosso relato para o esclarecimento e incentivo ao uso dessa nova tecnologia na reabilitação dos pacientes com Síndrome de Down.
Abaixo segue a relação dos aplicativos para tablets mais usados por nós na reabilitação com os pacientes com síndrome de Down. Vale ressaltar que todos estimulam o desenvolvimento cognitivo, nos quais estão implícitos a aquisição da fala e linguagem, a percepção auditiva e visual, atenção, concentração, categorização, memória, discriminação auditiva, formação de conceitos básicos, planejamento, pensamento e criatividade, além de promover uma experiência lúdica diferente e inovadora.
Clique nos links abaixo para ver as listas completas:
Autoras:
Adriana Fernandes de Souza Aquino – Fonoaudióloga
E-mail: drica.fdsa@gmail.com
Priscila Gama Martins – Fonoaudióloga
E-mail: pri.gama@bol.com.br

Aplicativos para Ipad em Português
Confira também a lista preparada por Patrícia Almeida, jornalista, uma das coordenadoras do Movimento Down e mãe de Amanda, de nove anos, que tem síndrome de Down. Patrícia fez uma relação de aplicativos para Ipad em português que usa para estimular a filha. Clique aqui para ver.
- See more at: http://www.movimentodown.org.br/desenvolvimento/aplicativos-para-tablets/#sthash.HqcTSO6i.dpuf

sexta-feira, 27 de junho de 2014

De lacres de latas a cadeiras de rodas

Solidariedade motiva mulher a criar campanha de arrecadação de lacres de latas de alumínio para trocar por cadeiras de rodas para deficientes ou pessoas com mobilidade física reduzida

Foto: Divulgação
Foto: Divulgação
As doações são entregues em recipientes diferentes. Com isso, o grupo se reúne para colocar os lacres em garrafas de dois litros.
Um simples lacre de latas de alumínio que armazenam refrigerantes pode mudar a vida de muitas pessoas. Isso porque, 140 garrafas pet de dois litros cheias desses anéis podem ser trocadas por uma cadeira de rodas. Empresas de reciclagem desse tipo de material deram suporte a campanhas que fazem o trabalho de arrecadação e, desde então, muitos são beneficiados.
Foto: Divulgação
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Toninho vivia deitado em uma cama até receber a doação do Fazer o Bem Transforma
Movida pelo sentimento de solidariedade, Cristina Faviere, proprietária de uma corretora de seguros, resolveu criar a campanha “Fazer o Bem Transforma”. Em uma festa junina, a corretora de seguros foi comprar um refrigerante e viu uma caixa que pedia a doação dos lacres das latas da bebida. Intrigada, ela decidiu saber mais sobre e decidiu se dedicar a essa prática.
Voluntária em instituições sociais e de apoio a deficientes, Faviere nunca se conformou com a quantidade de pessoas que entravam em contato em busca de doações de cadeiras de rodas. “A vontade de ajudar as pessoas da fila a resolverem seus problemas me motivou muito”, disse.
Os lacres chegam à sede da campanha, localizada na zona oeste de São Paulo, em sacolas, caixas ou galões de água, ou seja, sem a quantidade definida do material. Por esse motivo, a equipe que participa da ação se reúne mensalmente para organizar os anéis, colocando um por um nas garrafas de dois litros.
Após conseguir a quantidade suficiente de lacres, os voluntários da campanha se unem para levar os 140 recipientes que equivalem a uma cadeira para a empresa Frato Ferramentas. O aparelho é entregue após dois meses.
O reaproveitamento do material por essa indústria metalúrgica possibilita a fabricação de outros produtos feitos de alumínio. Além disso, a prática combate o descarte do metal no meio-ambiente.
Segundo a voluntária, muitos se perguntam o motivo pelo qual é necessária apenas a reciclagem dos anéis e não da lata inteira. A explicação está na química. A liga de alumínio do lacre tem um teor mais alto de magnésio. A separação do material evita a mistura de dois tipos diferentes do metal.
Com um ano de campanhas pelas redes sociais, a empresária já conseguiu ajudar muitas pessoas. Seis cadeiras do tipo simples foram adquiridas a partir da arrecadação de lacres. Outras cinco foram doadas para o programa e entregues para os deficientes.
Foto: Divulgação
Foto: Divulgação
A fundadora da campanha, Cristina Faviere, é uma das responsáveis por levar as garrafas na empresa onde é realizada a troca pelas cadeiras
Apesar das dificuldades de manter a inciativa, a empresária não pensa em desistir. A felicidade no rosto das pessoas que recebem o aparato motiva Cristina a continuar nessa empreitada.
“A minha vida muda muito a cada dia. Tenho uma lista de oito pessoas esperando as cadeiras. Nosso público são pessoas que sofreram acidente, tiveram um AVC (Acidente Vascular Cerebral), ou mesmo uma amputação. Fico enlouquecida, reúno a minha turma e inventamos ações para atender de forma mais rápida os necessitados”, declarou Faviere.

Escola entrega 96 mil lacres de alumínio para serem trocados por uma cadeira de rodas em Joinville

Escola entrega 96 mil lacres de alumínio para serem trocados por uma cadeira de rodas em Joinville rogerio da silva/Divulgação
Ao aliarem a consciência ecológica com a solidariedade, os alunos e professores da Escola Municipal Elizabeth von Dreifuss se reuniram na manhã da última quinta-feira para entregar um pacote com mais de 96 mil lacres de latinhas de alumínio para a diretoria do Rotary Club Joinville Cidade das Flores.

A ação faz parte do Projeto Ações Sustentáveis, Escola Feliz, desenvolvido pela unidade desde o ano passado. Com a doação, a escola contribui para a obtenção de uma cadeira de rodas a ser entregue para uma instituição beneficente de Joinville.

Segundo a diretora, Tânia Regina Bueno, a atividade envolveu mais de 700 alunos da escola e, no ano passado, foram arrecadadas 40 toneladas de lacres de latinhas. Ieda Lúcia Pereira, presidente do Rotary Joinville Cidade das Flores, explica que existem vários postos de coleta dos lacres em entidades parceiras.

—A campanha não acaba aqui, porque muitas pessoas ainda precisam da nossa ajuda para conseguir uma cadeira de rodas—, afirma.

Todo o material recolhido é encaminhado para uma empresa de São Paulo que fabrica cadeiras de rodas. Constituído de alumínio mais puro, o lacre é derretido e aproveitado para a fabricação de alguns componentes das cadeiras.

A campanha de arrecadação de lacres de alumínio é apenas uma das atividades do Projeto Ações Sustentáveis, Escola Feliz, que já conquistou em 2011 o Prêmio Embraco de Ecologia.
A NOTÍICIA

quinta-feira, 26 de junho de 2014

Deficiente físico cai de elevador estragado de ônibus da linha Interbairros IV na CIC

http://pr.ricmais.com.br/bg-curitiba/videos/deficiente-fisico-cai-de-elevador-estragado-de-onibus-da-linha-interbairros-iv-na-cic/

Cadeirante se levanta durante jogo da Copa Equador x França

Deficiente físico cai de elevador estragado de ônibus da linha Interbairros IV na CIC

Absurdo é pouco preciso de ações mais eficazes!!!Mídia divulgando só basta?

O jovem deficiente físico caiu do elevador danificado de um ônibus, da linha Interbairros IV, na CIC. O acidente foi tão grave que o rapaz perdeu todos os dentes da frente.

http://pr.ricmais.com.br/bg-curitiba/videos/deficiente-fisico-cai-de-elevador-estragado-de-onibus-da-linha-interbairros-iv-na-cic/

Lojas de Curitiba terão provadores adaptados para deficientes físicos


Deficientes terão direito a provadores especiais (Foto: Reprodução/TV Gazeta)

Lei que exige o espaço especial foi aprovada nesta segunda-feira (23).
Projeto segue para sanção do prefeito; lojista tem 180 dias para se adaptar.


Uma lei aprovada na Câmara de Vereadores de Curitiba, nesta segunda-feira (23), obriga as lojas que vendem roupas a ter, no mínimo, um provador adaptado para pessoas com deficiência física ou mobilidade reduzida. O projeto de lei determina as dimensões do provador e também estipula punições para os comerciantes e empresários que desrespeitarem a legislação. Os lojistas têm 180 dias para cumprirem a nova regra.
Conforme o texto, os provadores precisam ter dimensão mínima de 150 cm x 150 cm; área de giro de 130 cm de diâmetro; barras de apoio; portas com vão-livre de 120 cm (largura) por 210 cm (altura); ausência de barreiras e existência de corredores, portas e passagens de acesso ao provador com largura de 120 cm.

Para entrar em vigor, projeto de lei precisa ser sancionado pelo prefeito Gustavo Fruet (PDT).
G1

sexta-feira, 20 de junho de 2014

Sou diferente - penso e existo na escola


Entendemos a escola como espaço e tempo de relações – espaço, fazendo menção a um lugar determinado, que é este e não outro; a escola específica, datada, murada, visível; tempo porque é passado, presente e futuro, é instante e de relações porque nela a vida que se vive junto acontece! Um espaço/tempo de relações, onde a diferença (a multiplicidade) é uma realidade em meio à qual, necessariamente, são constituídos os vínculos, para o bem ou para o mal, em que se dão as experiências.
 As relações se dão entre os diferentes e na diferença! Quando dizemos o diferente e na diferença estamos marcando duas situações, embora caminhem juntas. Ao dizermos o diferente referimo-nos ao outro, aquele que, simplesmente por ser outro já é diferente de mim; quando dizemos na diferença, fazemos referência à contingência, por exemplo, na escola os educandos estão imersos na diferença; especificamente nesse espaço/tempo estão em relação um eu e os outros, os quais, por serem outros e, portanto, diferentes, criam para esse eu um espaço/tempo na diferença.
Barbara Smith, em seu livro Crença e resistência: a dinâmica da controvérsia intelectual contemporânea alude a um problema ao qual teremos que dar maior atenção, a saber, a natural dificuldade que temos para aceitar e, mais ainda, conviver com o diferente, na diferença. Tal é a dificuldade, apontada por Smith, de considerar, individualmente, ou constituir, do ponto de vista teórico ou institucional, o que chamamos multiplicidade, em razão de nossas resistências às diferenças, seja do ponto de vista do indivíduo, seja numa perspectiva epistemológica:

Se aquilo em que acredito é verdadeiro, como o ceticismo ou a crença diferente de uma outra pessoa é possível? [...] uma tendência mais geral aqui, qual seja, “autoprivilégio epistêmico” ou “assimetria epistêmica”, isto é, nossa inclinação a pensar que acreditamos nas coisas verdadeiras e razoáveis em que acreditamos porque elas são verdadeiras e razoáveis, ao passo que outras pessoas acreditam nas coisas tolas e revoltantes em que acreditam porque há algo errado com elas. [...]. (SMITH, 2002, pp.17-18).

Note-se que não estamos tratando aqui apenas da diferença religiosa, aliás, temos como hipótese que, ao menos na escola, não é essa a diferença que mais importa para a vida que se vive juntos ali, mas tratamos dos diferentes magrinho e gordinho, dentes, sem dentes e dentes amarelados, com e sem óculos, cabelos lisos e encaracolados, com e sem posses, que pensam assim e de outro jeito, que gostam desse autor e não de outro, que aprendem ouvindo o professor ou lendo, e mais e mais, uma lista infinita de motivos para considerar o outro diferente e, portanto, passível de desconfiança nas relações e no conhecimento.
Martin Buber, em seu livro Sobre comunidade, ao pensar numa educação para a comunidade onde exista a “comunialidade”, ou seja, um estar juntos dinâmico, considerou que esta precisaria acontecer não sobre homens semelhantes e feitos, formados e ordenados de modo semelhante, mas sobre pessoas formadas e ordenadas diferentemente e que mantém uma autêntica relação entre si, considerando assim a diferença, a qual, como podemos constatar em nosso cotidiano, é inevitável. Partindo dessa diferença e da consideração da situação da humanidade contemporânea, Buber afirmou, como um dos sentidos da comunidade, a própria multiplicidade de pessoas e sua relação e apontou que a estrutura desta multiplicidade, por sua vez, não poderia reprimir ou impossibilitar a relação autêntica. (Cf. BUBER, 1987, pp. 87-88).
Por meio da realidade em que vivemos, cercados de exemplos cotidianos e diários de dificuldades para convivermos uns com os outros, a temática da diferença toma corpo e nos exige, de um lado, uma mudança de postura e, de outro, maior conhecimento para nos convencermos, nós e os outros, de que é na diferença que a vida acontece e pode, inclusive, ser mais rica! Barbara Smith e Martin Buber são sugestões de leituras para esse fim...

Referências Bibliográficas:

BUBER, Martin. Sobre Comunidade. Trad. Newton Aquiles Von Zuben. Seleção e introdução de Marcelo Dascal e Oscar Zimmermann. São Paulo: Editora Perspectiva, 1987. 
CÂNDIDO, Viviane C. Epistemologia da Controvérsia para o Ensino Religioso:  aprendendo e ensinando na diferença, fundamentados no pensamento de Franz Rosenzweig. 2008. 412f. Tese (Doutorado em Ciências da Religião). Pontifícia Universidade Católica de São Paulo. 
SMITH, Barbara Herrnstein. Crença e Resistência: a dinâmica da controvérsia intelectual contemporânea. Trad. Maria Elisa Marchini Sayeg. São Paulo: Editora UNESP, 2002.

terça-feira, 17 de junho de 2014

Dica de Crystal - Fibromialgia... A dor da alma. Memória e fibromialgia


Aproximadamente uma de cada quatro pessoas com fibromialgia (FM) queixa-se de problemas com a memória e com a concentração. Exemplos deste problema incluem entrar num quarto ou noutro cômodo da casa e não se lembrar do que tinha que fazer, dificuldade para lembrar de palavras para finalizar uma frase e esquece...r nomes de pessoas. Problemas de leitura e de concentração em outras tarefas também podem aparecer.

Na verdade, estes problemas não acontecem só em pacientes com FM, mas em qualquer pessoa com dor crônica. Para o cérebro, a dor é sempre um sinal de que alguma coisa grave está acontecendo no corpo, como uma inflamação ou um tumor. Mesmo este não sendo o caso da fibromialgia, o cérebro continua dando atenção à dor, e outras funções cerebrais, especialmente a concentração, ficam prejudicadas. A nossa memória funciona como um gravador – para lembrar-nos de alguma coisa, esta precisa primeiro estar “gravada” no nosso cérebro, para ser lembrada algum tempo depois. Na maioria das pessoas com fibromialgia, não existe um problema de lembrar alguma coisa, mas sim desta informação não ter sido bem guardada.
O problema está em um baixo nível de concentração, e os fatos e nomes não são bem “gravados” no cérebro. Se eles não estão bem guardados, eles não podem ser lembrados depois. Vale a pena reforçar o conceito: na maioria das vezes em que o paciente não lembra um fato é porque este não foi bem guardado na primeira vez. Isso mostra que a memória está intacta, mas a concentração está deficiente por causa da dor crônica. Algumas medidas podem ser úteis para compensar esta diminuição de concentração:

1) Estabeleça rotinas : desde a hora de levantar da cama, tente manter a mesma rotina, por exemplo – lavar-se, tomar café, tomar remédios, etc... Sempre manter a mesma ordem ajuda a manter a memória e a concentração mais “descansadas” e assim que elas sejam necessárias para outras coisas, elas estarão mais preparadas.

2) Guarde suas coisas no mesmo lugar: chaves, remédios, costuras, etc...

3) ESCREVA RECADOS PARA VOCÊ MESMA(O) : quando o cansaço e a dor chegam, fica difícil contar com a memória, especialmente para detalhes. O fato de escrever não deixa a memória “preguiçosa”; pelo contrário, ajuda a gravar melhor fatos e palavras. Escreva tudo, desde o que tem que ser conversado com o(a) esposo(a) naquela noite, até o vencimento de contas.

4) Quando achar que alguma informação deve ser guardada, pare outras coisas que estiver fazendo e concentre-se naquilo. Repita uma, duas, três vezes frases que queira lembrar-se depois (faça em voz alta). Uma informação tem que ficar “passeando” na sua cabeça por pelo menos 15 segundos para ser bem guardada.

5) Seja paciente. Não reaja com tristeza ou nervosismo se alguma coisa for esquecida. Isto só irá piorar o problema. Lembre-se, você não está ficando louco ou com Alzheimer.

6) Divida com os outros suas dificuldades. Use senso de humor. Se você conseguir brincar sobre sua dificuldade em achar a palavra certa ou lembrar detalhes, os outros também ficarão relaxados e cobrarão menos de você.

7) Por fim, o tratamento dos outros problemas da fibromialgia, como a dor, as alterações do sono e depressão, também ajudará a melhorar os problemas de concentração e memória.

Projeto utiliza dança como terapia para crianças com paralisia cerebral

Instituto Guerreiros de Arte-Reabilitação utiliza o Hip Hop como instrumento de integração de jovens com doenças neurológicas
Reportagem Victoria Tuler
Edição Claudia Tavares



Grupo de jovens com distúrbios do sistema nervoso ensaia coreografias para apresentação no aniversário de Curitiba. (Foto: Victoria Tuler)
Garantir qualidade de vida para crianças e adolescentes com desordens neurológicas e comprometimentos motores através da dança é o objetivo de um projeto criado há 7 anos. O Instituto Guerreiros de Arte-Reabilitação, surgiu dentro da Universidade Federal do Paraná (UFPR), e aposta no Hip Hop como ferramenta para o desenvolvimento e inclusão social de cerca de 20 jovens.
Criadora e presidente do Instituto, a fisioterapeuta Joseana Withers teve a ideia de investir na arte como terapia após enfrentar um problema de saúde que a obrigou a retomar a prática de atividades físicas. “Acabei encontrando na dança uma maneira prazerosa de reabilitação. Percebi que poderia ser um caminho para tratar doenças neurológicas”, conta.
As constatações de Joseana viraram tese de mestrado em 2007 e, em seguida, foram promovidas a pesquisa do Hospital de Clínicas (HC). Através de grupos de estudo e da aplicação de cerca de 200 questionários, respondidos por participantes dessa fase experimental do projeto, a fisioterapeuta conseguiu comprovar cientificamente a eficácia da dança como terapia complementar para jovens com paralisia cerebral. A partir de então, as primeiras aulas de dança organizadas pelo grupo começaram com pacientes do próprio HC. Não demorou muito para o número de interessados crescer, e a equipe começar a planejar seus primeiros passos fora da UFPR para conseguir atender a demanda. “Começaram a chegar crianças indicadas por outras instituições e sentimos que não podíamos recusar. Foi aí que precisamos correr atrás de um espaço maior e mais apropriado”, explica Withers. O Instituto funciona hoje em uma escola de dança no centro de Curitiba.
Jovens atendidos
Segundo Joseana Withers, a maior parte dos jovens beneficiados pelo Instituto Guerreiros sofre de paralisia cerebral, problema que atinge o bebê ainda dentro do útero e pode atingir diferentes funções, como movimentos, audição, visão, fala, aprendizagem ou raciocínio. O projeto também atende crianças e adolescentes com outras deficiências como a osteogénese imperfeita, popularmente conhecida como doença dos ossos de vidro – devido a fragilidade dos ossos de seus portadores – e vítimas de lesões medulares. O programa inclui crianças a partir dos 4 anos, mas não tem limite de idade. De acordo com a fisioterapeuta, há jovens de mais de vinte anos que continuam indo às aulas e não pretendem parar tão cedo.
A aluna Ilana Santiago tem 14 anos e frequenta o Instituto desde os 10.  Animada e com figurino de apresentação, a garota conta que adora a dança e os sentimentos que os passos de Hip Hop despertam nela. “Não quero parar nunca. Fico muito feliz dançando. Faz com que eu me sinta livre”, descreve. A mãe, Carmen Lucia Santiago Ferreira, diz que sempre incentivou a filha a assistir apresentações culturais. Para ela, a bagagem que a menina trouxe de casa ajudou muito nos resultados do projeto. “Sempre estimulei e fiz a minha parte. A dança aprimorou tudo que ensinamos. Ela sempre foi alegre, mas hoje é mais sociável, faz amizade com mais facilidade”, conta.
Patrocínios
O projeto se mantém exclusivamente com doações. De acordo com Joseana algumas empresas fazem contribuições frequentes, mas não há nenhum apoio financeiro de órgãos governamentais. “Estamos buscando parcerias com a própria prefeitura porque temos planos de expandir o Instituto. Queremos abrir as portas para portadores de autismo e síndrome de Down, por exemplo”, afirma.
O espaço em que as aulas acontecem é cedido pela escola de dança Cenário Espaço Arte, na rua Barão de Antonina, no Centro. O grupo conta ainda com o trabalho de quatro professores e uma psicóloga, que faz atividades com os pais enquanto os alunos ensaiam. Todos os funcionários são voluntários.
Prêmio
O trabalho do Instituto Guerreiros de Arte-Reabilitação tem ganhado reconhecimento. Além de já ter levado espetáculos para Santa Catarina e Rio Grande do Sul, a iniciativa conquistou recentemente o Prêmio Fani Lerner, destinado a instituições sociais, sendo escolhida entre 100 outros projetos de todo o Paraná.
No próximo sábado (29), em homenagem ao aniversário de Curitiba, o Grupo de Dança Guerreiros deverá ser uma das atrações da festa que terá atividades das 10 da manhã as cinco da tarde.  A entrada é franca.
http://www.jornalcomunicacao.ufpr.br/projeto-utiliza-danca-como-terapia-para-criancas-com-paralisia-cerebral/

segunda-feira, 16 de junho de 2014

Copa do Mundo tem locução de rádio para deficientes visuais no estádio


Os jogos em quatro sedes da Copa do Mundo reservam uma atenção especial aos portadores de deficiência visual. Desde a partida de estreia entre Brasil e Croácia, os estádios de São Paulo, Rio de Janeiro, Brasília e Belo Horizonte têm transmissões de rádios desenvolvidas especialmente para torcedores cegos.
Feita por voluntários do torneio, a locução é diferente das rádios tradicionais, pois é mais descritiva. A reportagem da Gazeta Esportiva acompanhou uma parte da transmissão do jogo de abertura, que foi realizada por uma equipe de três pessoas, com os narradores Natália Caldeira e André Varanda e o produtor Gabriel Mayr.
"Nós damos todas as informações do estádio. Nas outras rádios, por exemplo, o grito de gol do narrador é mais longo. Aqui, nós informamos que foi gol e detalhamos a comemoração, dizendo que o Neymar marcou e foi comemorar com a torcida, enquanto o Hulk correu para ganhar um abraço do Felipão...", explicou Mayr.Os voluntários não são necessariamente profissionais de rádio, mas receberam um treinamento específico para a função, inclusive em partidas dos campeonatos locais. "Não é (um estilo) tão opinativo, mas sim descritivo. Depois, se quiser ir para uma rádio saber a opinião dos comentaristas, o torcedor vai ouvir. Nós podemos dizer até que o Neymar errou dez passes, mas não que está jogando mal", acrescentou.
Produtor no jogo de São Paulo, Mayr será o narrador em partidas no Rio de Janeiro. No projeto, duas pessoas se revezam transmitindo o mesmo duelo. A ideia não é descrever apenas o que acontece no campo, mas também nas arquibancadas.
"Nós explicamos por que os torcedores estão vaiando. No telão, apareceu uma camisa do Inter e quem está nos ouvindo não sabe que a vaia foi por isso. Em um dos jogos que fizemos de treinamento, do São Paulo, a bola estava no meio-campo e começaram a comemorar. Nós informamos na transmissão que estavam comemorando por causa de um bandeirão do Rogério", comentou Mayr.
Para propagar o serviço, que começou a ser utilizado em jogos de campeonatos europeus, a Fifa enviou mensagem para torcedores que adquiriram ingressos, avisando sobre a disponibilidade.
Com início dez minutos antes das partidas, as transmissões da rádio são feitas para os portadores de deficiência visual que estão nas arquibancadas, nas seguintes frequências: Belo Horizonte (103,3 FM), Brasília (98,3 FM), Rio de Janeiro (88,9 FM) e São Paulo (88,7 FM).

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Nascidos no Silêncio


Schumacher sai do coma e deixa hospital. Recuperação ainda é mistério


As paixões esportivas de Michael Schumacher18 fotos

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Michael Schumacher comemora ao vencer o Desafio Internacional das Estrelas de Kart, em Florianópolis, em 2009 AP Photo/ Nabor Goulart
 

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O ex-piloto Michael Schumacher deixou o Hospital de Grenoble, na França, após sair do coma, informou nesta segunda-feira a assessora dele, Sabine Kehm, em comunicado oficial. Ela agradeceu o apoio dos fãs durante os quase seis meses desde o acidente de esqui sofrido pelo alemão, mas manteve o mistério sobre a recuperação do heptacampeão mundial de F1.
De acordo com o comunicado, Schumacher ainda tem uma "longa fase de reabilitação" pela frente, que "acontecerá distante dos olhos do público".
Praticamente todo o período em que Schumacher esteve no Hospital de Grenoble foi cercado de mistérios, com poucas informações oficiais sendo divulgadas.
Ao longo dos quase seis meses desde o acidente sofrido em 29 de dezembro do ano passado, vários rumores foram noticiados na imprensa internacional e seguidamente desmentidos pela assessoria, como o boato de que Schumi sairia do hospital para ser tratado em casa, no começo do ano.
Confira o comunicado oficial da assessoria de Schumacher:
"Michael deixou o Hospital de Grenoble para continuar sua longa fase de reabilitação. Ele não está mais em coma.
Sua família gostaria de agradecer a todos os médicos, enfermeiros e terapeutas que o trataram em Grenoble, bem como aos socorristas que o atenderam no local do acidente, que fizeram um excelente trabalho nestes primeiros meses.
A família também gostaria de agradecer a todas as pessoas que enviaram pensamentos positivos a Michael. Estamos certos de que isso o ajudou.
Para o futuro, gostaríamos de pedir compreensão, uma vez que sua posterior reabilitação acontecerá distante dos olhos do público."
Acompanhe a cronologia do caso Schumacher