quinta-feira, 26 de março de 2015

Especialistas reclamam da falta de tratamento adequado para autistas

Banda com músicos autistas e com síndrome de Down vai tocar no Eurovision

banda
Eurovision é a competição musical exibida na TV mais importante da Europa.
A 60ª edição do Eurovision terá uma novidade. A banda finlandesa Pertti Kurikan Nimipäivät vai participar da competição anual de música na Europa. Detalhe: o grupo de punk conta com integrantes com autismo e síndrome de Down.
A banda de punk foi formada há seis anos. Kari Aalto (vocal), Pertti Kurikka (guitarra), Toni Välitalo (bateria) e Sami Helle (baixo) foram descobertos em uma oficina musical para adultos com deficiência.
O Pertti Kurikan Nimipäivät foi tema de um documentário lançado em 2012 intitulado “The Punk Syndrome”. No último ano, a campeã do Eurovision foi a transgênero Conchita Wurst.
A competição acontece no fim de maio, em Viena, na Áustria.
Ouça a música “Puhevika!”, de Pertti Kurikan Nimipäivät:

Fibromialgia arrasa sua saúde e confunde os médicos

Síndrome causa dores insuportáveis, tristeza e perda de memória

Imagine que você passou horas apertada dentro de uma caixa, sem espaço para se mexer ou respirar direito. Pense como essa situação fragiliza seu corpo e sua mente: todos os seus músculos ficam doloridos e dormentes, seu pensamento é dominado por um misto de ansiedade e depressão. A cabeça parece pesar 200 quilos e você começa a apresentar dificuldades para dormir e executar tarefas comuns. A memória começa a falhar e a concentração diminui. A descrição lembrou um filme de terror, com requintes de tortura? 

Antes fosse. É assim que se sentem os portadores de fibromialgia, explica Ana Márcia Proença, educadora física e terapeuta corporal que atende pacientes com o problema que, atualmente, vitima principalmente as mulheres. Os portadores desta síndrome dolorosa de origem ainda desconhecida costumam enfrentar uma maratona até chegar a um diagnóstico, normalmente é difícil e demorado. Com predominância entre o sexo feminino (cerca de 80% a 90% das pacientes são mulheres entre 30 e 50 anos), as pacientes costumam chegar ao consultório médico com no mínimo três dos seguintes sintomas: 

Fibromialgia - Foto: Getty Images
Fibromialgia
Dores fortes e difusas nos músculos, tendões, ligamentos e articulações por mais de 3 meses 
Fadiga e distúrbios de sono 
Sensação de queimação e/ou contrações espasmódicas nos músculos 
Hipersensibilidade ao toque 
Dificuldade de concentração e perda de memória 
Enxaquecas crônicas TPM forte, com náuseas, fortes alterações de humor e dores abdominais 
Problemas digestivos como diarréia, intestino preso e gases 
Disfunção Temporomandibular (na lateral da testa e no queixo, perto das orelhas) ou algum desconforto ou dor constante na mandíbula 
Dormência e formigamento 
Ansiedade e depressão 
Ser portador de Lupus Eritematoso Sistêmico, Síndrome da Fadiga Crônica, osteoartrose, Artrite Reumatóide, hérnia de disco ou osteoporose  

Diagnóstico, outro calvário

Mesmo com todos os sintomas, o diagnóstico muitas vezes é complicado, confundido com outras enfermidades ou tratado como algo emocional e não uma síndrome real. Existe uma dificuldade no diagnóstico e o preconceito de alguns profissionais que, às vezes, acreditam que a paciente não tem nada, acontece principalmente porque, apesar de reclamarem de muita dor muscular em reação ao toque e/ou movimento, não há evidências clínicas de qualquer lesão nos tecidos. 

Ou seja, nos exames não aparece nenhum problema visível nas articulações ou músculos. Na prática, o paciente perde a capacidade de regular a sensibilidade dolorosa. Os níveis de produção de serotonina (neurotransmissor responsável pela liberação de alguns hormônios, controle da dor, sono e apetite, entre outros) diminuem e surge a hipersensibilidade a estímulos que normalmente não causariam dor. "Eu me sentia cansada o dia todo, já acordava fatigada", conta a alemã naturalizada brasileira Christel Hunsaker, 63 anos. "E a dor foi aumentando, chegou num ponto em que nem saía mais, de tanto que doía". Demorou mais de um ano para me diagnosticarem com fibromialgia, revela.  

Causas da síndrome

Segundo o chefe do ambulatório de fibromialgia do Hospital das Clínicas da Universidade Federal do Paraná, Eduardo S. Paiva, os estudos apontam para uma origem genética. Mas ainda não existe evidência de que um único gene seja responsável por todos os sintomas. "Além disso, muitas vezes a bagagem genética necessita de um gatilho ambiental, como um estresse físico ou psicológico", afirma. Já as terapias corporais têm um ângulo complementar para avaliar o surgimento da síndrome. 

Os músculos carregam nossa história de vida, nossa memória afetiva, sentimentos, pensamentos e reações, externalizadas ou não. "A serotonina, substância associada a esse quadro, não é apenas a responsável química pela transmissão da dor, mas também pela nossa capacidade de sentir prazer", analisa Ana Márcia Proença. Concordar com tudo, negar nossas raivas e ressentimentos e a necessidade de agradar os outros em detrimento de nossos próprios anseios e necessidades tornam as mulheres mais suscetíveis ao desenvolvimento dessa síndrome. "É algo que vai além de questões hormonais", diz a terapeuta. 

Dá para aliviar, pelo menos?

Mas e o tratamento? Como ainda não se sabe o que causa o transtorno e as dores são crônicas, mas não inflamatórias, os tratamentos acabam sendo mais paliativos. Depende do médico, mas as opções mais utilizadas são os medicamentos contra a dor, que melhorem a qualidade do sono e anti-depressivos, além de terapias corporais e ocupacionais. As principais opções de tratamento incluem: 
Medicamentos para aliviar a dor, diminuir a ansiedade e regular os neurotransmissores (sempre receitados pelo médico) Programa de exercícios e condicionamento físico para fortalecer a musculatura 
Terapia para compreender os mecanismos internos e promover a solução de conflitos 
Relaxamento ativo e passivo para diminuir a tensão muscular 
Massagem (shiatsu, ayurvédica etc) 
Práticas de yoga e tai chi 
Calatonia (tratamentos com toques sutis pelo corpo)  
http://www.minhavida.com.br/saude/materias/1193-fibromialgia-arrasa-sua-saude-e-confunde-os-medicos

Gosta de Histórias? Então confira o excelente trabalho da Pinacoteca com contação de histórias em Libras!


Gosta de Histórias? Então confira o excelente trabalho da Pinacoteca com contação de histórias em Libras! Todas as histórias são contextualizadas com obras de Arte em exposição. Muito Bom!
Venha conhecer como é possível construir histórias com as mãos. A partir desse sábado, dia 28/03, acontecerá na Pina a "Contação de Histórias em Libras". 
Será no último sábado de todo mês. Veja mais infos e todas as datas em nosso site: http://bit.ly/1Dlsp6O
Pinacoteca do Estado de São Paulo

Trilha ambiental inaugurada em Florianópolis é acessível para deficientes físicos

No aniversário da cidade, os moradores de Florianópolis ganharam nesta segunda-feira (23) uma trilha ambiental no parque do Córrego Grande. O diferencial da trilha é que ela é acessível a cegos e cadeirantes, inclusive nas sinalizações e informações. O prefeito da cidade esteve na inauguração e afirmou que promete repetir o projeto em outros parques da Capital.

http://ricmais.com.br/sc/ric-noticias/videos/trilha-ambiental-inaugurada-em-florianopolis-e-acessivel-para-deficientes-fisicos/


Novo tratamento do Alzheimer restaura totalmente a função da memória

Novo tratamento do Alzheimer restaura totalmente a função da memória

Pesquisadores australianos criaram uma tecnologia de ultra-som não-invasiva que limpa o cérebro das placas amilóides neurotóxicos responsáveis ​​pela perda de memória e pelo declínio da função cognitiva em pacientes com Alzheimer.


Se uma pessoa tem a doença de Alzheimer, isso é geralmente o resultado de uma acumulação de dois tipos de lesões - placas amilóides e emaranhados neurofibrilares. As placas amilóides ficam entre os neurônios e criam aglomerados densos de moléculas de beta-amilóide.


Os emaranhados neurofibrilares são encontrados no interior dos neurónios do cérebro, e são causados por proteínas Tau defeituosas que se aglomeram numa massa espessa e insolúvel. Isso faz com que pequenos filamentos chamados microtúbulos fiquem torcidos, perturbando o transporte de materiais essenciais, como nutrientes e organelas.

Como não temos qualquer tipo de vacina ou medida preventiva para a doença de Alzheimer - uma doença que afeta 50 milhões de pessoas em todo o mundo - tem havido uma corrida para descobrir a melhor forma de tratá-la, começando com a forma de limpar as proteínas beta-amilóide e Tau defeituosas do cérebro dos pacientes.


Agora, uma equipa do Instituto do Cérebro de Queensland, da Universidade de Queensland, desenvolveu uma solução bastante promissora. Publicando na Science Translational Medicine, a equipa descreve a técnica como a utilização de um determinado tipo de ultra-som chamado de ultra-som de foco terapêutico, que envia feixes feixes de ondas sonoras para o tecido cerebral de forma não invasiva.

Por oscilarem de forma super-rápida, estas ondas sonoras são capazes de abrir suavemente a barreira hemato-encefálica, que é uma camada que protege o cérebro contra bactérias, e estimular as células microgliais do cérebro a moverem-se. As células da microglila são basicamente resíduos de remoção de células, sendo capazes de limpar os aglomerados de beta-amilóide tóxicos.

Os pesquisadores relataram um restauro total das memórias em 75 por cento dos ratos que serviram de cobaias para os testes, havendo zero danos ao tecido cerebral circundante. Eles descobriram que os ratos tratados apresentavam melhor desempenho em três tarefas de memória - um labirinto, um teste para levá-los a reconhecer novos objetos e um para levá-los a relembrar lugares que deviam evitar.
http://www.ciencia-online.net/2015/03/tratamento-do-alzheimer-restaura-memoria.html?m=1

A escolarização do aluno com síndrome de Down

VERA LÚCIA CAPELLINI - ESPECIAL PARA O ESTADO DE S. PAULO


Conviver com pessoas de diferentes origens favorece o desenvolvimento

A síndrome de Down (trissomia 21), descrita pelo médico inglês John Langdon Down, em 1866, é um acidente genético ocorrido, em 95% dos casos, no momento da concepção. Ou seja, é uma condição causada por um cromossomo extra no par 20. Dia 21 de março foi escolhido o Dia Internacional da Síndrome de Down porque os números 21/3 (ou 3-21) fazem alusão a essa trissomia 21.
O convívio com uma realidade diferente faz com que as crianças respeitem e acolham os colegas especiais
O convívio com uma realidade diferente faz com que as crianças respeitem e acolham os colegas especiais
Em 1959, Jerôme Lejeune descobriu que a causa da síndrome era genética. Mulheres com mais de 35 anos têm maior probabilidade de gestar um bebê com alterações cromossômicas como o Down. Os alunos com esta síndrome têm características físicas parecidas, apresentam deficiência intelectual e podem ser acometidos por algumas doenças. Todavia, cada indivíduo com Down ou não é único. Quase sempre a gravidade dos sintomas é inversamente proporcional ao estímulo ofertado durante a infância.
Onde deve estudar um aluno com Síndrome de Down? Não há uma resposta única, pois a legislação brasileira prevê a escolarização na classe comum, bem como em escolas especiais. Entretanto, as evidências científicas apontam que o ambiente mais adequado para a escolarização do aluno com síndrome de Down é a classe comum.
A inclusão escolar de alunos com deficiência, adolescentes e adultos segregados por diversos anos, não é sempre tranquila. A conjuntura brasileira nem sempre favorece que a legislação se materialize a contento no cotidiano escolar. Contudo, a literatura aponta que o início da escolarização na classe comum, desde a educação infantil, tem sido mais efetiva. Visto que aprendemos na interação com o outro.
O aluno com síndrome de Down de 20 anos atrás era menos inteligente que o aluno com a mesma síndrome hoje? Não. É que ao aluno atual é dado oportunidade de aprendizagem, de acessar os conhecimentos produzidos pela humanidade. Antes a eles era apenas atribuído treinamento de habilidades de vida diária, pois eram rotulados como não educáveis. No contexto atual existem pessoas com síndrome de Down na universidade.
A educação é instrumento por excelência de emancipação das pessoas. Isso não é diferente para alunos com síndrome de Down. Além de transmitir conhecimentos acadêmicos, a escolarização é uma etapa fundamental no desenvolvimento integral do ser humano. Conviver com pessoas de diferentes origens e formações em uma escola comum, com uma perspectiva inclusiva, favorece o desenvolvimento pleno de todas as capacidades das pessoas com síndrome de Down.
Mais informações:
MENDES, E. G. Inclusão marco zero: começando pelas creches. Araraquara: Junqueira & Marin, 2010.
http://www.movimentodown.org.br/educacao/educacao-e-sindrome-de-down/
http://www.federacaodown.org.br/portal/
Vera Lúcia Messias Fialho Capellini é professor adjunto do Departamento de Educação da Faculdade de Ciências da Unesp de Bauru