terça-feira, 19 de fevereiro de 2013

ONG permite que praia receba com mais conforto quem tem deficiência

No nosso país, isso significa incluir 45 milhões de pessoas na diversão, segundo o IBGE.

G1


Um local de lazer que reúne brasileiros de todas as condições sociais está se tornando ainda mais democrático. O esforço de uma organização não governamental permitiu que a praia passe a receber, com mais conforto e segurança, quem tenha algum tipo de deficiência. No nosso país, isso significa incluir 45 milhões de pessoas na diversão, segundo o IBGE.


No site do Praia para Todos, você encontra outras informações sobre o projeto, datas e locais de eventos, fotos e contatos.

O espaço é público. A diversão, de graça. Mas a praia, nem sempre, foi acessível a todos.
“Gostava, curtia, via o mar, encontrava com amigos, mas não era a mesma coisa, porque eu ficava no calçadão. Era um obstáculo muito grande entrar na areia com autonomia", lembra Ricardo Gonzalez, um dos idealizadores do projeto.
Ricardo sofreu um acidente na adolescência e decidiu que precisava fazer algo para poder aproveitar um dia de sol. Ao lado de Fábio, criaram o programa “Praia para Todos”. Depois de cinco edições na Barra da Tijuca, levaram a Copacabana atividades como bicicleta manual, frescobol e vôlei. E será assim, todos os domingos, até junho. Para alegria de Jorginho, de 11 anos.
“Eu tinha muita vontade de trazer ele na praia. Quatro anos atrás eu vim aqui em Copacabana, mas eu não consegui andar com ele na areia, pela dificuldade", conta Patrícia de Souza, mãe de Jorginho.
“Hoje acaba o meu jejum", acrescenta o menino.
Um dos momentos mais concorridos e prazerosos do projeto é quando as pessoas podem, novamente, tomar um banho de mar. Graças ao apoio de fisioterapeutas e bombeiros do Grupamento Marítimo, que cederam até uma moto aquática. Dona Tania aproveitou.
“É complicado você ficar sentado na cadeira e ver todo mundo tomando banho, e você não sente o geladinho gostoso da água. É muito bom", ela diz.
“Estamos aqui nos horários de folga, de forma voluntária, estamos com um prazer, uma alegria, uma satisfação muito grande, coração aberto, para poder inserir essas pessoas com deficiência na sociedade", explica Marcelo Pinheiro, tenente-coronel do Corpo de Bombeiros do Rio.
Ajudar não é difícil. Facilitar a vida de quem usa cadeira de rodas não é difícil. Difícil é convencer Jorginho a sair da água.

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