quarta-feira, 19 de setembro de 2012

PLANO DE TRATAMENTO PARA ESCLEROSE MÚLTIPLA

Veja a avaliação e o tratamento para paciente com Esclerose Múltipla
A esclerose múltipla (EM) ou esclerose disseminada é uma doença neurológica crônica, de causa ainda desconhecida, com maior incidência em mulheres e pessoas brancas (pessoas com genótipo caucasiano).

Este tipo de patologia leva a uma destruição das bainhas de mielina que recobrem e isolam as fibras nervosas (estruturas do cérebro pertencentes ao Sistema Nervoso Central ou SNC).

Esta doença causa uma piora do estado geral do paciente: fraqueza muscular, rigidez articular, dores articulares e descoordenação motora. O doente sente dificuldade para realizar vários movimentos com os braços e pernas, perde o equilíbrio quando fica em pé, sente dificuldade para andar, tremores e formigamentos em partes do corpo.

Em alguns casos a doença pode provocar insuficiência respiratória, incontinência ou retenção urinária, alterações visuais graves, perda de audição, depressão e impotência sexual.

Nos estágios mais graves da doença, pode ocorrer um comprometimento respiratório. Isto pode acarretar episódios de infecção ou insuficiência respiratória, que devem ser tratados com atenção e rapidez, para minimizar o desconforto do paciente e coibir uma piora do seu estado geral.

Sinais e sintomas

MAIS COMUNS:

– Fadiga: 88%
– Fraqueza muscular
– Parestesia: 60%
– Deambulação instável: 87%
– Diplopia: 58%
– Tremores: 41%
– Disfunção vesical/intestinal: 65%
– Problemas cognitivos

MENOS COMUNS:
– Hemiplegia
– Neuralgia do trigêmeo
– Paralisia facial
– Ataxia

EVOLUÇÃO E PROGNÓSTICO:
• EM recidivante-remissiva: recidivas, recuperação e estabilidade.
• Progressiva primária: deterioração contínua, progressão constante, não interrompidas por recorrências definidas.
• Progressiva secundária: recidiva e remissão, seguida de progressão com ou sem recaídas ocasionais, discreta remissão ou platô.
• Progressiva recidivante: progressiva desde o início, com recorrências claras, que podem regredir ou não

FATORES DE EXACERBAÇÃO:

• Fadiga excessiva
• Trauma
•  Aumento da To:
–  Interna à febre
–  Externa à banho quente ou To climática elevada

DIAGNÓSTICO
• Pelo menos dois episódios de distúrbio neurológico com idade entre 10 e 59
• Evidências em lesões no SNC: RM

MEDICAMENTOS
• Redução na taxa de recorrência:
–  Avonex (interferon beta 1a)
–  Betaferon (interferon beta 1b)
–  Copaxone (acetato de glatiramer)

AVALIAÇÃO DA FISIOTERAPIA:
• Força
• Tônus
• ADM
• Equilíbrio
• Coordenação
• Marcha
• Fadiga/resistência
• Condição cardiovascular e respiratória
• Mobilidade no leito/locomoção
• Deficiência intestinal/vesical/sexual
• Deglutição
• Fala
• Condição visual
• Sensibilidade
• AVD
• Cognição
TRATAMENTO:

ProblemaObjetivoPlano
FraquezaFortalecimentoExercícios conforme protocolo, Kabat
EspasticidadeAdequação do tonoAlongamento, crioterapia, TENS.
Sensibilidade diminuídaEstimular percepção
sensorial
Estimulação sensorial (Rood)
DorSuprimir a fonte de dorTENS, terapia manual
FadigaAumentar e
conservar a energia
Exercícios conforme protocolo
EquilíbrioAumentar equilíbrioPranchas, bolas suíças, rolos
CoordenaçãoEstimular o controleExercícios de Frenkel, Kabat
Deambulação/ transferênciasMobilidade segura e eficienteReforçar os itens anteriores e treino de marcha

Programa de fortalecimento:
1.  Alongamentos
2.  Exercícios à resistência submáxima
3.  Intervalo de 1 a 5 minutos
4.  Início: 8-10 repetições
5.  Cada 2-3 semanas aumentar 1-2 repetições até 20-25.
6.  Depois disso acrescentar ½ a 1 kg e as repetições reduzidas a 8-10
7.  Temperatura ambiental baixa
Fonte: Schapiro

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