quarta-feira, 30 de janeiro de 2013

Estudantes elaboram manual de acessibilidade para televisão


A preocupação em tornar acessíveis às programações da televisão brasileira, além da curiosidade em saber se existia algum mecanismo de acesso destinado a pessoas com deficiência visual e auditiva, levou duas estudantes de Jornalismo do Centro Universitário do Norte (Uninorte), a desenvolverem uma pesquisa sobre as ferramentas que as TVs da região dispõem para inserir esse determinado público.
Mulher fazendo sinal em Libras, ao lado de uma câmera de televisão
Intitulado "Manual de acessibilidade: Televisão acessível, e agora o que fazer?", o estudo aborda como as TVs públicas do Amazonas lidam com a obrigatoriedade de uso dos quatro recursos que devem ser disponibilizados pelas emissoras: libras, audiodesrição (AD), dublagem e legenda oculta (close caption). As autoras são as estudantes Jamile Galvão e Fabiana Ferreira.
Durante sete meses, as acadêmicas estudaram a lei que estabelece as normas de acessibilidade e fizeram a análise de quais televisões públicas oferecem e exercem tal atividade. Segundo Jamile, foi durante a coleta que surgiu a ideia de se fazer um manual de como fazer TV para pessoas com deficiência visual e auditiva de forma simplificada.
Ainda de acordo com Jamile, a ideia foi elaborar um manual com uma linguagem didática. No manual, além de constar a lei que estabelece a obrigatoriedade de uso da dublagem, legenda oculta e audiodescrição, há também os conceitos de cada item existente na lei, facilitando o processo de entendimento por parte das emissoras.
O trabalho foi bem aceito na comunidade acadêmica e a dupla pôde apresentar no Congresso Nacional de Audiodescrição, realizado em Juiz de Fora, em 2012, além de ter ganho patrocínio para tiragem das primeiras cópias do manual.
Neste ano, o manual será apresentado na Feira Internacional de Tecnologia Assistiva (http://www.reatech.tmp.br/) , em São Paulo, além da previsão de chegar às livrarias ainda no primeiro semestre, pela editora Curupira, que desenvolve projetos na área de tecnologia assistiva, do qual estudantes fazem parte.
Fonte: CIÊNCIA em PAUTA, por Laize Minelli

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