segunda-feira, 22 de outubro de 2012

Os guerreiros da Inclusão




Quando se fala em pessoas deficientes, vem logo a imagem daquele ser cego com uma bengala ou então surdos, cadeirantes por falta de um membro ou PCs que significa Paralisia Cerebral. A sociedade vê o aspecto físico somente da deficiência e esquece a emoção, a essência do indivíduo.

O termo deficiente para denominar pessoas com deficiência tem sido considerado por algumas ONGs e cientistas sociais inadequado, pois o termo leva consigo uma carga negativa depreciativa da pessoa, fato que foi ao longo dos anos se tornando cada vez mais rejeitado pelos especialistas da área e em especial pelos próprios portadores. Muitos, entretanto, consideram que essa tendência politicamente correta tende a levar os portadores a uma negação de sua própria situação e a sociedade não respeito da diferença.

         Quando vemos valorização do deficiente, uma acessibilidade e inclusão adequada, isto nota-se, só na ficção. Tivemos um exemplo de motivação para a superação dos desafios de uma cadeirante tetraplégica, sofrida após um acidente, na novela “Viver a Vida”, com Aline Morais, que por sinal soube viver intensamente a personagem, chegou a ter escaras, capacidade de utilizar-se de adaptações e a própria cadeira  que por si só, justifica transmitir um pouco a realidade do universo da deficiência física. Há exemplos de filmes como “Meu Pé Esquerdo “dirigido por Jim ShereadamO filme relata as dificuldades vividas por Christy. Ele que nasceu com deficiência física e paralisia cerebral, o que lhe impedia de movimentar praticamente todo o seu corpo, exceto seu pé esquerdo. Ele conseguiu superar diversos obstáculos como o preconceito, o desrespeito, o descrédito social, além dos problemas familiares como um pai extremamente autoritário e incompreensível (Sr. Paddy), que o julgava como estorvo, uma dificuldade a mais em sua existência. Sua mãe era carinhosa (Sra. Bridget) e, com muito amor e esperança, lhe ensinou o alfabeto e motivou na busca pela superação de seus limites. Esforçou-se na economia para a compra de uma cadeira de rodas, chegando a fazer a família passar frio por falta de carvão no inverno e a se alimentar precariamente para cumprir esse objetivo. Ela confiava que ele poderia encontrar soluções pessoais para as suas eventuais dificuldades. Ao lado de seus 13 irmãos  buscava incluí-lo nas atividades de recreação, tanto quanto possível.

        Mesmo com a atrofia de um dos membros e da paralisia cerebral, Christy, usando seu pé esquerdo, fez os seus primeiros rabiscos num pequeno quadro negro que tinha no chão de sua casa.
      Ou o lindo filme “Uma Janela para o céu”  trata-se de história passada em 1955, quando a jovem Jill, então com 18 anos de idade, revela-se um enorme talento para o esqui e aposta certa para vencer os Jogos Olímpicos de Inverno de 1956. Mas acontece uma fatalidade: Jill por pouco não perde a vida após uma queda brutal na neve, mas fica paralisada do pescoço para baixo. Ainda que esteja impedida de praticar esportes para sempre, Jill agora tem uma outra batalha: viver e conviver com sua deficiência. Para isso ela vai contar com a ajuda de amigos, dos pais e parentes. história verdadeira entre inúmeros filmes que mostram superação.
A sociedade ainda se engana e não percebe o que seja ficção e real que um PC pode se virar em muitas  questões sozinho, pois eu Jussara Molina sou um caso destes, faço quase tudo sozinha, minha higiene, trocas, transferências, posso preparar algo básico para me  alimentar e muito mais ,pois então ,quem está escrevendo este texto? A não ser euzinha, salvo pela minha amiga Clara que faz alguma  correções, o principal está aqui neste blog a oportunidade de poder expressar meus pensamentos. E você leitor o que tem a dizer sobre este assunto?

Jussara Molina,48,PC

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