sábado, 15 de maio de 2010

O Poder da infomação...

A equipe do Futuro Está Aqui agradece a presença da Engenheira civil do CREA-PR, Vívian Curial Baêta de Faria, que trouxe a palestra sobre acessibilidade no CEEBJA Paulo Freire. Também agradecemos a Patrícia Moskwyn que fez a reportagem.






Por: Patrícia Moskwyn
Foto: Matheus Kreling

Em março, o Programa de Acessibilidade do CREA-PR saiu de sua programação habitual e foi falar com um público diferente. Por iniciativa da professora Eliane Clara Pepino, do Centro Estadual de Educação Básica de Jovens e Adultos (CEEBJA) Paulo Freire, de Curitiba, o programa foi para dentro da sala de aula.

Nas cadeiras, ao contrário de profissionais associados ao CREA-PR, estavam mais de cem pessoas, entre alunos e professores. A escola é voltada para a educação de alunos a partir dos dezoito anos. Também recebe idosos, portadores de deficiência visual, neuromotora e Síndrome de Down. Ou seja, pessoas que enfrentam um desafio diário: a locomoção em ambientes repletos de barreiras, desníveis, degraus. “É importante criar consciência e despertar a sensibilidade de todos sobre a questão da acessibilidade”, afirma Eliane Clara Pepino.

Durante a palestra, o público assistiu a vídeos, recebeu orientações sobre a adequação dos ambientes e participou de vivências. Utilizando recursos como vendas nos olhos, por exemplo, os voluntários simularam situações vividas por portadores de deficiências. “Quem participa da experiência, passa a olhar o lugar onde transita de outra forma, a entender as dificuldades”, afirma a engenheira civil Vívian Curial Baêta de Faria, coordenadora do projeto.

O impacto da palestra foi tão grande que professores de outras turmas já planejam novas ações. “Os grupos que têm especificidades precisam ter autonomia para se sentirem cidadãos completos. E espaços acessíveis trazem benefícios para todos”, conclui a professora.


Para mães e estudantes o debate deve ser constante

O Programa de Acessibilidade do CREA foi criado em 2006. Mais de seis mil pessoas já participaram das palestras. Esta foi a primeira voltada para estudantes que não têm ligação com as áreas de arquitetura e de engenharia.

Para muitos deles, a acessibilidade é um tema constante. “Na escola, eu convivo com pessoas que precisam ser incluídas. Promover mudanças que beneficiem aqueles que têm dificuldades é promover a igualdade”, diz a estudante Maria Aparecida Nadalin, que viu os filhos e o neto crescerem antes de realizar o sonho de cursar o ensino médio.

“Muitas vezes, as pessoas não prestam atenção às barreiras se não possuem alguém com dificuldades de locomoção no seu círculo de relacionamentos. Deveríamos ser educados desde sempre sobre o assunto”, afirma Ceci Strehl, mãe do estudante Otávio, de 24 anos, que é cadeirante.

Segundo Vivian, essa é uma das propostas do programa do CREA-PR. “A ideia é mobilizar a sociedade para que as pessoas entendam que transitar livremente, independentemente das limitações individuais, é um direito de todos”, afirma.

Os Números da inclusão

Segundo dados da Secretaria de Estado da Educação, a rede pública estadual do Paraná contava com 37.086 alunos especiais matriculados em 2009. Na rede conveniada com a SEED, foram matriculados outros 41.529 alunos. No total, 78.615 alunos foram atendidos pela educação especial no Paraná, no ano passado.
FONTES DO CREA-PR

Um comentário:

Unknown disse...

Parabéns Clara e Matheus pela inicativa, garra e perseverança. Graças a vocês temos várias informações importantíssimas sobre o tema acessibilidade e inclusão