domingo, 27 de março de 2011
A diferença de uma criança especial e um objeto

quarta-feira, 23 de março de 2011
segunda-feira, 21 de março de 2011
01 NEGRO + 01 DOWN + 01 POETA = 01 Dia para não esquecer de incluir

quinta-feira, 17 de março de 2011
Bancos são os maiores empregadores de deficientes, diz especialista

O professor e presidente da Associação Instituto Brasileiro de Relações de Emprego e Trabalho (Ibret), Hélio Zylberstajn, disse que os bancos são os que mais empregam pessoas com deficiência no País
A afirmação foi feita na tarde desta quinta-feira durante o 24° Fórum Serasa Experian de Empregabilidade de Pessoas com Deficiência
Zylberstajn mostrou dados do Caged (Cadastro Geral de Empregados e Desempregados) que dão conta de que desde 2008 os bancos foram os que mais empregaram essas pessoas. "Isso mostra que os bancos são os setores mais sensibilizados e com mais propensão a receber pessoas com deficiência", afirmou.
Segundo ele, o salário médio total por tipo de deficiência (fisica, auditiva, reabilitados, entre outros) é em media R$ 4 mil, por conta dos cargos serem preenchidos por pessoas com qualificação. "Elas são mais qualificadas e por isso a média salarial é maior", disse. E acrescentou que a empresa que não emprega portadores "joga para a sociedade um custo negativo que não precisaria existir".
O professor apresentou também informações sobre o mercado formal de trabalho no Brasil e no Estado de São Paulo. Dados da Rais (Relação Anual de Informações Sociais) indicam que em dezembro de 2009 havia 41 milhões de postos de trabalho formais no País, destes, 280 mil eram ocupados por pessoas com deficiência, um total de 0,7%. Em São Paulo o valor é um pouco maior, 0,8%, com um total de 12 milhões de postos formais, e 96 mil ocupados por essas pessoas.
O Fórum contou ainda com outros dois palestrantes, entre eles uma professora americana, Suzanna Bruyère, diretora do Employment and Disability Institute, órgão ligado à Cornell University de Nova York, insitutito responsável por realizar pesquisas nessa área.
O terceiro palestrante, o professor José Pastore, da Faculdade de Economia Administração e Contabilidade da USP, e da Fundação Instituto de Administração da USP, acredita que a melhoria das condições de empregabilidade dessas pessoas passa pela melhoria e ampliação dos sistemas de cotas.
"Há outras formas de trabalhar que estão surgindo que não necessariamente se apresentam como emprego, uma delas é o empreendedorismo, outra é o trabalho temporário, além da terceirização e contratação de autônomos"
Para Pastore, as empresas e autoridades demonstram maior compreensão sobre o assunto do que há 10 anos, quando ele desenvolveu um estudo sobre a inclusão dos portadores no mercado de trabalho. "O caminho a percorrer é muito grande, mas a sociedade brasileira, incluindo a iniciativa privada, tomaram mais consciência da responsabilidade de abrir espaço para este grupo", disse ele. "Porém, o desafio é melhorar o que já conquistamos. O sistema de cotras pode ter limitações, mas vejo que podemos melhorá-lo e ampliá-lo.
sábado, 12 de março de 2011
O dia mais odiado...
-Há o médico pode dizer:
–Talvez ela nem precise ficar aqui, mas poderá morar com sua tia e vir todos os dias fazer o tratamento de fisioterapia.
Lá fomos nós quatro, na verdade ninguém estava feliz! Eu, porque já me sentia abandonada , os outros por sentirem o mesmo. A esperança era mútua, mas foi feita a avaliação, então aconteceu o que nem um de nós queríamos, fiquei naquele refeitório chorando, assim como todos também foram muito tristes. Os três saíram daquele lugar. Lembrando que para uma criança, mesmo considerado o melhor lugar do mundo, conceituado na sociedade ,ficar ali sem os pais,sem a família ou amigos é como um abandono.Imagine como se sentem as inúmeras crianças especiais de ORFANATOS,CLINÍCAS,INSTITUIÇÕES?Mesmo sendo as melhores! FAMILIA É TUDO! AMIGOS, são como segundas famílias, que nos acolhem,respeitam e alimentam nas perspectivas de vida.
Logo veio umas moças me consolarem:
–Não chore querida! Você sabia que quem chora muito, fica feia e velha mais cedo?
Levaram-me em para uma sala de aula, onde eram feitas as orações da semana.
Fomos tomar banho num banheiro enorme, deveria ter umas vinte crianças, aproximadamente!A imprudência daquela atendente era tanta, que só me enfiou numa banheira cheia d’água. É claro ia morrer! Se não fosse outra que viu tudo e foi atrás.Quando chegou, me puxou com força , deu-me um banho , só assim fomos dormir.
Nos dias que passaram eu comecei a notar as semelhanças entre nós , a única diferença era a independência deles ,dali pra frente, criei coragem para me virar e ir além, porque apesar de todos fazerem de tudo para me virar sozinha, tipo pratinho , colher torta etc.Mas em casa era difícil ,porque sempre havia uma pessoa com pena. Ali ninguém era neném,todos eram tratados de igual para igual . Como era tímida, só fiz amizade com uma menina cadeirante, pela qual eu a empurrava para poder caminhar senão, ia pra cadeira de rodas também.
Lá faziam fisioterapia uma vez por semana. Então, jamais nesse curto espaço de tempo, aconteceria sair caminhando da sala de fisioterapia, correndo para os braços dos meus pais.
Na verdade,quando vi todas àquelas criaturas semelhantes com a minha especificidade ,pensei com os meus botões:
- Se eles conseguem, também irei conseguir, é claro!
Assim numa tarde ensolarada estava usando um vestido xadrez laranja e branco, passeando com a minha amiga Meire Cristina, no parque do colégio, quando falei pra ela:
–Meire você me espera aqui? Só um pouco!
–Aonde você vai Ju?
_ Vou tentar caminhar sem me segurar na cadeira!
–Mas você já fez isso alguma vez?
–Já sim!
–Onde?
–Lá em casa, a minha mãe fez um colchão grande, pelo qual fazia exercícios.
–Há é?
–Sim! Já volto, só vou experimentar. Fiquei ajoelhada no gramado que havia uns brinquedos para brincarmos. Fui até aquele brinquedo tipo tubo, me agarrei nos ferros, levantei, dei alguns passos, cai ajoelhada no gramado. Sim tentei!Pois, como sagitariana é duro na queda, não me convenceu e continuava persistindo nos passos, até que fossem autônomos.
Penso que muitas pessoas desistem por pouca bobagem na vida!A força está dentro de nós, podemos receber estímulos de fora, mas a ação é nossa!Meu lema sempre foi lutar para vencer. Não só tentar!!!
quinta-feira, 10 de março de 2011
Vai ser possível controlar com um portátil só com os olhos!!
Maria Cristina da Cunha Pereira fala sobre o ensino de Língua Portuguesa para surdos
Ter clareza de que a Língua Portuguesa - em sua modalidade escrita - é uma segunda língua para as pessoas surdas é uma premissa para poder realizar um bom trabalho de alfabetização desse público. Como a fala é um limite para esses alunos, a Língua Brasileira de Sinais (Libras) é a língua que servirá de base para que aprendam a ler e a escrever em português (ou em qualquer outro idioma). Trata-se, portanto, de um processo bilíngue, conforme explica a professora Maria Cristina da Cunha Pereira, linguista da Divisão de Educação e Reabilitação dos Distúrbios da Comunicação (Derdic) e professora da Pontifícia Universidade Católica (PUC) de São Paulo.
Doutora pela Universidade Estadual de Campinas (Unicamp) e assessora da Secretaria Municipal de Educação de São Paulo, Maria Cristina trabalha com ensino de Língua Portuguesa para surdos desde 1968 quando aceitou, pela primeira vez, o desafio de lecionar para adolescentes surdos. Nesta entrevista, a pesquisadora fala sobre as semelhanças e diferenças entre os processos de alfabetização de alunos ouvintes e não-ouvintes.
Por que não se deve forçar a fala numa criança que não escuta?
Maria Cristina da Cunha Pereira Sou pesquisadora, portanto falo sempre do ponto de vista de um teórico. Se a criança surda tem uma limitação na audição, por que é que vou usar exatamente o que ela tem de dificuldade para que ela adquira linguagem? Por que é que eu vou forçar a audição e a fala numa pessoa que não escuta? Acredito que as famílias devem deixar seus filhos surdos terem contato com a língua de sinais. É por meio dessa língua que eles terão acesso ao conhecimento. Há um mito de que as crianças surdas que aprendem Libras ficam preguiçosas e não se esforçam para falar. Ter preguiça é uma prerrogativa de quem pode escolher. Não é por preguiça que os surdos não falam, mas sim porque têm dificuldade. Assim, ou aprendem a língua de sinais ou não se comunicam. É necessidade e não preguiça.
A família também deve aprender Libras?
Maria Cristina Sim. O melhor é que os pais também aprendam a língua de sinais porque é na interação com a família que os filhos vão se desenvolver, adquirir valores, cultura etc. Ter uma língua em comum é importante não apenas do ponto de vista da comunicação, mas também para o desenvolvimento intelectual, afetivo, emocional da criança. O ideal é que os pais enfrentem esse desafio, aprendam Libras e que as crianças aprendam a língua de sinais e também sejam expostas à Língua Portuguesa escrita.
Com que idade uma criança consegue aprender a língua de sinais?
Maria Cristina Vou responder com uma pergunta: uma mãe começa a falar com seu filho quando ele tem que idade? Desde antes de nascer, não é? Então, o ideal seria que, assim que a criança nascesse e fosse constatado que ela é surda, iniciasse a aquisição da língua de sinais. Quanto mais cedo, melhor. E, assim como acontece com a Língua Portuguesa em relação aos ouvintes, a língua de sinais deve ser ensinada como disciplina ao longo de toda a Educação Básica. Na rede municipal de São Paulo, por exemplo, elaboramos um currículo para alunos surdos com expectativas de aprendizagem em Libras que vão da Educação Infantil ao 9º ano do Ensino Fundamental.
POR: Paula Takada (paula.takada@abril.com.br)
FONTES: Nova Escola