quinta-feira, 25 de setembro de 2014

Atletas brasileiros vencem e garantem vaga nas oitavas de final do Mundial de Bocha, na China


http://www.cpb.org.br/atletas-brasileiros-vencem-e-garantem-vaga-nas-oitavas-de-final-do-mundial-de-bocha-na-china/
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Eliseu (esquerda) e Dirceu avançaram às oitavas na classe BC4
Quatro atletas b rasileiros se classificaram nesta quinta-feira, 25, para as oitavas de final do Mundial de Bocha Paralímpica. O campeonato está sendo disputado em Pequim, na China, e conta com a presença de 172 atletas de 31 países. O Brasil chegou ao território chinês com uma delegação composta por 11 jogadores.
Os classificados para a próxima fase foram Eliseu dos Santos (BC4), Dirceu Pinto (BC4), Marcelo dos Santos (BC4) e Antonio Leme (BC3). As disputas, a partir desta próxima fase, serão eliminatórias e começam nesta sexta-feira.
Entre os brasileiros classificados, quem conseguiu a vaga com 100% de aproveitamento foi Antonio Leme. Na classe BC3, os atletas foram divididos em 16 grupos de três e apenas o melhor de cada avançava. Antonio já havia vencido um jogo duro ontem, contra o tailandês Tanimpat Visaratanunta, por 6 x 5. Hoje, não teve dificuldades para superar o grego Nikolaos Pananos por 8 x 0 e garantir a vaga nas oitavas.
Na classe BC4, o campeão paralímpico Eliseu entrou em quadra para seu primeiro confronto do dia, contra o canadense Josh Van Dervies, mais tranquilo. O brasileiro precisava apenas vencer o jogador do Canadá para assegurar a vaga. Com o placar de 7 x 0 favorável a Eliseu, a classificação foi garantida. No outro confronto do dia, o atleta do Brasil perdeu para Hyeonseok Seo, da Coreia do Sul.
Ainda na mesma classe, outro campeão paralímpico, Dirceu, entrou em quadra para a primeira partida do dia com situação delicada – havia perdido na estreia e precisava vencer para se manter com chances. O brasileiro então mostrou a razão para ser o atual medalhista de ouro dos Jogos Paralímpicos e superou o coreano Sungkyu Kim por 10 x 1. No segundo confronto do dia, e último da fase de grupos, Dirceu novamente foi soberano e venceu Robert Durkovic, da Eslováquia, por 13 x 0 para ficar com a vaga nas oitavas. A situação era parecida com Marcelo. O atleta estreou com derrota e precisava vencer as duas para seguir na competição. Marcelo conseguiu a vaga ao vencer o grego Panagiotis Katsonis por 4 x 1 e superar Way Ian Lao, de Hong Kong, por 7 x 1.
O Mundial de Bocha começou na última segunda-feira e se estende até o sábado, 27. Até agora, o Brasil já levou duas medalhas de prata: uma nas equipes BC1/BC2 e outra nos pares BC4.
Confira os resultados do dia
BC4
Eliseu dos Santos 7 x 0 Josh Van Dervies (CAN)
Dirceu Pinto 10 x 1 Sungkyu Kim (KOR)
Marcelo dos Santos 4 x 1 Panagiotis Katsonis (GRE)
Marcelo 7 x 1 Way Ian Lao (HKG)
Eliseu 3 x 7 Hyeonseok Seo (KOR)
Dirceu 13 x 0 Robert Durkovic (SVK)
BC3
Anderson Oliveira 0 x 7 Junyup Kim (KOR)
Anderson Oliveira 3 x 1 Luiz Silva (POR)
Antonio Leme 8 x 0 Nikolaos Pananos (GRE)
Richardson Santos 4 x 2 x Kirsten De Leander (BEL)
BC2
Lucas Araújo 0 x 9 Pedro Martin (ESP)
Luiz Carlos Rodrigues 2 x 4 Alexandros Papadakis (GRE)
BC1
Daniela Falotico 1 x 5 Katerina Curinova (CZE)
José Carlos Oliveira 2 x 2 Eduardo Reyes (MEX) – perdeu na prorrogação
Time São Paulo
Os atletas Dirceu Pinto e Eliseu dos Santos são integrantes do Time São Paulo, parceria entre o CPB e a Secretaria de Estado do Direito das Pessoas com Deficiência de São Paulo que beneficia 34 atletas e seis atletas-guia de nove modalidades.
Comunicação CPB – (imprensa@cpb.org.br)
Ivo Felipe
Nádia Medeiros
Rafael Moura
Thiago Rizerio
Adriano Belmiro (estagiário)

Lançamento do Projeto LIA - Lazer, Inclusão e Acessibilidade

Pois é... andei um pouco sumida do blog, mas na verdade não sumida desta caminhada sobre a luta pelos direitos da Pessoa com Deficiência.
No dia 19 e 20/09 tive a oportunidade de apresentar um projeto "SIMPLES", mas que muitas vezes é esquecido.... "LAZER"


Será que as crianças com deficiência só querem fazer exames, visitar consultórios médicos, fazer terapias disso e daquilo... frequentar hospitais??? Já pararam para pensar que "SÃO CRIANÇAS" ???


O Projeto LIA não está sozinho. Nesta caminhada encontrei pessoas maravilhosas como a Eliana e o Matheus deste Blog (O FUTURO ESTÁ AQUI) e também uma pessoa incrível chamada Rudi, o qual só conheço por telefone e trocas de e-mails, mas que já tenho uma admiração enorme.

O Rudi criou o ALPAPATO (Anna Laura Parque para Todos) em São Paulo e conseguiu já colocar em prática em algumas instituições. O ALPAPATO está conseguindo com muito trabalho colocar brinquedos adaptados para crianças com deficiência nos parques das Instituições como AACD, APAEs, etc... criando um Parquinho para todos.

Enquanto isso o Projeto LIA trabalha em paralelo com uma outra frente: Que estes brinquedos adaptados tornem-se política pública e que consigamos colocá-los em praças e parques públicos. Afinal a Constituição Brasileira assegura a TODOS o direito ao lazer, o que vai em contra-mão em situações em que eu levo meus 3 filhos ao parquinho e apenas 2 deles conseguem brincar, enquanto minha filha com deficiência fica apenas assistindo por falta de acessibilidade.

As pessoas precisam exigir os seus direitos e estou divulgando o Projeto LIA - Lazer, Inclusão e Acessibilidade para que consigamos fazer cumprir apenas o que se está na Constituição! O Lazer!

Os brinquedos adaptados vão muito além da brincadeira, leva a criança com deficiência a experiência de estimulo motor, sensorial, social e as crianças sem deficiência a uma nova cultura de se relacionar com a diferença (que não é tão diferente assim). Desta forma, daqui há alguns anos quem sabe essas crianças, futuros engenheiros, governantes, arquitetos, etc... estarão tão "entrosadas" umas as outras que talvez não tenhamos que brigar tanto por acessibilidade, pois isso se tornará uma prática comum.

A dimensão de um simples projeto de "Parquinho para todos" não se limita a lazer, é um pedaço da construção de uma nova sociedade inclusiva. .... Pense nisso e compartilhe a idéia...


CRIANÇA COM DEFICIÊNCIA NÃO PRECISA SÓ DE TERAPIAS...

Lançamento do Projeto LIA no Seminário Estadual de Saúde e a Pessoa com Deficiência - "Novos Caminhos"




Secretaria de trânsito faz mutirão para garantir respeito às vagas de idosos e pessoas com deficiência

A partir desta terça-feira (23) até a quinta-feira a Setran realiza um mutirão de fiscalização nos estacionamentos de supermercados e shopping centers de Curitiba. A intenção é garantir o respeito dos motoristas Às vagas exclusivas para idosos e pessoas com deficiência. A ação é em parceria com a Secretaria Municipal da Pessoa com Deficiência. De acordo com a secretária Mirella Prosdócimo, o principal objetivo da ação é orientar a população. No entanto, quem estiver irregular pode sim ser multado.
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A prefeitura não tem um levantamento sobre o número de infrações cometidas dentro dos estacionamentos particulares, como os de supermercados e shoppings. Mas, segundo o agente de trânsito Carlos José Jenzura, independente do local, a desculpa do motorista infrator é sempre a mesma.
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Quem tem o direito a estacionar nas vagas preferenciais, aprova a fiscalização. É o caso do aposentado Laércio Hauari, de 67 anos, que tem a credencial de idoso, mas diz que, frequentemente, encontra pessoas estacionadas irregularmente na vaga que deveria ser dele.
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Durante os dias de fiscalização, os agentes da Setran também devem conferir se os estabelecimentos estão cumprindo a proporcionalidade de vagas preferenciais e sinalizando os locais corretamente. Além disso, a Secretaria da Pessoa com Deficiência orientou os empresários sobre como proceder em caso de irregularidades.
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Segundo a Prefeitura, a partir de primeiro de outubro, este tipo de fiscalização em estacionamentos privados vai ser mais frequente. A multa para quem estaciona na vaga preferencial sem a credencial é de R$53 reais, além de 3 pontos na carteira. Lembrando que, para ter direito a utilizar as vagas preferenciais, não basta ser idoso ou ter uma deficiência: é preciso portar a credencial.

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quarta-feira, 24 de setembro de 2014

LISTA DE LIVROS SOBRE AUTISMO PARA BAIXAR




MITO OU VERDADE SOBRE AUTISMO!!!



Sobre Autismo

MITO: Os autistas são super inteligentes
VERDADE: Assim como as pessoas normais, os autistas tem variações de inteligência se comparados um ao outro.è muito comum apresentarem níveis de retardo mental.
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MITO: Os autistas gostam de ficar sozinhos.
VERDADE: Os autistas gostam de estar com os outros, principalmente se sentir-se bem com as pessoas, mesmo que não participem, gostam de estar perto dos outros. Podem as vezes estranhar quando o barulho for excessivo, ou gritar em sinal de satisfação, quando seus gritos não são compreendidos, muitas vezes pensamos que não estão gostando.Tente interpretar seus gritos.

MITO: Os autistas não entendem nada do que está acontecendo.
VERDADE: Os autistas podem estar entendendo sim, nossa medida de entendimento se dá pela fala, logo se a pessoa não fala, acreditamos não estar entendendo, mas assim como qualquer criança que achamos não estar prestando atenção, não estar entendendo, de repente a criança vem com uma tirada qualquer e vemos que ela não perdeu nada do que se falou, o autista só tem a desvantagem de não poder falar. Pense bem antes de falar algo perto deles. (Fonte: www.maoamigaong.trix.net/mitoseverdades.htm)
 

Cientistas criam ‘bengala inteligente’ que vibra para alertar cegos

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Cientistas do Instituto Indiano de Tecnologia de Nova Déli desenvolveram uma bengala inteligente para cegos que vibra ao detectar objetos e pessoas, ajudando a evitar que os usuários tropecem ao caminhar.
A Índia é o país com o maior número de deficientes visuais no mundo – são cerca de 12 milhões de pessoas.
Muitos não podem comprar equipamentos sofisticados, que podem chegar a R$ 2,3 mil. Esta nova bengala pode ser comprada por R$ 120.
O sensor que identifica objetos pode ser acoplado a qualquer bengala e pode ser trocado de uma para a outra.
Cerca de 1,5 mil bengalas inteligentes já estão sendo usadas na Índia.
A invenção tem dado mais autonomia a deficientes visuais como a professora Bahrti Kalra. Sem nenhuma visão, ela só conseguia chegar à sala de aula onde trabalha se recebesse ajuda.
Agora, com a nova bengala, ela se sente mais independente.
“Mesmo quando eu não estou sozinha, eu me sinto mais segura. Eu ando mais rápido”, conta ela. “E eu dependo menos dos meus pais e dos outros”.

Fonte: BBC Brasil

Empresas prudentinas descumprem lei de contratação de deficientes

cadeiranteEm Presidente Prudente, diversas empresas descumprem a lei de contratação de pessoas com deficiência e, apenas este ano, 48 estabelecimento já foram atuados pelo Ministério Público do Trabalho e Emprego. Recentemente, o órgão oficiou o Ministério Público sobre estes casos. As irregularidades foram constatadas em fiscalizações em setembro e outubro de 2013 e agora também serão investigadas pelos procuradores do trabalho.
Nas horas de folga, a presidente da associação dos deficientes físicos de Presidente Prudente, Priscila Medeiros, se locomove livremente pela casa dela. O fato de ser cadeirante não a impede de fazer nenhuma atividade diária. A jovem está no mercado de trabalho desde os 16 anos.
“Fiquei 11 anos em uma única empresa, porém, antes eu trabalhei em uma outra. Comecei a trabalhar com 16 anos foi uma oportunidade ótima, porque através desse serviço eu pude perceber que eu tinha capacidade para me sustentar, para estudar. E isso me levou a fazer uma faculdade e hoje já fazer uma pós-graduação”, diz.
E para quem conquistou uma vaga, as limitações não impedem também de sonhar cada vez mais alto.“Quero fazer mestrado, doutorado e seguir na vida acadêmica. Incentivar pessoas com algum tipo de deficiência e alguma limitação a buscar os seus ideais. A chegar longe também”, salienta Priscila.
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O trabalho, que foi importante para Priscila, também é para outras pessoas com deficiência. No Brasil, essa inclusão no mercado de trabalho é lei. Empresas com 100 ou mais funcionários são obrigadas a preencher cotas que variam de 2 a 5% para trabalhadores com deficiência.
Até 200 funcionários a empresa deve disponibilizar 2% das vagas; de 201 a 500 funcionários são 3%; de 501 e 1000 funcionários são 4%; e de 1001 em diante, o equivalente a 5%.
Segundo o diretor regional da Secretaria de Emprego e Relações do Trabalho (Sert), Guilherme Benedetti, existem mais de dez vagas disponíveis para portadores de deficiência com salários que chegam a R$ 4 mil.
“As empresas tem exigido qualificação profissional desses trabalhadores com deficiência. E temos uma segunda dificuldade que é a colocação dessas pessoas na empresa. As empresas tem uma grande resistência em adequar os locais para elas poderem prestar um trabalho adequado e digno”, explica.
Nos últimos três anos, o Ministério Público do Trabalho abriu cinco investigações de descumprimento desta lei e pelo menos quatro estabelecimentos foram atuados. “O principal argumento é que falta mão de obra qualificada, mas esse argumento não se sustenta porque o dever legal impõe a empresa deixar a postura passiva e qualificar essa mão de obra”, aponta o procurador do trabalho, Cristiano Lourenço Rodrigues.
Ainda segundo o promotor, um procedimento já foi instaurado para verificar se as empresas continuam descumprimento a lei. “Expedirei um ofício para as 48 empresas para que digam se cumpriram a lei e também para que essas empresas, caso não tenham cumprido, digam se vão assinar o Termo de Ajuste de Conduta [TAC], que nós procuradores do trabalho vamos propor”, finaliza.
Fonte: G1

Fiscalização em vagas de estacionamento para deficientes e idosos fica mais rigorosa

REPORTAGEM http://pr.ricmais.com.br/ric-noticias/videos/fiscalizacao-em-vagas-de-estacionamento-para-deficientes-e-idosos-fica-mais-rigorosa/

terça-feira, 23 de setembro de 2014

180Km de cadeira de rodas até Lisboa

Pelo direito a uma vida independente um tetraplégico de Concavada, nos arredores de Abrantes, iniciou esta manhã uma viagem de 180 quilómetros em cadeira de rodas até ao Ministério da Segurança Social. O protesto decorre em três etapas, numa viagem que pretende alertar para uma alteração legislativa que permita aos doentes permanecer em casa e dispensar internamento em lares.

Segurança Social “poupou” 18,6 milhões de euros nos apoios às crianças com necessidades educativas especiais

Enquanto Ministério da Solidariedade e Segurança Social corta nos subsídios, transferências do Ministério da Educação para as instituições de educação especial aumentam para os 219 milhões de euros.
No actual ano lectivo há 56.886 alunos com necessidades educativas especiais nos diferentes anos de escolaridade RUI GAUDÊNCIO
A despesa com os subsídios por educação especial diminuiu para metade em 2013. Dos 26,3 milhões de euros gastos no ano lectivo 2012/2013, baixou-se para apenas 12,9 milhões no ano lectivo passado. Do mesmo modo, a bonificação do abono de família para crianças e jovens com deficiência, que pode acumular com aquele subsídio, também regista reduções. Dos 61,1 milhões atribuídos em 2012/2013, baixou-se para apenas 55,9 milhões no ano seguinte.
Estes decréscimos constam no relatório Estado da Educação 2013, divulgado pelo Conselho Nacional de Educação (CNE), e concorrem com um aumento do número de alunos com necessidades educativas especiais (NEE) a frequentar as escolas regulares nos diferentes graus de ensino: passou-se de 54.083 no ano lectivo de 2102/2013 para os 56.886 no ano seguinte.
O relatório do CNE, que em Junho, apontava já graves falhas ao ensino especial, desde os atrasos no apetrechamento das escolas até à afectação dos profissionais, não estabelece, porém, nenhuma correlação entre estas duas tendências de sentido contrário. Nem com o facto de as transferências do Ministério da Educação e Ciência para as instituições de educação especial terem aumentado dos 189 milhões de 2012 para os 219 milhões do ano passado.
A Fenprof sim. “Os alunos não deixaram de ter as necessidades educativas especiais que tinham. O que aconteceu é que os critérios de elegibilidade para esses apoios [subsídios por educação especial e bonificação do abono de família] sofreram uma alteração que deixou milhares de famílias de fora”, acusou o secretário-geral daquela federação sindical. Para Mário Nogueira, esta “poupança” terá custos a quadruplicar no futuro. “Porque estes jovens deixam de ter acesso às terapias, mais tarde na sociedade vão ver agravados os problemas que poderiam ter sido resolvidos, ou pelo menos atenuados,” numa idade mais precoce. Aliás, Mário Nogueira admite mesmo que o aumento dos chumbos espelhado no relatório do CNE pode traduzir já um custo associado a esta “poupança” nos apoios aos alunos com NEE.
Estes decréscimos convivem, curiosamente, com um aumento global do número de crianças e jovens com necessidades educativas especiais. No ano passado, havia 56.886 jovens a frequentar os diferentes ciclos do básico e o secundário, contra os 54.083 do ano anterior. Os maiores aumentos verificam-se ao nível do 3º ciclo do básico e do secundário. Uma das explicações possíveis para este aumento poderá ser o alargamento da escolaridade obrigatória, mas também uma aplicação menos restritiva dos critérios de elegibilidade de alunos para medidas que respondem a NEE. O decreto-lei 3/2008 veio diminuir esses critérios de elegibilidade mas o próprio CNE recomendara, em Junho, a reformulação dos aspectos onde se identificam disfunções, sob pena de se “deixar desamparado um conjunto considerável de alunos” que manifestam aquelas necessidades.
Ao mesmo tempo que a Segurança Social poupou no apoio a estes alunos, o Ministério da Educação e Ciência gastou mais com a educação especial. Em 2013, esta despesa fixou-se nos 219 milhões de euros, contra os 189 milhões de euros de 2012. Ainda assim, longe dos 232 milhões gastos em 2010. Aqui entram os apoios concedidos pelo MEC às instituições de educação especial: de escolas particulares, a associações, cooperativas e instituições particulares de solidariedade social. Neste bolo, incluem-se ainda os apoios destinados aos centros de recursos e a despesas com professores colocados no grupo de recrutamento da Educação Especial.
Para Mário Nogueira, este aumento decorre do desinvestimento feito nas escolas públicas relativamente aos alunos com necessidade de apoio especial. “Cortaram nos terapeutas, na contratação destes professores e claro que, quanto mais se corta dentro das escolas, mais necessidade há de encaminhar estes alunos com NEE para outras instituições”, critica.
O sindicalista recorda ainda que 2013 foi o primeiro ano de vigência da portaria que determina que os alunos que transitam para o 10º ano com um Plano de Estudos Individualizado passam a ter apenas 5 das 25 horas lectivas integrados numa turma normal. Nas restantes 20 horas, esses alunos são encaminhados para instituições especializadas”, o que poderá ajudar a explicar o aumento da despesa.
A obrigatoriedade de crianças e jovens com deficiência frequentarem a escola foi instituída em 1990. No ano lectivo 2013/14, existem 32 escolas públicas para a educação de alunos cegos e com baixa visão, a que se somam 17 estabelecimentos para a educação bilingue de alunos surdos e 269 vocacionados para o ensino estruturado de alunos com perturbações do espectro do autismo.