domingo, 10 de novembro de 2013

Nova ferramenta permite ouvir os textos da Folha

A função dinamiza a leitura para pessoas que querem ouvir notícias enquanto fazem outras atividades e também é um recurso de acessibilidade que pode facilitar a vida de quem tem algum problema na visão e quer se informar pelo jornal.
Desde agosto, mais de 400 mil cliques foram dados no ícone "ouvir o texto", que fica logo abaixo dos títulos e faz funcionar o leitor. Três em cada dez cliques ocorreram em textos de colunistas. A leitura é feita também nas versões internacionais da Folha (inglês e espanhol).
O recurso, que está em outros 47 países utilizando cem vozes, funciona em qualquer sistema operacional e também em dispositivos móveis como tablets e smartphones.
Assinante do jornal há 40 anos, a funcionária pública aposentada Leonor Carneiro Quirino, 71, elogia o recurso.
"Adorei. Enxergo muito pouco e o recurso funciona muito bem no meu computador, facilitando o acompanhamento das notícias. A voz é pausada, agradável, sem nenhum sotaque, tornando o texto totalmente compreensível. Parabéns à Folha por mais este avanço."
Já a advogada Ana Luiza Alves Lima, 44, começou a usar o leitor por curiosidade.
"Vi o ícone e quis testar. Ainda estranho um pouco as pausas na leitura, mas é interessante ouvir enquanto estou fazendo algo na cozinha ou dirigindo, por exemplo.
COMO FUNCIONA
O programa que faz a leitura dos textos foi desenvolvido na Suécia pela empresa Readspeaker, que vem aperfeiçoando seu funcionamento desde 1999.
"A missão da empresa é proporcionar igualdade de acesso a todos que precisam se informar", diz Roy Lindemann, cofundador e diretor de marketing da Readspeaker. "Nos esforçamos para reduzir o hiato digital, que impede pessoas com variadas dificuldades de leitura a ter acesso a conteúdos on-line."
Para que a voz chegue até os ouvidos do leitor com perfeição, um complexo sistema de mecanismos eletrônico precisa ser acionado.
Ao clicar no ícone "ouvir o texto", em questão de segundos, o conteúdo é enviado para os servidores da empresa responsável pelo programa, que devolve a escrita em formato de som.
A voz é gerada a partir da combinação de milhares de frases que foram previamente gravadas por atores. O computador busca a pronuncia em um dicionário digital e gera o texto falado.
O gaúcho Thiago Pellizzaro, 31, lê o jornal apenas em sua plataforma digital, pela internet. Ele tem um grave problema de visão, enxerga apenas 10%, e elogia a forma pausada e a atenção à pontuação do recurso de leitura.
"A voz de leitura é mais `humana' que a de outros recursos de leitura. Para mim, ajuda bastante porque, às vezes, canso de ler. O que eu não curto é a leitura dos links que ficam no meio das reportagem, o que gera um pouco de confusão".

Folha de SP

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