quinta-feira, 7 de março de 2013

Brasileiro cria projeto de Google Maps para cadeirantes



E se o Google Maps, além de indicar qual é o melhor trajeto em São Paulo de carro, a pé ou transporte público, também sugerisse um bom caminho para se chegar de cadeira de rodas?
Esse serviço ainda não existe, mas se depender de Eduardo Batiston, 36, diretor executivo de criação da empresa de comunicação digital AgênciaClick Isobar, será criado tanto para a capital paulista quanto para o restante do mundo.
O "Acessibility View" venceu, entre 4.500 participantes, o Creative Sandbox --concurso promovido no Brasil pelo Google para premiar com R$ 35 mil a melhor ideia combinando "criatividade e tecnologia para melhorar a vida das pessoas".
O Google internacional se empolgou com o projeto. Tanto que Batiston já se reuniu com uma equipe da empresa nos EUA que estuda, agora, a ampliação da ideia para o mundo todo.

Acessibility View

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Divulgação
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Projeto de publicitário pretende mapear calçadas para facilitar deslocamento de cadeirantes
PROJETO
A ideia do "Acessibility View" surgiu no dia em que o Google levou uma urna para a agência, onde deveriam ser depositados os projetos. Batiston saiu para almoçar sozinho e, no caminho até o restaurante, se lembrou de Fabiano, colega cadeirante do serviço.
"Vi aquela calçada superíngreme, cheia de degraus e pensei: como é que o Fabiano faz para vir aqui? Acho que nunca veio nesse restaurante. E se houvesse uma ferramenta para ele traçar o melhor trajeto?"
O projeto consiste em colocar cadeirantes para percorrer a cidade munidos de câmeras 3D --mesmo processo que foi usado, mas com carros, no Google Street View. Com os dados coletados, o Google Maps também passaria a oferecer o serviço de melhor trajeto, para cadeirantes, entre um ponto e outro da cidade.
Não se sabe quando o projeto ficará pronto. Para o Google Street View de São Paulo, feito de carro, foi um ano e meio. Para o "Acessibility View", será mais complicado, já que tudo será feito de cadeira de rodas e duas vezes: uma para cada lado da calçada.
Os R$ 35 mil da premiação também não serão suficientes para implementar o projeto, apenas para detalhá-lo.
"A dúvida é se [o projeto] vai ser global, se vai ser um produto Google. Se não, vou precisar de apoio de marcas. R$ 35 mil dá só para começar essa brincadeira". Batiston estima o custo de execução em cerca de R$ 1 milhão.

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